É sempre massa poder pegar uns joguinhos relaxantes pra curtir de boa de vez em quando, daí a gente escapa da rotina e desabafa um pouquinho. Só que isso depende de como os designs desses jogos são feitos, saca? Normalmente, esses games focados em simulação têm um loop bem cansativo, que deixa as coisas chatas em poucos minutos. Será que é o caso do Garden Simulator? Vamos descobrir.
Desenvolvimento: PRODUKTIVKELLER Studios
Distribuição: Toplitz Productions
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Simulação
Classificação: Livre
Português: Não
Plataforma: Switch, PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X/S
Duração: 10 horas (campanha)
Outra herança da velha, igualzinho nos jogos de fazenda
Aqui, a gente herda um pedaço de terra em volta de uma casa abandonada que era da nossa tia que foi dessa pra melhor. Quando a gente chega nesse lugar, temos que dar uma geral e arrumar as coisas, porque tá tudo uma bagunça e tem lixo pra todo lado. A apresentação é toda feita com textos crus alinhados na lateral da tela, o que me fez duvidar um pouco da qualidade desse jogo logo no começo.
Numa tentativa de não julgar o livro pela capa e a intro mal feita, resolvi dar uma chance ao indie. E me diverti pra caramba com o ciclo de jogabilidade. O sistema de recompensas consegue liberar umas coisas bem rápido, e é possível desbloquear itens no menu da loja rapidinho, plantando e colhendo as sementes que a gente semeia, expandindo nossa área de terra conforme a gente compra mais extensões, etc. Naturalmente, as coisas vão sendo liberadas e notificações pipocam no canto esquerdo.
Além disso, tem um menu de habilidades no qual a gente melhora nossa velocidade de regar, colher, ganhar XP ao completar tarefas simples, e muitos outros. Tem várias outras opções também, tipo aumentar a grana que a gente ganha vendendo as colheitas e outros produtos do jardim. Sem falar nos elementos estéticos, como gnomos de porcenala e outras coisas pra enfeitar e decorar.
Cobrando o olho da cara
A única coisa que me segurou bastante no jogo foi o preço de algumas coisas. As próximas extensões de terra ficam bem caras. A primeira custa só 180 moedas, que dá pra conseguir em uns poucos dias de jogo. Mas a próxima já pula pra 680 moedas. Eu sei que isso é levando em conta o tanto de melhorias que já foram feitas até aquele momento, mas mesmo assim é meio desmotivante dar esse salto de preço assim de repente.
Mesmo assim, tem um monte de ferramentas de automação que vão te economizar um tempão, tipo o regador automático que molha as plantações que estão por perto. Mas é também bem caro. Isso é uma mão na roda e deixa as recompensas mais bacanas, assim como em jogos mais recentes e parecidos, como Stardew Valley e Story of Seasons, nos quais a maioria das tarefas podem ser automatizada.
Um jogo bacana pra jogar rapidinho
O Garden Simulator é uma boa pedida pra quem curte a combinação de portabilidade e facilidade de pegar e jogar um jogo. Dá pra jogar de bobeira em sessões rápidas, com certeza, e os fatores de recompensa rápida são um grande ponto a favor quando se trata do esforço versus recompensa, sendo outro motivo pra escolher a versão do Switch. O ciclo de jogabilidade é bem relaxante e agradável, fazendo desse jogo um dos melhores simuladores que tive a chance de jogar ultimamente nesse portátil. Só podia ter um modo de 60 fps, porque em alguns lugares o jogo pula pra 60 fps do nada, por falta de sombra pra renderizar naquela área. Não duvido da capacidade dos devs.
Cópia de Switch cedida pelos produtores
Garden Simulator
Prós
- Recompensador
- Tudo acontece rápido
- Não tem sistema de horas
- Habilidades desbloqueáveis
Contras
- Performance podia ser melhor
- Algumas coisas são meio caras
- Repetição inevitável que podia ser melhor evitada
- Podia ter um outro modo de jogo
