Daemon X Machina: Titanic Scion

Review Daemon X Machina: Titanic Scion (PC) – Mais batalhas espetaculares

Daemon X Machina: Titanic Scion é a sequência do jogo de ação de 2019 produzido pela Marvelous. O primeiro título da franquia já era excelente, com uma ação delirante, e esse segundo lançamento da série chega a todas as plataformas elevando o patamar da experiência com um mapa aberto e uma jogabilidade ainda mais frenética.

Desenvolvimento: Marvelous First Studio

Distribuição: XSEED Games

Jogadores: 1 (local) e 1-3 (online)

Gênero: Tiro

Classificação: 16 anos (violência, temas sensíveis, linguagem imprópria)

Português: Não

Plataformas: PC, PS5, Xbox Series X|S, Switch 2

Duração: 15 horas (campanha)

Um piloto mercenário

Mundo de Daemon X Machina: Titanic Scion

Na franquia inspirada por games como Armored Core e Zone of the Enders, é necessário completar missões e trabalhar como mercenário para se tornar um piloto melhor e colaborar com o aprimoramento da base. A história em si é um pouco desinteressante e serve mais como uma grande desculpa para que a divertidíssima gameplay aconteça – que pode ser jogada em modo solo ou em equipes, com a cooperação de outros dois jogadores e com suporte para crossplay entre outras plataformas.

Na jogatina, é preciso adentrar o mundo aberto e participar de confrontos rápidos, em tarefas básicas, sem muitos objetivos que vão além de destruir brutalmente o rival da vez. A jogabilidade é focada na movimentação ágil e no disparo veloz de golpes contra os adversários – tudo ao som de uma trilha sonora acelerada, que mistura gêneros distintos numa pegada eletrônica e cabe bem ao jogo.

Combate em Daemon X Machina: Titanic Scion

Os visuais são exagerados, com muitos efeitos simultâneos na tela, e a gameplay é ágil, frenética e repleta de eventos de ação rápida, principalmente durante as batalhas. A exploração é sensacional pela variedade de possibilidades de locomoção disponíveis, junto à infinidade de formas de personalização do jogador, que podem alterar o estilo de jogo e adaptar a experiência de acordo com as vontades de cada um, com uma liberdade enorme para criar builds combinando armas e equipamentos diferentes.

Conteúdo sem fim

Duelo em Daemon X Machina: Titanic Scion

O conteúdo oferecido não se restringe apenas ao material da campanha (que dura cerca de 15 horas), mas também se estende ao mundo aberto e a todo um sistema de missões secundárias que ampliam o que é proporcionado por Daemon X Machina: Titanic Scion. O problema é que vários desses objetivos, situados em dungeons e em partes do mapa, não utilizam esse mundo aberto com tanta propriedade no decorrer das grandes batalhas.

É normal, por exemplo, dar de cara com o limite do raio de uma missão no meio de um confronto e ver o inimigo saindo dele, enquanto o personagem jogável fica travado, sem poder se movimentar adiante. Além disso, a dificuldade, até no modo mais facilitado, não parece ter sido calibrada para apenas um único jogador. Por mais que haja vários NPCs que ajudam o protagonista durante a campanha principal, o game não é uma experiência totalmente agradável em seu modo single player – portanto, o recomendado é arrumar uma party para cumprir as missões em equipe.

Dungeon em Daemon X Machina: Titanic Scion

Daemon X Machina: Titanic Scion também adota uma abordagem de serviço, com missões temporárias que só podem ser acessadas durante um período específico, com um prazo curto. Além disso, os produtores publicaram todo um calendário com a programação de atualizações previstas até dezembro deste ano. Há muito a se fazer no jogo, que é definitivamente uma parada obrigatória para todos os fãs de games de ação que envolvem robozões.

Boa performance, que poderia ser melhor

Robozão em Daemon X Machina: Titanic Scion

Tecnicamente, Daemon X Machina: Titanic Scion está em um estado satisfatório, com uma versão de PC com um bom desempenho, sem travamentos e com diversas configurações distintas. No entanto, alguns aspectos poderiam ser melhores, como os visuais, que sofrem com uma distância de renderização curta e sombras de baixa resolução até na qualidade ultra. O título não tem suporte nativo ao formato de tela ultrawide e também apresenta problemas de carregamento. Mesmo rodando em um SSD, é possível notar tempos de loading excessivamente longos ao acessar a base, uma nova fase ou ao se conectar a uma sala.

No geral, o jogo funciona melhor no mouse e no teclado do que no controle. O esquema utilizado pelos desenvolvedores não é tão responsivo nos joysticks e, como há muitas mecânicas a serem acionadas ao longo da jogabilidade, o teclado se torna mais confortável, pelo acesso mais facilitado a elas.

Jogabilidade de Daemon X Machina: Titanic Scion

Não há tradução para o português, e várias linhas dos textos em inglês são mal pontuadas, o que prejudica a compreensão até para quem tem domínio do idioma. E, apesar da quantidade alta de configurações de acessibilidade, os textos são todos muito pequenos, o que é perceptível principalmente ao jogar o título em uma televisão.

É legal

Apesar de contar com uma narrativa insossa e pontos técnicos que podem (e devem) ser melhorados, Daemon X Machina: Titanic Scion é uma boa sequência de um ótimo jogo de ação. Mesmo com um uso limitado do mundo aberto nas batalhas, a experiência é carregada pela liberdade oferecida na exploração e na criação do próprio personagem principal, além de toda a ação frenética e estilosa.

Cópia de PC cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Daemon X Machina: Titanic Scion

8.5

Nota Final

8.5/10

Prós

  • Boa jogabilidade
  • Excelente trilha sonora

Contras

  • Problemas técnicos
  • Mundo aberto não é bem utilizado