O ocidente como um todo ainda não conhece a franquia Ys. Lançada originalmente em 1987, o título é considerado uma das pedras fundamentais dos RPGs de ação japoneses. A história nos apresenta a vida do aventureiro Adol Christin que, depois de uma vida, escreveu 100 livros contando toda sua jornada. E Ys 8: Lacrimosa of Dana é uma das melhores e mais divertidas do personagem.
Desenvolvimento: Nihon Falcom
Distribuição: NIS America
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG
Classificação: 12 anos
Português: Não
Plataformas: PS4, PS5, Switch, PC
Duração: 37 horas (campanha)/69 horas (100%)
A ilha Seiren
Para entender um pouco mais do universo de Ys, é preciso saber que Adol é como se fosse uma força motora para aquele mundo. Tudo acontece enquanto ele está envolvido, seja o surgimento de uma arma especial, ou de uma máquina diferente, até acabar se tornando um náufrago em uma ilha amaldiçoada.
Adol e seu grande amigo Dogi estão pegando uma carona a bordo do Lombardia. Durante a jornada, nosso herói descobre que eles vao passar perto de uma ilha que dizem ser amaldiçoada, e, obviamente, fica doido para visitá-la. E é claro que o destino dá um jeitinho de ajudá-lo e o barco é atacado por um monstro marinho gigante, que causa um naufrágio, e faz com que ele e outras pessoas acabem na Ilha de Seiren.
No começo, tudo se resume à busca por mais sobreviventes, mas com o tempo a missão se torna buscar formas de montar um barco para se mandar dali. Enquanto isso, Adol tem visões de uma linda jovem, a sacerdotisa Dana. Com o tempo, vamos entendendo um pouco mais sobre a sua história, e como ela se mistura com Adol e sua tentativa de fugir da ilha.
Sem entrar em muitos detalhes, a forma como a história de Dana se entrelaça com a vida do nosso aventureiro, foi extremamente bem feita. A jornada é divertida, e mesmo que haja muita coisa para se investigar e explorar, tudo é feito de forma orgânica, e não é cansativo.
Ação e exploração
O combate é extremamente rápido, e podemos mudar entre os personagens, sendo que cada um deles tem uma particularidade. Adol usa uma espada comum, Laxia usa uma rapieira, enquanto Sahad usa uma âncora, fora os outros. As armas tem um sistema de vantagem, por assim dizer, então, quando mudamos, causamos ainda mais danos. Fora que vamos adquirindo novas habilidades no decorrer da aventura.
Existem lugares que só podem ser visitados quando estamos muito mais fortes, e isso faz sentido se levarmos em conta o que está acontecendo na ilha. Mas se olharmos para tudo o que nos foi apresentado, as histórias, acontecimentos anteriores, e outras coisas, é tudo para aprofundar ainda mais aquele mundo. Digo isso já que a história é da Dana, efetivamente, mas, ainda assim, há um aprofundamento no universo em que a história se passa. Mas isso só fica um pouco mais claro no jogo que saiu depois, Ys 9 Monstrum Nox.
A versão do PlayStation 5
Ys 8: Lacrimosa of Dana é basicamente o mesmo jogo de antes. Não há nenhuma novidade com relação a novos mapas, ou adições desse tipo. Contudo, na parte gráfica, é possível jogar com 120 fps, mas com a resolução travada em 1080p, ou então em 60 fps e 4K. Além disso, foram dados diversas pequenos DLC, que são basicamente fantasias para Adol e os outros.
Eu senti que o loading caiu e muito em relação à versão do PS4, e os gráficos estão menos serrilhados, e levemente mais bonitos. Mas não é nada que vá muito longe disso. A trilha sonora continua sensacional, e considero essa uma das melhores já feitas até hoje. A dublagem também continua excelente, apesar de haver muitas seções onde há somente textos. Por fim, não há legendas em português, mas isso não vai atrapalhar muito o entendimento da história.
Próximo da perfeição
Esse game é, sem sombra de dúvidas, o melhor jogo de RPG de ação lançado para a geração passada. A história é magnífica e extremamente profunda, e mesmo os personagens mais chatos acabam sendo divertidos. O combate é rápido e bem feito, e é possível sentir que vamos ficando mais fortes. A trilha sonora é assustadoramente boa, assim como sua dublagem. Foi graças a Ys 8: Lacrimosa of Dana que a franquia chegou a outro patamar no ocidente. E em 2023 teremos a décima aventura de Adol Christin, e só nos resta esperar para que seja tão boa quanto esta foi.
Cópia de PS5 cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong