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Review Rascal Fight (Switch) – Muita treta, vish

Controle um dos 3 heróis disponíveis em Rascal Fight: Carol, Eric e Jordan. Os três jovens são os considerados deuses de Carlosa, um mundo onde as pessoas vivem batalhando entre si por pura fama e dinheiro (WHAT?), e você tem a missão de livrar o local dos perigos que o assolam através de um vilão chamado Wilson e seus minions que chegaram do nada com o pé na porta e quebrando tudo. É, Rascal Fight é aqueles jogos de porradaria que tem uma desculpa bem esfarrapada pra acontecer.

Desenvolvimento: Coconut Island Games
Edição: Coconut Island Games
Jogadores: 1-4 (local)
Gênero: Luta, Ação, Multiplayer, Arena
Classificação indicativa:
Livre
Português: Não
Plataformas: PC e Switch
Duração: Sem registros

Essa inspiração eu não quero

O jogo me lembra muito Bombsquad de mobile, até mesmo a jogabilidade e a física são parecidas – o que não achei bacana. Rascal Fight carece bastante de agilidade, já que escolheu uma jogabilidade mais cadenciada, movimentação lenta e bastante imprecisa que dá a impressão de estar controlando aqueles bonecões de posto, sabe?

Apesar de ter um botão de investida, não existe um comando para correr efetivamente, o que aumenta a sensação de lentidão e incapacidade de jogar num ritmo bacana. O tempo todo me senti com um saco de cimento me segurando enquanto eu andava.

Jogo de pouco apelo

Curiosamente aqui existe um modo história. Aí eu pego e penso “nossa, modo história, que demaaaais! Deve ter bastante conteúdo.”, mas não, é simplesmente um monte de fases com design variado aqui e ali, mas na essência mesmo esse jogo não me engana, rapá!

O jogo, pra resumir, é simples demais, mesmo sendo puxado pra um estilo mais arcade. Essa simplicidade extrema muitas vezes cai na repetição absurda. Todas as missões são baseados em locais enxutos e possuem objetivos principais (geralmente matar todos os inimigos), tarefas secundárias para serem cumpridas, armas espalhadas pelo cenário para usar contra inimigos e uma triste falta de variedade que torna tudo cansativo em poquíssimos minutos. Percebe-se uma tentativa de variar através destes elementos que acabei de citar, mas o jogo falha miseravelmente por não saber trabalhar com o que tem.

Como já falei, um dos pontos positivos do jogo é sua interface bem desenhada e organizada, que até nos passa a falsa ideia de que o jogo é melhor do que realmente é justamente por passar essa imagem de “capricho” logo no menu principal. Faltam várias coisas como upgrades, personagens desbloqueáveis, ou qualquer outra coisa que dê uma sensação de personalidade ou recompensa ao jogo. A base de Rascal Fights é cumprir missões rápidas de forma genérica e nada recompensadora.

Multiplayer local nada divertido

O jogo tem suporte para até 4 jogadores no mesmo console, mas falha miseravelmente em criar um propósito para juntar amigos a fim de todos saírem no braço.

Os personagens são simplesmente lançados numa arena até apenas um sobreviver… e só, praticamente um battle royale de arena. Não existe algo personalizável como variação de dificuldade, vida, poderes disponíveis na partida, adicionar bots, absolutamente NADA. Olha, sério, os desenvolvedores perderam a oportunidade perfeita de adicionar um modo história para pelo menos 2 pessoas.

Game design falho

Existem vários pontos bem chatos em Rascal Fight que mostram que o jogo não foi tão bem testado.

  • Se você esquecer os controles do jogo, simplesmente não tem a opção de visualizá-los dentro de uma missão, é necessário voltar ao menu principal para o fazer. Como ninguém pensou nisso?!
  • Quando você é derrotado por um chefe, é obrigado a ver uma cutscene repetitiva impossível de pular, e isso irrita de uma forma que você nem imagina.
  • Em algumas ocasiões, o modelo 3D de seu personagem começa a apresentar bugs e tremer de forma anormal.
  • Percebi em certos cenários com água que às vezes aparece um reflexo e de repente ele some, depois reaparece novamente dependendo da posição da câmera.
  • Cuidado ao morrer numa missão, pois você vai acabar extremamente enjoado da música por ela não variar tanto, além de que são poucas trilhas disponíveis.
  • Não é possível escolher o personagem para jogar numa missão, eles são selecionados de forma pré-estabelecida. Não que eles tenham diferenças reais entre si, mas gostaria de pelo menos ter uma forma de escolher.

O gosto amargo da repetição

Rascal Fight é um jogo muito repetitivo e sem apelo que dificilmente eu indicaria para alguém jogar. Faltam muitos elementos por aqui que compõe um bom jogo e principalmente que me façam querer continuar jogando, dificilmente eu o instalaria novamente em meu console. Uma pena para um título com uma apresentação bacana, mas que desanima em todo o resto. Os vídeos me enganaram!

Este review foi feito usando uma cópia para Switch cedida pelos produtores