Metroidvania. Essa palavra resume muito bem o que é Curse of the Sea Rats. É o melhor jogo do seu gênero? Não, mas é extremamente competente no que se propõe, além de ser bastante diversificado e, o melhor de tudo, ser divertido. O game traz muitas missões para cumprir, 4 personagens distintos e um mundo totalmente desenhado à mão.
Desenvolvimento: Petoons Studios
Distribuição: Pqube
Jogadores: 1-4 (local)
Gênero: Aventura, Ação
Classificação: Livre
Português: Não
Plataformas: PC, PS4, PS5, Switch, Xbox One, Xbox Series X/S
Duração: 8 horas(Campanha)/10 horas (100%)
A Bruxa
A bruxinha Flora Burn usa magia poderosa que transforma todo mundo em rato. Então o capitão do navio do império inglês pede ajuda para nossos heróis, pois seu filho foi sequestrado pela vilã. A partir daí começamos a nossa jornada pela costa irlandesa.
Então descobrimos que um pedaço de um medalhão e uma poderosa entidade aparece e nos diz que pode nos ajudar em nossa jornada. O mais legal desse fantasmas é que todas as vezes em que morremos ele faz um comentário extremamente sarcástico, e confesso que houve momentos em que fiquei um pouco incrédulo com as falas. Porém, o desenvolvimento da história não é tão divertido, mas o combate compensa. Então chegamos a um equilíbrio.
Um mundo feito à mão
Uma coisa é preciso ser dita: Curse of the Sea Rats tem traços belíssimos, e todo o mundo criado pela Petoons Studios é muito bonito. Os muitos cenários a serem explorados são bem feitos e bastante coloridos. Os mapas são interconectados, como em todos os metroidvania, e há muitos segredos para serem descobertos.
Algumas seções são muito bonitas e outras são comuns, mas ainda assim são bem legais, além do design dos personagens e vilões. Esse é um ponto extremamente positivo do game. Muitas partes são dubladas, e todos os personagens possuem um sotaque característico, o que acrescenta ainda na jogatina. Contudo, infelizmente, não temos opções de legendas em português, o que com certeza irá afastar muita gente.
Ratovania
Se tratando de um metroidvania, Curse of the Sea Rats é bastante competente no que faz. Como dito acima, há muitas salas para serem exploradas, algumas com segredos para serem descobertos. Espalhados pelo mapas temos dois tipos de salas especiais: uma onde encontramos uma entidade e a outra que serve para se teleportar entre as salas.
Enquanto vamos passando pelo mapa, acabamos encontrando outros personagens que nos dão missões, e para isso é preciso procurar pelos muitos baús escondidos. Eventualmente, encontramos salas com chefes e sub-chefes (ou hordas de inimigos menores), e vamos acumulando novos poderes. Entre eles temos pulo duplo, deslizar no ar e outros.
O combate é divertido. Podemos escolher entre 4 personagens, e cada um deles tem seus próprios poderes e armas, e eles precisam ser evoluídos um a um. Contudo, há um gigantesco problema em Curse of the Rats: a caixa de acerto dos personagens é maior do que eles. Ou seja, podemos tomar dano sem nem mesmo chegar próximo o bastante do que deveria nos acertar. Isso acaba sendo muito chato, já que recuperar pontos de vida não é tão fácil assim.
Ratos para todos os lados
Curse of the Sea Rats é um excelente metroidvania com uma boa progressão e exploração do mapa. A história acaba ficando meio que em segundo plano, com alguns poucos momentos de desenvolvimento. A falta de legendas em português afastará algumas pessoas, mas o combate compensa. Os gráficos são muito bons e bem feitos, especialmente alguns dos chefes. Se estiver procurando um jogo para passar algumas horas, dê uma chance para esse excelente título.
Cópia de PS5 cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong
Curse of the Sea Rats
Prós
- Gráficos bonitos
- Combate muito bom
Contras
- Os personagens tem um espaço de acerto além dos personagens
