Guns and Spurs 2 é uma sequência de Guns and Spurs, dando continuidade à saga do Velho Oeste de captura dos criminosos mais perigosos da cidade.
Desenvolvimento: Frozen Lake Games
Distribuição: Soedesco
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Aventura, Tiro
Classificação: 12 anos
Português: Legendas e interface
Plataforma: Switch, PC, Xbox One, Xbox Series X|S
Duração: Sem registros
Nosso bom e velho Oeste
O jogo em si me lembrou bastante dos filmes de bang-bang que eu assisti na sessão da tarde, ou em alguns desenhos americanos. Cavalos, caubóis de chapéu e homens armados até os dentes – tudo isso ajuda a compor a imagem e a imersão que o jogo quer nos passar.
Nosso personagem principal é o estimado Jack Lane, um forasteiro que decide trabalhar como caçador de recompensas nessa cidadezinha, auxiliando o xerife a capturar os piores criminosos das redondezas. Nosso ajudante nessa missão é o nosso cavalo branco, sem um nome específico, e um quadro na portaria da delegacia, onde podemos aceitar pedidos e partir em aventuras.
As capturas de prisioneiros seguem um esquema de captura do bando, e é necessário capturar um certo número de capangas para conseguir desafiar o chefe do bando. Outro ponto bastante interessante é de que o momento de captura dos chefões depende de um desafio bem à moda “bang-bang”, no qual você deve disputar com o vilão para ver quem é o gatilho mais rápido do Oeste. Se você ganhar, o criminoso é capturado, se você perde, deve reiniciar a missão por completo.
Durante esse processo, Jack pode tentar se ambientar melhor na cidade ao comprar uma casa, frequentar o bar local e comprando roupas e armas na lojinha local – que inclusive nos permite comprar uma arma alienígena. Nesse ponto, eu diria que o título me traz boas lembranças de Red Dead Redemption e passa uma impressão bem positiva.
O Oeste está bem velho
A premissa de Guns and Spurs 2 é divertida, mas a execução peca em alguns detalhes – principalmente o gráfico. Esse aspecto não me incomoda em geral, pois acredito que em linhas gerais a jogabilidade é muito mais importante que qualquer capacidade gráfica de jogos cinematográficos – o importante é o que sinto ao jogar, e não o que vejo. Mas nesse caso, as limitações gráficas impactam o funcionamento das mecânicas e geram cenas cômicas.
O primeiro ponto é de que a mira é representada por um pequeno quadrado branco na tela, completamente móvel e um pouco difícil de mirar. Isso se deve ao fato de que primeiramente é difícil mirar com o analógico do controle, e segundo porque é difícil enxergar a mira na tela devido à baixa qualidade. Outro ponto é que as interações com os personagens são muito travadas, e o lançamento de objetos é esquisito – como no caso do lançamento do laço para capturar prisioneiros.
Guns and Spurs 2 continua pecando no aspecto gráfico e técnico, mas ainda assim consegue entregar uma pequena experiência de mundo aberto e de diversão – ainda que eu tenha sentido que os elementos citados anteriormente comprometem a experiência do jogar de forma abrangente, sendo um ponto negativo para o título.
E existe recompensa?
Ainda que existam diversos problemas e questões a serem levantadas sobre Guns and Spurs 2, eu devo dizer que jogar esse título foi divertido. A falta de qualidade gráfica me fez soltar leves sorrisos em alguns momentos, como quando o prisioneiro é jogado em cima do cavalo e fica parecendo um saco de batatas, ou quando o cavalo parece estar andando no ar tal qual um pégaso texano.
Como disse anteriormente, o sistema de mira é muito ruim em termos de utilização e ajuda a tornar o título mais desafiador. Por muitas vezes eu errei tiros matadores ou lancei dinamites no lugar errado, e acabei morrendo. Esse desafio técnico acaba sendo divertido e, ainda que atrapalhe, complementa a experiência do jogador.
Uma grande viagem
Guns and Spurs 2 é um título de certa forma interessante e divertido, mas que apresenta diversas limitações e desafios em questão da experiência do usuário. É um jogo bacana, mas penoso – jogue por sua conta e risco.
Cópia de Switch cedida pelos produtores