A mais recente sequência na franquia Golazo! mantém o estilo artístico consistente com seu antecessor, trazendo de volta aos jogadores o design de personagens cartunescos e arenas e estádios lindamente projetados. Porém, é necessário pontuar que o jogo acabou sendo mais um downgrade do que uma sequência digna da franquia. Vamos conferir no que ele pisou feio e chutou torto.
Desenvolvimento: Purple Tree
Distribuição: Purple Tree, Eastasiasoft
Jogadores: 1-4 (online)
Gênero: Arcade, Esportes
Classificação: Livre
Português: Legendas e interface
Plataformas: Switch, PC, Xbox One, PS4
Duração: Sem registros
Algumas novidades que agradam
Começando pela parte boa, um destaque é o modo semelhante ao Fifa Street, que é extremamente divertido, apesar de apresentar uma imprecisão na pontuação dos gols, dando a sensação de que os personagens não miram adequadamente. Mesmo assim, é bacana ter um modo no qual disputamos em arenas menores e confinandas, sem regras no quesito faltas, goleiros e chutes laterais.
Apesar de parecer bacana, Golazo! 2 tem muitos contras. Não há diferença entre as equipes disponíveis, e a ausência de um radar, já considerada uma falha no jogo anterior, persiste. Os atributos dos jogadores são todos iguais, eliminando a individualidade e a estratégia baseada nas habilidades de cada um deles. Acaba perdendo o sentido de se existir times diferentes.
A personalização, que antes adicionava um toque especial ao jogo, infelizmente, não está mais presente. Mas o pior, na real, nem é isso. Os personagens parecem ter sido gerados por uma IA, faltando-lhes a autenticidade e o charme esperados.
Como não podemos personalizar ninguém ou uniformes, acaba tudo sendo bastante genérico, parecendo que foi feito por um computador sem muita noção de estilo e personalidade.
O modo pixel art
Pixel Cup é o modo casual em estilo retrô, uma grande evolução da edição anterior. É um jogo dinâmico, de arcade, focando apenas na parte divertida do futebol. O modo possui gráficos em pixel art que remetem aos jogos dos anos 80 e 90, evocando nostalgia. Porém, a câmera com visão aérea do Pixel Cup é uma ideia terrível que prejudica a visão do jogo, da partida, dos jogadores e de todo o resto. Se pudéssemos ao menos manipular o ângulo dela, seria ótimo.
As copas/torneios parecem existir apenas para fingir que o jogo tem conteúdo, pois a ausência de atributos de equipes e jogadores derrota o propósito de ter uma competição diversificada.
No quesito jogabilidade, chutar para o gol é mais difícil do que deveria ser sendo que o goleiro pega quase tudo (os atributos neutros colaboram pra isso), e o passe longo é extremamente inútil e impreciso, resultando em jogadores que nunca conseguem alcançar a bola a tempo.
Esses problemas de jogabilidade afetam a experiência geral e frustram demais aqueles que buscam um jogo de futebol arcade, mas que funcione minimamente como um, bem, jogo de futebol.
Golazo! 2 é um regresso terrível
Em resumo, apesar de seus pontos fortes visuais e de design, a mais recente entrada da franquia Golazo! deixa a desejar em termos de jogabilidade e conteúdo, o que pode decepcionar os fãs do game anterior, além de frustrar aqueles que conheceram a franquia através desse segundo. Espera-se que futuras atualizações ou sequências abordem essas questões para melhorar a experiência geral, mas duvido muito porque muitas coisas aqui tratam do cerne e estrutura principal do jogo, coisas que exigiriam um trabalho feito do zero.
Cópia de Switch cedida pelos produtores