Existem poucas franquias que podem se dar ao luxo de chegar ao sétimo título – número esse que é considerado cabalístico para muitas pessoas. Disgaea 7: Vows of the Virtueless é o mais recente lançamento da Nippon Icchi Software, o braço japonês da NIS America. Será que o jogo consegue manter seu frescor?
Desenvolvimento: Nippon Icchi Software
Distribuição: NIS America
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Estratégia, RPG
Classificação: 12 anos
Português: Não
Plataformas: PC, PS4, PS5, Switch
Duração: 27 horas (campanha)/90 horas (100%)
O código do samurai
Os demônios em Disgaea 7: Vows of the Virtueless seguem uma versão própria do bushido, ou o “caminho do guerreiro”, que é basicamente um código de conduta e modo de vida para os samurais. Mas se você está esperando que os inimigos não vão se juntar em grupos e espancar seus personagens, é melhor mudar de ideia.
Nosso protagonista é o demônio Fuji, que acaba conhecendo uma jovem chamada Pirilika, que é muito fã do bushido. Juntos, eles vão encarar uma aventura sem precedentes e viver diversos momentos peculiares.
Diferente de muitas obras atuais que colocam piadas a torto e a direita, Disgaea 7 sabe quando usar seu humor, o que faz com que a aventura não seja chata ou se torne algo monótono e forçado. Voltamos para uma base no final de cada capítulo, e é lá que podemos fazer uma miríade de coisas.
Quase tudo tem o seu preço em Disgaea, o que nos obriga a sempre ter dinheiro ou arrumar uma boa quantia para conseguir as coisas. Seu personagem morreu ou se machucou em batalha? Pague ao hospital para curar suas feridas ou recuperar sua energia. Quer melhorar seu equipamento? Compre itens.
Ou então quer ter alguma vantagem ou roubar nas batalhas? Tenha muito dinheiro para subornar os membros do senado. Enfim, há bastante coisa para se fazer, e o mais legal é que se o seu jeito de jogar for o de ter o time mais forte de todos, é possível, mas se está apenas procurando uma aventura e uma história bacana, suas bases estão cobertas.
Estratégia ou stratégie
É aqui que o jogo realmente brilha. Podemos usar quem quisermos nas batalhas, mas é preciso ficar atento a algumas coisas. Ao final de cada batalha, temos algumas missões que podem ser cumpridas, e assim ganhar alguma coisa, como dinheiro ou itens, e isso pode implicar usar um número máximo de personagens, ou somente homens, por exemplo.
Uma coisa que gostei bastante é que as batalhas estão bastante dinâmicas, e com o tempo, podemos liberar até um sistema de batalha automática e somente resgatar os espólios do combate. Gostei muito de abusar do sistema de jogar o amiguinho longe para fazer com que a minha unidade pudesse cobrir a maior parte do campo.
Além disso, podemos designar diversas ações por vez e assim ver todas elas sendo executadas simultaneamente, ou então uma de cada vez, e planejar os próximos passos sem problemas. Disgaea é um jogo que começa com número modestos de dano, mas que com tempo fica extremamente absurdo, então não se assuste com isso.
Os golpes especiais possuem animações muito boas, mas que, com o tempo, conforme as muitas repetições, acabam ficando chatas. Contudo, podemos pular essas cenas. Quando as unidades, sejam as nossas ou adversárias, estão juntas, elas se dão um bônus de ataque, o que pode ser crucial na hora de destruir um adversário.
Totalmente excelente
No geral, o combate de Disgaea 7: Vows of the Virtueless é excelente e extremamente divertido, mesmo quando os danos ultrapassam números vistos comumente em jogos desse gênero. O game consegue agradar tanto quem pretende fazer os personagens mais fortes possíveis como também quem apenas quer curtir uma boa aventura. Se você está em busca de algo para pensar um pouco e se entreter, sua procura acabou.
Cópia de Switch cedida pelos produtores
Revisão: Julio Pinheiro