Vire o grande chefão ou morra tentando, literalmente. Crime Boss: Rockay City nos coloca no controle de Travis Baker, que chegou a cidade de Rockay querendo se tornar o grande manda chuva do local. Só que para isso, ele precisa começar de baixo. Mas o que chama muita atenção é o elenco estelar de atores de Hollywood, que emprestam suas faces para dar vida aos vários personagens do game.
Desenvolvimento: Ingame Studios, A. S.
Distribuição: 505 Games
Jogadores: 1 (local) e 1-4 (online)
Gênero: Tiro
Classificação: 18 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: PC, PS5, Xbox Series X/S
Duração: Sem registros
Como se tornar um grande chefão
A ideia é bem simples: fazer missões, juntar uma grana, contratar mais membros para sua gangue, tomar mais porções da cidade e aí chutar os demais chefões do pedaço. As missões são até variadas, mas com o tempo elas ficam um pouco repetitivas. Podemos invadir galpões variados e buscar ouro ou dinheiro, ou então um complexo de lojas variadas e pegar equipamentos para serem vendidos. Até mesmo roubar um carro forte, algo que foi bem legal e desafiador.
Para isso, podemos formar equipes de até 4 membros, sendo que cada um deles tem sua própria característica única, como a possibilidade de tomar menos danos, ou se recuperar mais vagarosamente. . Eles podem ser contratados conforme vamos completando missões.
O desenvolvimento do game se dá por dias, ou seja, podemos cumprir missões enquanto tivermos membros do time disponíveis. Dependendo de como avançamos, podemos liberar uma espécie de batalha de conquista. Para isso, temos que derrotar os adversários rivais e aí liquidar os tenentes daquelas áreas para então tomarmos aquele bairro. Obviamente que podemos ser atacados também. Tudo isso com um grande twist: perdeu já era!
Domine tudo ou comece de novo
Travis pode participar das missões, rendendo pontos de chefe, o que faz com que seu nível aumente, conquistando a liberação de novas cartas. Podemos escolher recomeçar com novos territórios, maior quantidade de dano pros nossos soldados e muitas outras coisas. Esses bônus continuam toda vez que morremos, enquanto todo o resto vai embora.
Como cada partida é diferente, não adianta decorar caminhos. Apesar dos cenários serem relativamente parecidos, a sensação que tive é que algumas coisas estavam alteradas, e isso é bom. Mas confesso que perder tudo e começar de novo é frustrante.
Outra coisa que me frustrou foi não poder explorar livremente. Temos um pedaço de mapa e é isso, tente sair para fora e o game avisará que estamos saindo da zona. Honestamente, queria poder andar um pouco mais pelos mapas sem me preocupar. Entendo a ideia das missões, mas ainda assim.
Elenco de estrelas
Crime Boss: Rockay City traz uma série de atores famosos emprestando seus rostos para dar vida aos personagens do game. O elenco conta com nomes como o Xerife Chuck Norris, a sensual Kim Basinger, o festeiro Vanilla Ice, o “eu já estou velho demais para isso” Danny Glover, além de muitos outros nomes.
A qualidade gráfica dos modelos de todas as estrelas é excelente. O nível de detalhes neles é realmente ótimo. Contudo, nos demais personagens, não ficou tão bom quanto poderia ter sido. A repetição de modelos é comum, mas nada que possa atrapalhar a aventura. Os ambientes também são bem feitos, mas acabam ficando um tanto quanto repetitivos com o tempo, mesmo que possuam algumas mudanças por estarem em bairros diferentes.
O rei do crime
Morrer em Crime Boss: Rockay City é extremamente desagradável, já que perdemos tudo o que conquistamos e começamos do zero, exceto quando escolhemos alguma carta que nos deixe recomeçar com algum bônus. As armas se comportam de maneiras diferentes sendo possível sentir o peso de cada uma delas no gatilho do PlayStation 5, o que é muito bacana.
As missões com o tempo se tornam um pouco repetitivas, mas ainda assim são legais. O game está longe de ser o mais divertido do mundo, principalmente pela forma como foi executado, mas não deixa de ser uma experiência agradável. É sempre legal pegar Crime Boss e dar uns tiros aleatórios nos inimigos, já que cada partida depende do nosso nível de qualidade.
Cópia de PS5 cedida pelos produtores
Revisão: Julio Pinheiro