review-castlevania-dominus-collection-ps5-1

Review Castlevania Dominus Collection (PS5) – Grandes jogos em uma excelente coletânea

Castlevania Dominus Collection segue a linha da Konami de relançar títulos da sua série clássica, trazendo dessa vez os três games lançados originalmente para o Nintendo DS.

Desenvolvimento: M2
Distribuição: Konami
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Aventura
Classificação: 14 anos
Português: Não
Plataformas: PC, PS5, Switch, Xbox Series S|X
Duração: 54.5 horas (campanha)

Revivendo o auge de uma série morta-viva

Dawn of Sorrow é possivelmente o melhor dos games, sendo continuação direta do clássico Aria of Sorrow
Além da tela de jogo, a todo momento o mapa e os status do personagem são mostrados

Entre Castlevania: Symphony of the Night e Castlevania: Order of Ecclesia, a série clássica da Konami viveu o seu auge. Além do eterno clássico do primeiro PlayStation, nesse meio tempo, os jogos tradicionais 2D da franquia passaram pelo Game Boy Advance e pelo Nintendo DS. Depois disso, tivemos apenas a série reboot Lords of Shadow que, além dos dois games principais (ótimos jogos de ação e aventura 3D), também recebeu o spin-off Mirror of Fate, no estilo 2D dos jogos clássicos, mas sem a mesma qualidade.

Assim, a nostalgia é o que resta para fãs da série, dado que Order of Ecclesia foi lançado em 2008. Felizmente, a Konami está relançando os três jogos do Nintendo DS em uma coleção mais do que competente.

Os jogos são bons, mas e a coletânea?

Galeria de artes e músicas é um deleite para os fãs
É possível escolher entre qualquer versão dos jogos, além de outras opções

Aqui, focaremos em analisar a coletânea, seus pontos fortes e fracos. Mas quanto aos jogos em si, foram muito bem recebidos no seus lançamentos, considerados ótimos títulos do gênero. Ainda que mantenham a estrutura geral de metroidvanias, cada um dos jogos possui sistemas e mecânicas diferentes, que pode ir do gosto de cada um qual preferir. Quando joguei originalmente, adorei Dawn of Sorrow e Portrait of Ruin e não gostei tanto de Order of Ecclesia, mas que ainda é um bom jogo. De qualquer forma, são alguns dos melhores metroidvanias já lançados e valem muito a pena serem apreciados.

Naturalmente, ao se trazer games de uma plataforma tão única quanto o Nintendo DS para os consoles modernos, logo nos perguntamos como as características específicas do console – uma segunda tela que é sensível ao toque – serão adaptadas para controles tradicionais. Particularmente, acho que essa coleção fez isso da melhor forma possível: algumas das mecânicas foram adaptadas para botões, enquanto sempre é possível controlar um cursor na tela com o analógico direito e utilizá-lo como toque na tela.

Trabalho dedicado para cada plataforma

Essa é a mecânica desse jogo, com cada um tendo um sistema diferente
Em Portrait of Ruin, jogamos com dois personagens ao mesmo tempo

Além disso, é possível usar o touchpad do PS5 para controlar o cursor, enquanto no Switch é possível usar a tela sensível ao toque no modo portátil e no PC podemos usar o mouse (ou tocar a tela no Steam Deck). Enfim, ainda que os games originalmente usem bastante o toque para interações no Nintendo DS, tudo foi bem adaptado para os controles atuais. As duas telas do DS aparecem ao mesmo tempo na tela (o jogo e o mapa), além de uma terceira com informações extras. Tudo é muito bem feito e os games são bastante prazerosos de serem jogados.

Os jogos tem tudo o que esperamos de coletâneas modernas e mais: save states, rebobinar, galeria de artes e músicas, personalização de controles e opção de idiomas. As três telas podem ser posicionadas de diferentes formas. Dentro de cada um dos games, é possível navegar por um completo compêndio, contendo informações sobre ataques, monstros, equipamentos, entre outras. É possível escolher entre qualquer versão lançada dos jogos. Uma excelente adição e que não estamos acostumados a ver em coletâneas é o auto save. Por fim, temos até um jogo extra, Haunted Castle, um título para fliperamas da série que foi lançado em 1987 e que simplesmente vem ainda com um remake completo como bônus.

Tão bem feito que nos deixa com dúvidas

Todos os golpes são apresentados, com informações e animações
Compêndios específicos de cada jogo são muito completos

Para não dizer que tudo é perfeito, o menu externo dentro do jogo demora um tempo um pouco longo para abrir. E, sei que não muda nada, mas os jogos não estarem dispostos no menu inicial na ordem de lançamento (e sim na ordem cronológica dos eventos dos roteiros) me incomoda um pouco, mas tudo bem.

Tudo isso me deixou até em dúvida sobre a construção da coletânea. Até o momento, não encontrei informações confirmando se os jogos são emulados ou rodam nativamente nas novas plataformas, mas não me espantaria se for o segundo caso – o que é raro e exige mais esforço, mas retornam resultados muito bons, como vistos nessa coleção. Como exemplos recentes, as coletâneas Mega Man Z/ZX Legacy Collection e Mega Man Battle Network Legacy Collection rodam nativamente os jogos nas plataformas modernas, ao invés de utilizarem emulação.

Games relançados da melhor forma possível

Castlevania Dominus Collection é uma das melhores coletâneas já lançadas. Além de incluir três ótimos games do auge da hoje abandonada franquia, faz isso de forma excelente, trazendo para a atualidade os títulos para que possam ser apreciados ao máximo.

Cópia de PS5 cedida pelos produtores

Revisão: Julio Pinheiro

Castlevania Dominus Collection

9.5

Nota final

9.5/10

Prós

  • Excelente gameplay adaptado do Nintendo DS
  • Conteúdo adicional completo, incluindo dois jogos extras

Contras

  • Menu in-game demora um pouco para abrir