Desenvolvido pela galerinha da Amplitude Studios, Dungeon of the endless é uma mistura de roguelike e tower defense que nos joga em um planeta desconhecido, sem praticamente nenhum conhecimento prévio, forçados a nos adaptar para talvez, e muito improvavelmente, conseguirmos sobreviver aos aliens e às diversas adversidades que encontraremos.
Desenvolvimento: Amplitude Studios
Distribuição: PLAYDIGIOUS
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Estratégia
Classificação indicativa: 10 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: Xbox One, PS4, PC e Switch
Duração: 7 horas (campanha)/ 38 horas (100%)
Quem somos?
Dungeon of the endless começa com uma espécie de nave-prisão sendo atacada, então lançando uma nave menor para fora em direção a um planeta próximo, e nossos personagens – que escolhemos ao iniciar o jogo – se encontram dentro dessa nave de fuga.
Tomamos controle do jogo após aterrizarmos no planeta, a partir daí começa nossa jornada em busca de sair do local, que aparenta ser profundezas de antigas ruínas.
Podemos escolher dois personagens sempre que iniciamos um novo jogo, cada qual com características próprias, alguns sendo mais fortes, outros mais rápidos, mais inteligentes, e por aí vai.
Mas não podemos escolher qualquer um de cara, já que muitos deles estão bloqueados, e só serão destravados conforme avançamos na jogatina. O mesmo se aplica à nave de fuga, são várias delas, com status e bônus próprios.
Fim de mundo mortal
Seja lá que diabos de planeta for esse no qual viemos parar, sobreviver aqui será uma tarefa ridiculamente difícil, até porque Dungeon conta com uma dificuldade bem alta – o que pode afastar alguns jogadores.
Mesmo ao escolher a dificuldade “muito fácil”, que de fácil não tem nada, morreremos várias e várias vezes, o que nos levará ao começo do jogo.
A cada run que fazemos, os andares da ruína mudam de forma procedural, portanto nunca jogaremos em um andar anterior. Algo que precisa ser elogiado aqui é a ambientação que foi muito bem feita com diversos locais inóspitos, viscosos, com gases vazando e restos de ossos, o estilo de pixel art colocado na obra que cai como uma luva para complementar a experiência do jogador, além de, é claro, ser muito bem feito.
A trilha sonora também faz um trabalho acima de média e se mostra bem competente.
Objetivos
O objetivo aqui é sobreviver, logicamente, mas como fazemos isso? Devemos subir diversos andares em direção à superfície, e para isso é necessário encontrar o elevador de cada andar respectivamente.
Fácil assim? Nem de longe, já que é preciso abrir diversos cômodos dos andares, e vários deles são repletos de monstros, além de que uma vez abertos não é possível fechá-los, e será um ressurgimento constantes de monstros caso estes não sejam mantidos iluminados.
Em Dungeon of the Endless é necessário gerenciar muito bem os módulos de energia, pois não há energia suficiente para deixar todos os cômodos iluminados. Portanto é uma boa ideia criar uma rota que seja segura para os personagens, e para proteger o cristal que gera energia e aciona os elevadores de cada andar.
Ao encontramos o elevador para poder avançar, devemos levar nosso cristal da nossa nave ou dos andares anteriores para lá. Isso abre todas as portas anteriormente fechadas e faz com que muitos monstros tentem nos matar neste processo.
Vale lembrar que o personagem que não estiver no elevador na hora de finalizar a fase será deixado para trás.
Gerenciando material
Existem três materiais que são os pilares de Dungeon of the endless: pontos de indústria, ciência e comida.
Cada um deles tem uma função importante, como a indústria que serve para construirmos itens, ciência para pesquisarmos novos itens, e comida para subirmos os níveis dos personagens individualmente, nos curarmos.
Devemos ficar de olhos nos três para não ficarmos sem eles em momentos decisivos, já que o jogo não perdoará nossos erros.
Cada cômodo possui módulos grandes ou pequenos, onde podemos instalar objetos que criamos, como máquinas que geram material para usarmos ou torretas automatizadas para aumentar nossas defesas.
Estes módulos podem ser destruídos, e alguns inimigos até focam seus ataques neles, por isso devemos construí-los de forma estratégica, maximizando a sobrevivência.
Para fãs do gênero
A Amplitude Studios consegue oferecer uma ótima experiência para quem gosta de roguelikes com uma bela dificuldade, resultando em uma obra obrigatória para os fãs desse tipo de jogo.
Esta review foi feita com uma cópia de Switch cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming