Foamstars é um jogo claramente baseado no sucesso de Splatoon, da Nintendo. Contudo, ao invés de tinta, aqui nós atiramos espuma colorida. O game produzido pela Toylogic em parceria com a Square Enix traz algumas coisas muito competentes, mas erra em diversos aspectos. Vamos por partes.
Desenvolvimento: Toylogic
Distribuição: Square Enix
Jogadores: 1-8 (online)
Gênero: Ação, Tiro
Classificação: 10 anos
Português: Não
Plataformas: PS4, PS5
Duração: 3 horas (Campanha)/5 horas (100%)
Espuma, espuma e espuma
A ideia básica é juntar times de 4 jogadores e partir para o combate nos modos de jogos disponíveis. Porém, dois deles, Rubber Duck Party e Happy Bath Survival, se revezam e ficam disponíveis em intervalos de tempo. No primeiro, temos que levar um pato de borracha até a base do inimigo. Para isso, é preciso subir na sua cabeça e dançar. No segundo, o combate é dividido entre dois jogadores na arena e dois fora, com a ideia de destruir os inimigos e assim marcar o ponto. Esses modos são legais, mas ter que esperar que eles estejam ativos é completamente bizarro.
Agora, o modo que realmente se destaca é o Smash the Star. Aqui, o objetivo é derrotar o adversário 7 vezes até que a estrela do time apareça, pois aí sim começa a partida, já que o jogo fica mais divertido. Vence quem detonar a estrela do outro time primeiro.
O grande pecado desses modos é a sensação de que infelizmente faltam jogadores ativos o suficiente, então é normal esperar diversos minutos para encontrar uma partida. Mais estranha ainda é a decisão de não colocar uma opção para procurar uma nova partida automaticamente ao término de uma outra. Nós voltamos para um prédio, e então atravessamos um grande corredor até finalmente chegar no helicóptero e fazer a seleção do que vamos jogar. Terrível escolha.
Personagens e monetização
No começo de Foamstars, temos basicamente 8 personagens disponíveis. Cada um deles possui um tipo de arma e movimentação completamente distintas, o que faz com que cada partida seja diametralmente diferente uma das outras. Ainda mais pelo fato de não ser possível haver repetições entre os membros do time, ou seja, quem for mais rápido escolhe o personagem que vai jogar.
Durante as partidas, é preciso estar sempre atento à espuma que estamos em cima. É sempre bom estar perto da espuma do seu time para não ter problemas de locomoção e também para poder fugir com a prancha, caso seja necessário. Toda vez que os pontos de vida chegam a zero, o personagem fica espumado, e aí basta acertá-lo com a prancha para destruí-lo ou continuar atirando até sua explosão. Quando um parceiro de time está espumado, basta acertar com a prancha e salvá-lo, impedindo um ponto do inimigo.
Porém, o grande problema de Foamstars é sua monetização agressiva. Há muitos itens sendo vendidos, e muitos deles ficam disponíveis por curtos períodos de tempo, mas todos são bastante caros. Por exemplo, uma skin de prancha custa R$ 21,50, e um pacote completo de personagens, com 7 itens, é vendido por R$ 239,90. Enfim, compra quem quiser.
Um dos jogos já feitos
Foamstars é extremamente divertido, apesar de pecar na sua monetização agressiva. A falta de mapas variados também acaba cansando, já que há pouco deles. O modo história, que é basicamente sobreviver a hordas de inimigos, é totalmente esquecível, sendo que o foco é o modo online, que funciona muito bem. Os gráficos são excepcionais, mas a falta de uma forma de conversar via voz com os membros do time é péssima – mas entendo que assim a toxicidade é cortada pela raiz.
No geral, Foamstars tinha tudo para durar uns bons anos, já que há potencial, e espero que possamos apreciá-lo por muito tempo. Mas os desenvolvedores precisam melhorar e acelerar a velocidade com que encontramos partidas, além de nos dar modos de jogo que possam estender a longevidade da experiência.
Revisão: Julio Pinheiro
Cópia de PS5 adquirida pelo autor