A Plague Tale: Requiem finalmente está disponível, e traz para os jogadores respostas para vários questionamentos que surgiram no decorrer da primeira parte da jornada de Amicia e Hugo. E como se trata de uma continuação direta, é muito importante que joguemos A Plague Tale: Innocence antes de embarcar nesse novo capítulo, caso contrário, muito da nossa experiência será impactada negativamente. Com isso em mente, venha conferir um pouco do que essa belíssima obra tem a oferecer.
Desenvolvimento: Asobo Studio
Distribuição: Focus Entertainment
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, aventura, RPG
Classificação: 18 anos
Português: Legendas e interfaces
Plataformas: PC, PS5, Switch, Xbox Series X/S
Duração: 17 horas (campanha)/27 horas (100%)
Continuando nossa jornada
Após o final de A Plague Tale: Innocence, Amicia e Hugo partem para novas terras em busca de respostas e informações sobre a mácula, a maldição que corre no sangue do pequeno Hugo. Os primeiros minutos de jogo possuem um clima muito agradável, e é ótimo não precisar se preocupar com uma horda de ratos que destrói tudo de forma brutal nos acompanhando. Porém, e falo isso com muito pesar, esse momento de calmaria não dura muito tempo, e rapidamente a mácula que parecia estar adormecida volta a nos atormentar. Isso faz com que esses dois irmãos precisem fugir para conseguir sobreviver aos milhares de ratos.
Sem saber aonde ir e o que fazer, Amicia, a protagonista e irmã mais velha, decide apostar todas as suas fichas em um sonho misterioso que Hugo teve várias e várias vezes. No qual, ao andar por uma ilha desconhecida e seguir um grande pássaro, ele chega a um lago, e ao tocar nas águas cristalinas desse lago ele é curado. E é em torno disso que a história de A Plague Tale: Requiem vai girar. Iremos nos agarrar a qualquer traço de esperança, desde que isso signifique salvar Hugo de todo o seu sofrimento.
Melhorias em diversos aspectos
Um colírio para os olhos: é isso que A Plague Tale: Requiem é, pois com seus gráficos surreais ele consegue ser um dos jogos mais bonitos que já vi na vida. É de cair o queixo o realismo atingido pelos desenvolvedores nessa obra, principalmente quando unimos isso aos cenários incríveis que iremos percorrer. Campos floridos, cavernas úmidas, belas praias, florestas, ruínas, montanhas, cidades coloridas e muito mais, a variedade de locais presentes na obra é bem grande e possui uma qualidade altíssima.
Além disso, o novo título também traz melhorias para a jogabilidade, que agora é mais precisa e responsiva. E também apresenta novas mecânicas, como novos elementos alquímicos que podemos utilizar, e novos poderes para o pequeno Hugo, os quais não irei me aprofundar para evitar spoilers.
Diferentes abordagens e equipamentos
Os jogadores possuem a liberdade para escolher como passar por vários trechos em A Plague Tale: Requiem. Sendo furtivos, evitando matar e ser vistos pelos inimigos, ou então, escolhendo uma abordagem mais direta e brutal, abatendo todos os que ousarem se colocarem entre o nosso objetivo. Essas ações nos recompensam de diferentes formas, melhorando as habilidades de furtividade, ataque, e oportunismo da Amicia.
Assim como no jogo anterior, ainda contamos com nossa confiável baleadeira para derrubar os inimigos com pedradas. Além disso, Amicia possui uma besta agora, que atravessa a carne inimiga com tamanha facilidade, porém, que conta com munição escassa, e deve ser administrada com cautela. E claro, um dos pilares do primeiro A Plague Tale eram as alquimias que podíamos utilizar, como bombas de fogo e fumaça, e isso também foi melhorado, com novas combinações que se provam muito úteis.
As melhorias de equipamento também continuam disponíveis, e podem ser criadas a partir de várias bancadas de criação, que estão espalhadas pelos cenários. E para cada uma dessas melhorias, seja para carregar mais itens alquímicos, atirar com a baleadeira mais rápido, ou aumentar a capacidade do coldre de flechas, é necessária uma determinada quantidade de materiais que coletamos em baús ou nos corpos dos inimigos.
Uma caminhada com diferentes ritmos
A Plague Tale: Requiem possui diferentes ritmos em sua campanha. Em alguns momentos estamos em um ritmo acelerado, nos levando a crer que chegaremos ao clímax da história a qualquer momento. Mas, abruptamente o ritmo é quebrado e entramos em um trecho mais lento, cadenciado, nas quais as coisas acontecem no seu devido tempo e não nos dão as respostas pelas quais ansiamos.
Essa quebra de ritmo que acontece diversas vezes durante a jogatina pode incomodar alguns jogadores, os fazendo achar o jogo cansativo e até mesmo entediante. Porém, na minha opinião, esses momentos servem muito bem para podermos assimilar aquilo que está acontecendo à nossa volta, e acaba sendo uma pausa necessária antes de voltarmos aos trechos cheios de adrenalina.
Elevando a qualidade
Foram poucos os pontos negativos que vi durante minhas jogatinas. Como, por exemplo, a ausência de dublagem para nosso idioma, o que é compreensível, já que não se trata de uma grande produção. E o título também não possui um modo desempenho, obrigando os jogadores a jogar a 30 fps nos consoles, tanto no PS5 quanto no Xbox Series, e isso acabou me incomodando a princípio, já que pude desfrutar do título anterior a fluidos 60 fps.
Porém, esses são pontos que podemos relevar com certa facilidade, e que não prejudicam a incrível jornada que essa obra oferece a todos os que desejam continuar acompanhando o destino desses corajosos irmãos. A Plague Tale: Requiem entrega uma experiência que não só mantém a qualidade do que vimos anteriormente, como também eleva muitos dos seus aspectos.
Cópia de Xbox Series X/S cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong