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Revew Batora: Lost Haven (Switch) – Uma jornada em busca do equilíbrio

Batora: Lost Haven é um jogo de aventura com pitadas leves de RPG, cujo foco principal está em seu sistema de escolhas morais e mecânica de combate com duas variações de estilo.

Desenvolvimento: Stormind Games
Distribuição: Team 17
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Aventura, Ação
Classificação: Livre
Português: Legendas e interface
Plataformas: Switch, Xbox Series X/S, PS5, PC
Duração: 6.5 horas (campanha)/12 horas (100%)

A Protetora do Equilíbrio

Avril, a Protetora do Equilíbrio

Batora: Lost Haven acompanha a história de Avril, uma garota humana sobrevivente de um desastre de origem desconhecida que destruiu metade do Planeta Terra, o que deixou somente a outra metade habitável para os seres vivos. Em uma de suas andanças com sua melhor amiga, Mila, Avril acaba se deparando com um artefato que concede a ela poderes místicos, tornando-a, assim, a Protetora do Equilíbrio; que é um guerreiro escolhido pelos deuses Sol e Lua cujo objetivo é trazer o equilíbrio para o universo.

Embora leve e clichê, a história de Batora conta com momentos emocionantes. É nítido que os desenvolvedores deram bastante atenção à narrativa e aos seus personagens, especialmente Avril, Mila e os deuses Sol e Lua. As escolhas morais da protagonista são refletidas em momentos de dúvida, questionamento e incerteza, tornando-a uma “recém-guerreira” bastante crível, dado que o fardo que ela precisa carregar é bastante pesado.

O sistema de escolhas morais é bem simplório, mas possui ramificações interessantes em cada sub história que se desenrola durante a aventura. Ainda assim, o jogo trabalha o suficiente para mostrar que as escolhas, embora simples, não são óbvias, e não podem ser consideradas como certas ou erradas, apenas como um caminho com consequências em seu final. São reflexões positivas, e que são tratadas sem peso exacerbado, o que casa bem com o visual e tom cartunesco do jogo.

Alternando entre as Naturezas

Batalha e troca de Naturezas em Batora

Os combates de Lost Haven se dão em torno de uma mecânica chamada de Troca de Natureza. Avril possui duas Naturezas: Física e Espiritual. Enquanto a Natureza Física se manifesta em uma espada flamejante e golpes pesados, a Espiritual é exercida em rapidez e projéteis mágicos de longo alcance. Cada inimigo possui uma natureza específica; e para causar dano potencializado e ter mais resistência, a protagonista precisa estar utilizando o poder natural correspondente. Físico contra físico, espiritual contra espiritual.

A necessidade de trocar constantemente de Naturezas durante os combates é o desafio principal das batalhas. É uma forma interessante de incentivar o uso de diferentes habilidades por parte do jogador, com o objetivo de manter a jogabilidade sempre agradável. Entretanto, nem mesmo a mecânica principal do game faz com que Batora: Lost Haven deixe de ser repetitivo. O design de inimigos deixa a desejar, e as lutas tornam-se repetitivas em pouco tempo, mesmo alternando os cenários e os arquétipos visuais dos monstrinhos.

Uma pitada de RPG

Avril contra monstros marinhos

Batora conta com uma pitada leve de RPG, que pode ser sentida no uso de runas de efeitos passivos que modificam características da protagonista, tais como pontos de vida, poder de ataque, capacidades defensivas e taxa de ataques críticos. Runas de habilidades ativas também podem ser desbloqueadas, especialmente ao progredir na história e derrotar chefes específicos.

Para equipar as runas, é preciso possuir pontos de moral específicos, correspondentes a três categorias: Defensora, Conquistadora e Neutra. As escolhas morais durante a história principal concedem pontos de Defensora ou Conquistadora, enquanto subir de nível fornece ao menos um ponto de cada. É preciso ter atenção na hora de fazer as escolhas, visto que elas influenciam diretamente não apenas na história, mas também na jogabilidade.

Em geral, o uso das runas é simples e intuitivo, e casa bem com Lost Haven. Ainda assim, teria sido interessante ver um sistema de personalização mais robusto, aliado a momentos de batalhas mais intensos e variados, bem como expandir a personalização de Avril para equipamentos e armas diferentes, como novas espadas, espadões, machados, armaduras e escudos.

Simplicidade é a palavra-chave

Batora: Lost Haven é um título que trabalha com a simplicidade como base, especialmente no que diz respeito ao seu sistema de batalha e runas. No entanto, o jogo trabalha como uma história interessante e emocionante, com uma heroína cuja personalidade e jornada pessoal se mostram bastante críveis.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Batora: Lost Haven

7

nota final

7.0/10

Prós

  • História principal é emocionante
  • Sistema de escolhas morais simples e eficaz
  • Mecânica de Troca de Naturezas

Contras

  • Batalhas repetitivas
  • Sistema de equipamentos poderia ser mais robusto