Em Calico, a personagem principal é dona de um café com o tema gatos, e sua loja fica situada em uma cidade repleta de locais misteriosos, mágicos e cheia de outros animais além dos próprios gatos. Nesta cidade é possível explorar diversos cenários diferentes, desde grandes montanhas com neve até um vilarejo e cachoeiras.
Desenvolvimento: Peachy Keen Games
Distribuição: Whitethorn Digital
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Aventura, Simulação
Classificação: Livre
Português: Não
Plataforma: Switch
Duração: 2 horas (campanha)/5 horas (100%)
Um jogo bem confuso
Inicialmente, seu objetivo não fica muito claro, porém com o tempo é demonstrado que tudo gira em torno de seu café. O tutorial inicial é muito longo e não mostra exatamente como jogar, mas simplesmente apresenta um pouco do mundo e alguns pequenos conceitos, como o das poções mágicas que, com elas, é possível aumentar o tamanho dos seus gatos e torná-los montarias. Todos esses conceitos são extremamente confusos, principalmente o de mobiliar o café, pois o jogador literalmente controla a personagem invisível e pode passar por dentro dos móveis para movê-los.
Os controles são extremamente complicados também, e logo de começo notei que o botão com a ação de confirmar ficava no B, o que é nada intuitivo, já que no Switch o padrão é o A. Essas opções não podem ser alteradas e durante a gameplay os comandos ficam expostos no HUD – e também são bem diferentes -, além de que para fazer o básico é necessário apertar botões muito distantes um do outro, dificultando o conforto no modo portátil.
Física mal feita
Em Calico, algumas ações são extremamente mal planejadas, e o pulo é uma delas. É possível pular enquanto nada e aumentar a velocidade enquanto anda. Para além disso, a maioria das colinas são feitas de polígonos possíveis de burlar, já que você não toma dano de queda e não é possível correr. Outra coisa que incomoda bastante é o fato de você “atravessar” alguns objetos.
Em Calico, é possível brincar com gatos e pegar eles no colo, porém ao fazê-lo os animais vão parar em cima da sua cabeça e o personagem equilibra eles o tempo todo. Também é possível pedir para os animais te seguirem ou irem para o café. Nessa última opção os animais ficam perambulando pelo local e não realizam nenhuma ação, e isso deve ser feito quando o número de animais te seguindo é esgotado. Ainda há a possibilidade de deixar o animal livre para andar pelo mapa, e isso só cataloga o nome e tipo do animal, o que é importante já que em algumas missões é necessário levar um pet até o NPC.
Outra coisa que incomoda é a customização do personagem, inicialmente o personagem vem todo branco e apenas a cor de pele são paletas pré-definidas, para selecionar a roupa é preciso muita precisão para selecionar a cor dentro do gradiente apresentado.
Todos os NPC do jogo são extremamente amigáveis e tem uma rotina definida, já que o personagem não precisa dormir, é possível acompanhar o dia-a-dia de todos. A ação de deitar-se na cama, além de passar o tempo no jogo, cria um save, mas também é possível salvar manualmente sem a necessidade de salvar.
Relaxante
Por fim, Calico se torna algo relaxante para se jogar aos poucos durante o dia, apesar da física malfeita, botões confusos e trilha sonora inexistente, o jogo conta com excelentes efeitos sonoros, principalmente no miado dos gatos. Caso queira jogar algo “diferente”, isso é o que você procura. Contudo, para apenas relaxar e jogar algo que não necessita pensar muito, há outros jogos que fazem isso de uma forma melhor, como é o caso do Animal Crossing e Stardew Valley que, além de serem extremamente zen, são muito divertidos e é possível aproveitá-los com mais pessoas.
Cópia de Switch cedida pelos produtores.
Revisão: Jason Ming Hong