Explorar o mundo dos videogames muitas vezes me leva a descobrir joias que se destacam não apenas pela jogabilidade, mas também pela direção artística. Death of a Wish é um título que imediatamente chamou minha atenção por seu apelo visual distinto, tão cativante quanto divisivo. A arte única aqui pode ser percebida como seu maior ativo ou sua desvantagem mais notável. Esta análise visa lançar luz sobre minha experiência pessoal com ele.
Desenvolvimento: melessthanthree
Distribuição: Syndicate Atomic
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, RPG, Aventura
Classificação: 16 anos
Português: Não
Plataformas: Switch, PC
Duração: 8 horas (campanha)
Um garoto contra suas origens
A narrativa gira em torno de Christian, um jovem nascido em um culto, que embarca em uma missão de vingança contra o próprio grupo no qual cresceu, incluindo seu pai. A trama se desenrola por meio de diálogos e cutscenes, com a ausência de dublagem, confiando apenas em palavras escritas para transmitir a história. Esta técnica de contar histórias, combinada com o estilo artístico distinto do jogo, cria uma experiência narrativa memorável, embora às vezes confusa.
Death of a Wish emprega uma mecânica de jogabilidade hack-and-slash, permitindo que os jogadores se envolvam em combate por meio de uma combinação de ataques leves e pesados, cada um com seu alcance e impacto específicos. Acompanhando Christian em sua jornada está um familiar/monstro, capaz de lançar seus ataques à longa distância ao pressionar um botão.
O jogo também apresenta um sistema de upgrades, através do qual é possível aprimorar as habilidades de Christian e distribuir pontos de atributo para melhorar sua força, velocidade e outros aspectos. Essas atualizações são acessíveis em fogueiras, lembrando a série Dark Souls, na qual este jogo se inspira.
Configurações e estilo visual confuso
Apesar de sua inspiração, Death of a Wish apresenta um nível de dificuldade desafiador e personalizável. Há a flexibilidade de ajustar várias configurações do jogo, como níveis de HP, dano do inimigo e velocidade geral, para adaptar a experiência às suas preferências.
A presença de batalhas contra chefes e a necessidade de coletar itens-chave para a progressão adicionam profundidade à jogabilidade, incentivando a exploração. No entanto, o estilo artístico, que imita a aparência de esboços de um caderno, às vezes torna a navegação e a distinção entre áreas desafiadoras.
A direção artística de Death of a Wish é, sem dúvida, sua característica mais distintiva. As visuais semelhantes a esboços oferecem uma experiência nova, transformando o game em algo que parece um caderno interativo. Essa escolha visual, no entanto, também leva a alguns contratempos na jogabilidade, particularmente em termos de interface do usuário e diferenciação ambiental, que podem ser desorientadores e desafiadores de se distinguir.
Boa narrativa com pormenores
Em conclusão, Death of a Wish é uma entrada única no gênero hack-and-slash, distinguida por seu estilo artístico não convencional e narrativa. Enquanto os mecanismos de jogabilidade são sólidos e familiares aos fãs do gênero, a apresentação visual pode não ressoar com todos. As escolhas artísticas resultam em uma experiência polarizadora; alguns podem achá-la bastante original, enquanto outros podem achar excessivamente complexa. Apesar de seus defeitos, Death of a Wish oferece uma jornada intrigante para aqueles dispostos a navegar por seus desafios, tanto em termos de jogabilidade quanto de compreensão visual.
Cópia de Switch cedida pelos produtores
Death of a Wish
Prós
- Combate competente
- História curiosa
- Upgrades cativam
- Sistema de modificação de dificuldade em relação a quase tudo
Contras
- Visual confusos
- Flashes constantes que não podem ser desligados
- UI confusa por conta do visual
