título do jogo

Review Hades (PS5) – Uma jornada Infernal

A Supergiant Games é uma empresa já bastante conhecida pelo público e lançou diversos produtos considerados obras-primas e jogos de exemplo, como Transistor e Bastion. Curiosamente, todos eles possuem visão isométrica e, em vez de serem repetitivos ou semelhantes, oferecem experiências completamente diferentes graças às diferentes formas de narrativa e mecânicas para cada um deles. Hades chegou para se integrar a esse acervo e mais uma vez desafiar a situação de “parecer o mesmo jogo”, disponibilizando agora para todas as plataformas.

Desenvolvimento: Supergiant Games
Distribuição: Supergiant Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação
Classificação: 14 anos
Português: Legendas e interface
Duração: 21 horas (campanha)/97 horas (100%)

A busca por liberdade

Megaira tentando impedir hades

Como o título indica, a temática é passada ao redor da mitologia grega e o jogador controla Zagreu, filho do rei dos mortos. O jovem deseja a todo custo sair de  seu reino e explorar outras terras, o que vai de conflito aos objetivos e desejos de Hades. Para isso, o protagonista deve passar pelas principais regiões do submundo e enfrentar todos que cruzarem seu caminho, a pedido do pai, para impedi-lo.

Podemos conversar apenas uma vez com cada personagem e a história continua somente quando o protagonista morre, retornando aos seus aposentos. Como Hades é um Roguelike, as mortes ocorrem naturalmente e, felizmente, ainda há uma sensação de progressão, tanto em história quanto em fortalecimento de Zagreu com recursos coletados durante o percurso. Novos eventos ocorrem ao interagir com objetos dos cômodos ou com os NPCs ao retornar, entendendo cada vez mais sobre os familiares e seus papéis na história.

Morrer faz parte

Poseidon oferecendo uma benção a Zagreu

A mecânica de Hades consiste em passar por uma sala e sobreviver a uma horda de monstros, ganhando uma recompensa por conseguir avançar. As portas possuem um ícone que te indica qual a recompensa da próxima sala e posteriormente você poderá optar por mais de um caminho, escolhendo o prêmio que achar mais vantajoso.

Estas recompensas variam bastante, mas as mais comuns são as invocações de um dos deuses do Olimpo, como Zeus, Atena e Ícaro. Ao chamar um deles, Zagreu pode escolher uma das 3 opções de melhoria, como golpes elementais ao atacar, aumentar poder de ataque, vida máxima extra e outros. Porém, estas melhorias são completamente perdidas quando ele morre durante sua corrida, tendo que invocá-los novamente para receber a bênção.

Mais forte com o tempo

Zagreu recebendo bônus de dano

Zagreu não perde exatamente tudo quando é derrotado em um ciclo. Há cristais e chaves em algumas salas que são coletados permanentemente, sendo essa a principal razão de Hades não parecer repetitivo. Os cristais permitem que você compre melhorias definitivas, como vida máxima, tentativa extra ao morrer e muito mais.

Tratando-se das chaves, o jogador pode expandir a lista de aprimoramento permanente e, principalmente, desbloquear novas armas. Como os controles são bem frenéticos e lembram bastante um jogo de ação estilo Hack’n Slash, é permitido testar novos estilos de combate. O protagonista começa com uma espada, mas é possível trocar para um arco e atirar de longe, mesclar golpes de corpo-a-corpo e à distância com a lança. Somente uma arma pode ser usada por ciclo.

Um jogo que te prende

Incrível como Hades é viciante. A vontade de saber a continuação da história é constante e os personagens são bastante carismáticos, graças ao excelente trabalho de voz original dos atores. A trilha sonora também é excelente e muda o ritmo de acordo com o momento que o jogador está jogando, tendo, por exemplo, ritmos mais pesados e com adição de uma guitarra na música durante as batalhas, para criar uma imersão mais frenética.

Realmente a desenvolvedora se superou e percebe-se o tratamento bastante polido. Agora entende-se por que Hades estava concorrendo como melhor jogo do ano em 2020 e mostra que não há necessidade de grandes orçamentos para produzir algo bastante divertido e de altíssima qualidade.

Cópia de PS5 cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Hades

10

Nota final

10.0/10

Prós

  • Bastante Viciante
  • Ritmo de jogo bom
  • Controles bem responsivos