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Review Deathbound (PS5) – Um soulslike diferente

Produzido pelo estúdio brasileiro Trialforge Studio, Deathbound dá o seu toque único ao gênero do soulslike. A aventura mistura diversos protagonistas em um mundo cujas principais características são a fé e ciência, além, claro, de muitas criaturas um tanto quanto deformadas. Contudo, há algumas coisas que poderiam ser melhores, então vamos por partes.

Desenvolvimento: Trialforge Studio

Distribuição: Tate Multimedia Sp. z o.o.

Jogadores:  1 (local)

Gênero: Ação, RPG

Classificação: 14 anos

Português: Legenda e interface

Plataformas: PS5, PC, Xbox Series X|S

Duração: 11 horas (campanha)

Soulslike BR

imagem de um personagem sugando a alma do outro
Sugando a essência de outro personagem

Deathbound traz o DNA do gênero soulslike, mas traz um tempero só seu. Aqui, podemos alternar entre até quatro herois totalmente distintos, com ataques, armas e estilos próprios. Indo mais além, o tamanho da barra de stamina depende exclusivamente da quantidade de pontos de vida do personagem. Ou seja, quanto menos formos atingidos, mais ataques poderemos realizar.

Contudo, o sistema de combate privilegia ainda mais aqueles que o dominam totalmente, uma vez que podemos usar o sistema de sincronia do jogo para continuar um combo ao trocar para outro personagem. Por exemplo, podemos começar batendo com a espada de Therone e depois mudar para as adagas da assassina Anna Lepus, e assim por diante. Isso é essencial para suceder nos confrontos contra os chefes das fases. Confesso que ver isso acontecendo é extremamente divertido, já que podemos continuar atacando sem nos preocupar com a resistência, algo recorrente nos jogos desse gênero.

imagem do combate de deathbound
Os cenários escuros predominam no game.

Isso faz com que Deathbound pareça menos complicado de jogar em comparação com outros títulos do gênero soulslike. Muito disso se deve ao sistema de níveis, que realmente nos torna mais fortes. Podemos escolher o que queremos aumentar, isso nos deixando ainda mais no controle dos personagens.

Todos os personagens podem adquirir talentos de essência, que basicamente são poderes diversos que aumentam a resistência à queimaduras, dão bônus de estabilidade ao usar o escudo e muitos outros. Para isso, é preciso encontrar essas essências pelo mapa, sendo necessário investigar todos os cantos e quebrar tudo que aparecer pela frente.

Fé e ciência

imagem de um monstro
Imagina encontrar esse bicho feio em um prédio abandonado?

Deathbound é situado no mundo de Ziêminal, nos levando para diversas ruínas modernas com muitos equipamentos medievais, especialmente aqueles usados para torturar pessoas. Esse é um bom contraste, mas ao mesmo tempo, extremamente brutal de se ver, principalmente quando começamos a encontrar alguns monstros horrendos no caminho. Therone, o nosso primeiro personagem, lembra bastante um cavaleiro templário, e essa com toda certeza foi a sua inspiração. Partindo disso, já podemos perceber que muitas referências foram usadas pelo time de produção ao longo do desenvolvimento do game. 

A história de cada personagem é desenvolvida a partir do momento em que o pegamos. Recebemos o pano de fundo de cada um deles e vamos descobrindo mais detalhes durante a jornada, mas, para isso, é necessário encontrar memórias. Particularmente, a história tem um começo interessante, mas minha curiosidade foi diminuindo aos poucos conforme ia avançando. Tudo que eu queria era apenas ficar mais forte e matar monstros o mais rápido possível, já que o combate é prazeroso.

Bora combar

Produzido por um estúdio brasileiro, Deathbound está totalmente legendado em português e traz um toque único para o gênero ao permitir a troca de personagem durante os ataques, o que deixa as lutas muito dinâmicas. É possível dizer que o game é uma escolha ideal para aqueles que estão começando a se engajar neste estilo de jogo. Os gráficos são satisfatórios e há vários ambientes para explorar, o que é muito bom. Recomendo o título para quem está em busca de uma boa aventura, já que o combate é excelente e divertido.

Cópia de PS5 cedida pelos produtores

Revisão: Julio Pinheiro

Deathbound

8.5

Nota final

8.5/10

Prós

  • Combate extremamente divertido
  • Excelente ambientação

Contras

  • Câmera que atrapalha algumas vezes
  • Pode ser fácil demais para os iniciados em soulslike