G.I Joe: Wrath of Cobra é um jogo de ação beat ’em up que homenageia o desenho clássico dos anos 80. Embora tenha uma jogabilidade honesta, falta capricho ao jogo.
Desenvolvimento: Maple Powered Games
Distribuição: Indie.io
Jogadores: 1-4 (local)
Gênero: Ação
Classificação: Livre
Português: Interface e legendas
Plataformas: PC, PS5, PS4, Switch, Xbox Series X|S
Duração: Sem registros
Yo Joe!
Em G.I. Joe: Wrath of Cobra, temos um jogo de ação beat ’em up honesto, com a jogabilidade que já conhecemos dos títulos do gênero. Podemos escolher entre quatro personagens iniciais (com mais dois desbloqueáveis), cada um com estilos e características específicas, e partimos para a briga.
Durante o jogo, podemos coletar diversos itens, como energia para recuperar vida e armas variadas, além de um ataque especial que conseguimos conforme derrotamos os inimigos. O jogo também oferece um sistema simples de combos, que permite aumentar a contagem de golpes consecutivos, embora isso não tenha grande utilidade prática. Há também um modo multiplayer que funciona bem.
Contudo, G.I. Joe: Wrath of Cobra possui um defeito que é quase fatal para um jogo desse estilo: o ritmo. Tudo é bem lento, começando pelas fases, que levam em média 10 minutos cada para serem concluídas, com um total de 12 fases. As fases mais longas acabam cansando o jogador, comprometendo a diversão e o dinamismo que um beat’em up deve proporcionar.
Outro problema são as batalhas contra os chefes. Extremamente enfadonhas e sem emoção, elas não exigem qualquer tipo de habilidade, apenas paciência — muita paciência. Bugs também acontecem rotineiramente, como invencibilidade dos inimigos, por exemplo.
Apesar desses defeitos, o jogo se redime em seu modo extra, que conta com vários modos de jogo adicionais e mais dois personagens, que podem ser adquiridos com as moedas coletadas no modo história (representadas por disquetes). Esses modos extras trazem mais dinamismo e desafio, compensando o marasmo do modo história tradicional.
Respeitando o legado de G.I Joe
Os gráficos de G.I. Joe: Wrath of Cobra são competentes, com uma boa pixel art e uma variedade de modelos de personagens, desde os protagonistas até os inimigos comuns e chefes, bem como itens e cenários.
A proposta dos desenvolvedores foi homenagear o clássico desenho dos anos 80, o que fica evidente na animação de abertura e na introdução do modo história, bem como em toda a direção artística do jogo. No entanto, os layouts deixam a desejar, especialmente a fonte usada nos menus, que parece ter sido escolhida de última hora.
Simples e pueril, como deve ser
Em G.I. Joe: Wrath of Cobra, após o Comandante Cobra e sua maléfica organização sequestrar os mais importantes monumentos do mundo, cabe ao G.I. Joe derrotá-lo e devolver os monumentos aos seus países de origem.
A história de Wrath of Cobra é simples e boba, mas isso não é um problema, pois, como dito anteriormente, o jogo é uma homenagem ao antigo desenho, e uma trama mais leve combina com o tom da obra.
Entretanto, há problemas na apresentação da narrativa. Ao iniciar o modo história, temos uma breve introdução, e, a partir daí, o jogo segue um estilo arcade, com uma fase após a outra. Curiosamente, se o jogador optar por selecionar fases individualmente no menu, cada uma delas vem acompanhada de um pequeno contexto explicativo da história. Ora, por que esse contexto não é oferecido logo no início do modo história? É uma decisão que não faz sentido.
Além disso, há um pequeno problema nas linhas de diálogo dos chefes, que muitas vezes “vazam” das caixas de texto, sugerindo uma certa pressa dos desenvolvedores nestes detalhes. A trilha sonora, por sua vez, é interessante, utilizando temas do desenho com arranjos no estilo dos jogos de arcade, mas não chega a se destacar.
Um jogo à altura de G.I Joe?
Com uma jogabilidade honesta, G.I. Joe: Wrath of Cobra acaba tropeçando em pequenos detalhes que comprometem a experiência. A boa notícia é que esses problemas são relativamente simples de corrigir em futuras atualizações.