Capa do jogo

Review Kingdoms of Amalur: Re-Reckoning (PS4) – O destino está em suas mãos

Com muitos problemas burocráticos ocasionados na versão original para a geração PS3 e XBOX 360, Kingdoms of Amalur Re-Reckoning é lançado após a compra dos direitos do jogo original pela THQ Nordic e fornecido ao time da Kaiko, responsáveis pelos principais ports remasterizados de Darksiders.

Desenvolvimento: Kaiko
Edição: THQ Nordic
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG, Ação, Aventura
Classificação indicativa: 16 anos
Português: Não
Plataformas: PC, PS4 e Xbox One
Duração: 22 horas (campanha)/56 horas (100%)

Um protagonista sem nome e com grandes responsabilidades

Conversa entre o personagem e Brother Mason durante uma quest paralela

A história permanece a mesma de Kingdoms of Amalur: Reckoning, envolvendo no roteiro grandes nomes da indústria de quadrinhos e contos de fantasia, como R. A. Salvatore de The Demon Wars Saga e Todd McFarlane, criador de Spawn. A jornada se inicia com a história de um personagem denominado “Fateless One”, que foi ressuscitado como um experimento científico de grande importância.

Ao acordar, você deve escapar das instalações de pesquisa e encontrar Fomorous Hugues, o cientista responsável pelo seu retorno à vida. Neste momento, o tutorial é apresentado e demonstra as diferentes armas disponíveis em Amalur, tendo cada uma delas com uma forma de jogo completamente diferente.

Após encontrar o pesquisador, você então partirá para fora das instalações enquanto todos que permaneceram lá dentro são atacados pelos guerreiros imortais Tuatha Deohn. Já do lado de fora, você descobre por um jovem guerreiro que o líder dos imortais não pode mais prever seu destino, por conta do protagonista já ter passado pela morte uma vez. Com isso, você é o único capaz de encerrar de uma vez por todas a batalha que ocorre em Faelands há um bom tempo.

Divertido com algumas ressalvas

Explorando os campos inicias

O ponto forte de Kingdoms of Amalur: Re-reckoning definitivamente é sua jogabilidade. Como um Action RPG bem polido, os movimentos são bem responsivos e fluidos, podendo escolher entre armas desde arcos e espadas até chakrams mágicos, cajados e adagas para ataque mortal em furitivadade. 

Além disso, é possível criar builds puramente físicas, mágicas ou híbridas, deixando uma customização mais aberta ao jogador, mesmo com um sistema de classes que podem ser alteradas se assim for seu desejo. Também há mecânicas bem interessantes, como poder furtar objetos em baús e casas que possuam um dono, podendo trazer consequências durante sua aventura. Você pode ser preso caso seja pego em flagrante roubando algo e, de qualquer forma, este item não pode ser vendido por mercadores comuns.

Infelizmente, o progresso da história do jogo e as side-quests são bem medianas e sem vida. As conversas com os NPCs não são convincentes ou de fato relevantes à sua aventura, de modo que prenda o jogador na narrativa. Considerando que este jogo é um RPG, interpretação e narrativa deveria ser um ponto levado como prioridade.

As diferenças da versão original

Atacando com chakrams de fogo

A versão remasterizada não traz grandes mudanças ou melhorias gráficas, como iluminações ou texturas. Ainda que a proposta do jogo seja trazer uma identidade menos realista e mais comparada à World of Warcraft, poderia haver algumas evoluções gráficas além da adaptação para alta definição.

Em contrapartida, para aqueles que não aproveitaram as DLCs no seu lançamento original, poderão desfrutar delas em Re-reckoning. Todas as três expansões estão presentes e são uma grande vantagem, pois o mundo é amplamente expandido, uma nova raça (Kollossae) está disponível e diversas armas, armaduras, inimigos, calabouços e missões foram adicionadas.

Final trágico ou feliz?

Kingdoms of Amalur, mesmo com seus defeitos, mostrou ser um jogo interessante e divertido para jogar, enquanto passa um bom tempo em algumas tarefas secundárias nas cidades. É uma boa escolha para aqueles que já estão familiarizados com a trama e que gostam de jogos de RPG focados em ação.

Para novos aventureiros, caso estejam buscando uma aventura contagiante e que possua uma história mais aprofundada, há uma grande chance de se decepcionar com o jogo.

Esta review foi feita com uma cópia de PS4 cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming

Kingdoms of Amalur Re-reckoning

7

Nota final

7.0/10

Prós

  • Jogabilidade excelente
  • Variedade de armas e classes para jogar
  • Conteúdo adicional relevante

Contras

  • História deprimente
  • Pouquíssimo polimento gráfico