King of Seas tenta cativar com seu belo visual e suas batalhas navais, oferecendo ao jogador a possibilidade de se tornar o rei dos piratas, ou melhor dizendo, o rei dos mares. Navegar por águas misteriosas, enfrentar a marinha, trabalhar para a companhia mercante, atacar fortes, explorar naufrágios ou então pilhar e saquear como um verdadeiro pirata, essas são algumas das coisas que podemos fazer em King of Seas. E, claro, fique atento para o Kraken não arrastar sua embarcação para as profundezas do oceano.
Desenvolvimento: 3DClouds S.r.l.
Distribuição: Team17
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Aventura, Rpg
Classificação: Livre
Português: Não
Plataformas: PC, PS4, Switch, Xbox One
Duração: 15 horas (campanha)/25 horas (100%)
História simples
Ao iniciarmos King of Seas, podemos escolher entre dois personagens, um masculino e um feminino, ambos são irmãos que fazem parte da família real e filhos do rei. Devemos cumprir nossa primeira missão em alto mar e então voltar para casa, mas as coisas não ocorrem como esperado: durante nossa pequena viagem, o rei foi assassinado, e a culpa cai sobre o protagonista escolhido. Assim, a marinha real nos torna inimigos da coroa e afundam nossa embarcação, acreditando ter varrido nossa existência do mapa.
Acabamos sendo resgatados por um pirata que devia um favor ao nosso pai e, com a ajuda desses novos companheiros, nos tornamos piratas para buscar respostas e limpar nosso nome. Mas isso não será nem um pouco fácil, pois os inimigos estarão à espreita a todo momento nos caçando, já que, quando descobrem que estamos vivos, colocam uma recompensa bem chamativa por nossa cabeça.
A história King of Seas gira basicamente em torno disso, e o desenrolar dos acontecimentos não foi feito no melhor ritmo possível. Os personagens não tem carisma algum, e, mesmo sendo pouquíssimos, não conseguem cativar o jogador. Até nossa busca por vingança e justiça acaba sendo ofuscada pela simplicidade e momentos genéricos da obra. A temática escolhida pelo estúdio é incrível, porém não é o suficiente quando não explorada de forma adequada e passa uma sensação de descuido. King of Seas não transmite aquele sentimento de que foi feito com carinho e cuidado por parte dos desenvolvedores.
Um belo mundo vazio e desbalanceado
O mapa de King of Seas é construído de forma procedural e conta com uma arte muito bonita, além de que esbanja carisma nos seus cenários, mas isso para por aí. Esse belo mundo oferece ao jogador combates navais e exploração de naufrágios, e acaba por ser extremamente enjoativo em pouquíssimas horas. Se prepare para apenas viajar de um porto a outro para coletar missões e cumprir seus objetivos, que também são bem simples e genéricos, seja fazer uma entrega ou derrotar um alvo específico. A obra conta com elementos de RPG e um sistema de níveis que, infelizmente, é totalmente desbalanceado, e seus inimigos sempre estarão níveis acima, não importa a dificuldade. Você está no nível 20 e quer fazer uma missão do 10? Azar o seu, os adversários estarão no 25, isso acaba causando uma frustração tremenda enquanto jogamos, pois morreremos e muito durante essa jornada genérica e inacabada.
Já sobre a navegação, ela não consiste em nada complexo. Içamos velas em três níveis para velocidades diferentes e precisamos nos ater a direção do vento. Podemos ancorar nos portos marítimos das cidades, onde temos acesso ao carpinteiro, para melhorias navais; à taverna, onde recrutamos marujos e aceitamos missões secundárias; o banco, que serve para guardarmos itens; e aos comerciantes, para comprar e vender mercadorias.
Os navios contam com três barras de vida diferentes, do casco, das velas e da tripulação; e com também três tipos de bolas de canhão, uma com foco em danificar cada uma das partes das embarcações. E ainda podemos equipar diferentes partes, cada uma com suas melhorias em específico. Temos ainda itens que nos garantem habilidades especiais, como ficarmos transparentes e evitar tiros inimigos, por exemplo, além de melhorarmos diferentes atributos com pontos recebidos ao upar.
Desperdiçando potencial
King of Seas desperdiça todo o potencial da era da pirataria, fazendo tudo de forma simples e não se destacando em absolutamente nada. Mesmo para os amantes da temática, esse título é muito enjoativo. Com seus pouquíssimos e genéricos personagens, combates desbalanceados, falta de dublagem e opções de coisas para se fazer, com cenários belos, porém repetitivos, trilha sonora inexistente e nem sequer uma música de marinheiro. Mas caso você realmente esteja interessado e já tenha se decidido a jogá-lo, espere uma boa promoção, pois King of Seas deixa muito a desejar.
Cópia de Xbox One cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong