Curse Of Eternity, primeiro jogo da desenvolvedora Imakeda Games, traz um RPG de ação no já conhecido estilo soulslike com uma boa execução, porém, sem muito brilho.
Desenvolvimento: Imakeda Games
Distribuição: Imakeda Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG
Classificação: 12 anos
Português: Não
Plataformas: PC
Duração: Sem registros
Rolando por aí
Curse Of Eternity segue à risca o padrão de jogo consagrado pela série Souls. No jogo, podemos escolher entre três diferentes classes: Guerreiro, Mago e Arqueiro, cada um com suas especificidades.
Além disso, temos uma barra de energia e outra de estamina, que diminui quando atacamos ou usamos a famosa mecânica da rolagem. Também temos o sistema de travamento de mira, que nos permite focar em um único inimigo por vez.
No que diz respeito ao progresso do jogador, a cada inimigo que derrotamos, ganhamos fragmentos, que podem ser usados, se tiver a quantidade adequada, para subir de nível, além de melhorar as diversas armas presentes no jogo, como espadas, arcos, lanças e cetros.
De forma geral, a jogabilidade de Curse of Eternity é competente, cometendo poucos erros, como no sistema de trava de mira que nem sempre funciona, além de uma curva de dificuldade irregular
A curva de dificuldade, inclusive, é o ponto fraco de Curse of Eternity. Com um começo muito difícil e com um combate travado, o jogo acaba afastando os jogadores com pouca paciência, já que é justamente no começo da jornada que os jogadores mais morrem.
Porém, a partir de sua metade, o jogo torna-se extremamente fácil, principalmente se o jogador souber usar bem a mecânica de checkpoint e descanso, que faz com que todos os inimigos da área reapareçam. Fazendo isso em lugares estratégicos, é muito fácil conseguir subir de nível e consequentemente quebrando o jogo e deixando-o pouco desafiador.
Embora competente em nível de mecânica de movimentação e combate, Curse Of Eternity não soube achar o equilíbrio em sua curva de dificuldade, deixando os jogadores com raiva em seu começo e frustrados ao terminá-lo.
Competência no funcionamento, preguiça no conceito
Temos um trabalho bem feito no que diz respeito aos gráficos do jogo. A performance gráfica é boa, sem nenhum defeito gráfico em minha jogatina, o que é ótimo vindo do primeiro jogo de uma desenvolvedora independente.
Além disso, o jogo foi renderizado usando a técnica de Cell Shading, que é um conjunto de técnicas empregadas na renderização de imagens 3D que fazem com que o resultado final se assemelhe ao de desenhos em 2D. Essa escolha técnica ao mesmo tempo em que deixa o jogo mais leve (já que não há esforço para renderizar muitos detalhes), também o deixa com um ar mais amigável.
Porém, a direção artística deixa a desejar. Todos os personagens, áreas, inimigos e chefes que encontramos no game tem um design no mínimo preguiçoso, para não dizer genérico. Esse defeito faz com que a imersão do jogador seja zero, além de sempre haver a impressão de já ter visto aquelas áreas e chefes em algum outro jogo.
Sobrevivendo a maldição da eternidade
Em Curse of Eternity, o mundo inteiro está sob o controle da semideusa Midrhada. Por algum motivo não explicado, o personagem do jogador consegue resistir a essa maldição. Então, cabe ao nosso personagem derrotar Midrhada, passando por todos os percalços para atingir este objetivo, livrando o mundo de sua tirania.
Como explicado acima, a história do jogo é preguiçosa e sem graça, sem muito a oferecer ao jogador no decorrer de sua jogatina. Além disso, temos fragmentos da história desse mundo espalhados pelas áreas que visitamos em formato de itens que, contudo, não empolgam.
Sem entrar em spoilers, o próprio final do jogo é extremamente anticlimático, sem qualquer tipo de fechamento para a história. Por fim, a trilha sonora é quase inexistente, havendo somente duas faixas musicais no jogo: uma quando chegamos em um ponto de controle e outra quando enfrentamos chefes.
Pode melhorar
Ao fim, Curse Of Eternity é um jogo razoável e com uma jogabilidade competente, mas deficitário em todos os outros aspectos. Houve carinho em seu desenvolvimento, mas faltou capricho.
Copia de PC cedida pelos produtores
Revisão: Júlio Pinheiro