Capa de Granblue Fantasy Versus Rising

Review Granblue Fantasy Versus: Rising (PC) – Uma boa sequência

Granblue Fantasy Versus: Rising é uma sequência que expande o jogo de luta produzido pela Arc System Works com várias novidades. Publicada pela Cygames, essa nova versão do game traz conteúdos inéditos, novos personagens e um modo online que, em teoria, deveria ser funcional.

Desenvolvimento: Arc System Works, Cygames Inc

Distribuição: Cygames Inc

Jogadores: 1-2 (local) e 1-30 (online)

Gênero: Luta

Classificação: 14 anos

Português: Interface e legendas

Plataformas: PC, PS4, PS5

Duração: 17 horas (campanha)

Lutas táticas

Luta em GBVSR

GBVSR conta com um elenco de 28 personagens em seu lançamento, além de mais 6 que serão adicionados em futuras DLCs. Cada um tem suas próprias particularidades, níveis de dificuldade e mecânicas únicas. Boa parte dos lutadores usam espadas e equipamentos similares em seus golpes, tornando o título em uma experiência parecida com um Soul Calibur, só que em 2D e sem uma movimentação livre. 

Os confrontos são cadenciados, se concentrando em um jogo neutro e na execução de combos, com a presença de diversos auxílios que possibilitam uma automatização parcial desse aspecto da jogabilidade. A tática é vital nas lutas, visto que as habilidades possuem um período de cooldown. Essa limitação adiciona um fator estratégico que não existe em outros nomes do gênero, já que é preciso evitar a utilização excessiva dos mesmo golpes e explorar todas as alternativas do personagem em uso. 

Simples de entender

Modo treino do jogo

Granblue Fantasy Versus: Rising possui um modo de treino simples, mas altamente interativo. O jogo mostra perfeitamente como cada personagem funciona e as opções existentes em cada situação específica de uma luta. Para suceder, basta apenas dedicar um tempo considerável estudando o comportamento do elenco, pois esse é o principal desafio do game.

Aprender o funcionamento das mecânicas não é uma tarefa difícil, especialmente para iniciantes que jogam com um controle, uma vez que os sistemas foram claramente projetados com a ergonomia deles em mente. Entretanto, a experiência é tão boa quanto por meio de um teclado ou um arcade stick, dado que o título é adaptável para métodos de entrada diferentes. 

Chefe do jogo

Os botões são divididos entre funções descomplicadas, que eliminam a necessidade de usar combinações nos direcionais, e comandos de habilidade, com as tradicionais motion inputs – é possível acessar ambos em qualquer momento de um duelo. Isso resulta diretamente em um jogo com uma execução simplificada, mas que não proporciona embates com a mesma intensidade de outros jogos de luta, que exigem uma capacidade de execução alta. 

Muito para jogar

Modo Fall Guys do título

Além do clássico modo arcade, Granblue Fantasy Versus: Rising apresenta um modo história que leva as mecânicas para um ambiente que foge das lutas convencionais. Sem se resumir a ser um mero filminho, a função transforma o jogo em um beat ‘em up com batalhas e cenas que desenvolvem a narrativa do título, que inclui toda a trama do primeiro game da série em adição aos capítulos originais dessa sequência.

O modo é divertido, sendo um excelente complemento para o pacote, que também tem um modo foto interativo. É possível criar dioramas com os cenários e personagens, que podem ser conhecidos através do glossário que explica a lore do universo de Granblue Fantasy presente nos menus do jogo. 

Online aprimorado, mas ainda complicado

Servidores de Granblue Fantasy Versus Rising são ruins

As grandes novidades desta edição estão centradas nas funcionalidades online. Além de um minigame multiplayer que transforma o jogo de luta em experiência parecida com Fall Guys, o jogo recebeu um modo online totalmente aprimorado.

Apesar do título não dar espaço para a comunidade sul-americana nos desnecessários lobbies interativos, a pancadaria online suporta o crossplay e funciona bem, sem atrasos nos comandos quando ambos jogadores possuem uma conexão estável e uma latência baixa – mas encontrar lutadores brasileiros é difícil justamente pela falta de um hub dedicado para a região.

Partidas com rivais em locais mais distantes são jogáveis, mas são suscetíveis a teleportes por conta do ping mais elevado. Apesar das lutas transcorrerem de forma satisfatória, os servidores sofrem com quedas aleatórias que obviamente interrompem a porradaria, sendo esse um ponto em que o jogo lamentavelmente erra, mesmo tentando acertar.

Estética sensacional e traduzida 

Estética anime de Granblue Fantasy Versus Rising

Naturalmente, Granblue Fantasy Versus: Rising mantém uma direção de arte semelhante à de seu antecessor, mas dessa vez com gráficos mais detalhados e designs mais fiéis ao material original. Todo o trabalho de animação é espetacular, combinando bem com a estética de anime que é sempre adotada pela Arc System Works em suas empreitadas. No entanto, a apresentação visual é prejudicada por serrilhados, que não podem ser removidos até nas melhores configurações possíveis. 

O jogo está disponível com opções de áudio em inglês e japonês, contando com legendas em português. A existência dessa localização coloca o game em um patamar superior em relação a outros fighting games desse gênero mais nichado no estilo anime, porque compreender as mecânicas é mais fácil quando tudo é ensinado de uma forma clara e esclarecedora no idioma nacional. 

Um ótimo pacote 

Com vários modos disponíveis, uma ótima diversidade de personagens e um online aceitável, mas ainda problemático, Granblue Fantasy Versus: Rising é um título excelente para os fãs de jogos de luta em geral. As funcionalidades para um jogador e a gameplay simplificada tornam GBVSR em uma ótima experiência tanto para gamers casuais quanto para aqueles que gostam de se aprofundar no gênero. 

Cópia de PC cedida pelos produtores

Revisão: Ailton Bueno

Granblue Fantasy Versus: Rising

8.5

Nota Final

8.5/10

Prós

  • Boas mecânicas
  • Variedade de modos
  • Fácil de ser aprendido

Contras

  • Serrilhados
  • Erros na localização
  • Servidores ruins