Layers of Fear (2023) é um jogo de horror psicológico em primeira pessoa que retrata a história de almas perturbadas pela insanidade. Servindo como porta de entrada para aqueles que nunca jogaram a franquia e trazendo novo conteúdo para os fãs de longa data, a obra oferece uma experiência completamente perturbadora para todos aqueles dispostos a embarcar nessa aventura. Será esta a magnum opus da Bloober Team? Venha conferir.
Desenvolvimento: Bloober Team / Anshar Studios
Distribuição: Bloober Team SA
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Aventura
Classificação: 14 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X/S
Duração: 10 horas (campanha)/15 horas (100%)
Refeito e Aprimorado
A versão de 2023 da franquia Layers of Fear funciona como um remake, mostrando toda a experiência que os desenvolvedores da Bloober Team adquiriram ao longo dos anos. A obra traz as histórias dos jogos anteriores e muito mais, com novidades que nos ajudam a compreender um pouco melhor tudo o que foi deixado em aberto para nossa própria interpretação.
É importante frisar que esta nova versão foi refeita do zero na Unreal Engine 5, ao contrário de seus antecessores que foram desenvolvidos na Unity. Graças a isso, temos gráficos impressionantes que nos permitem ficar ainda mais imersos nos momentos de tensão e horror pelos quais iremos passar.
O que a obra oferece?
Layers of Fear (2023) oferece aos jogadores a campanha do primeiro jogo, lançado originalmente em 2016, que conta a história do pintor, um homem perdido dentro de sua própria mente insana em busca do quadro perfeito. Além disso, o pacote também inclui a expansão, que nos mostra alguns trechos da vida da filha do pintor e a visão que ela tinha da loucura de seu pai.
A campanha do segundo jogo, lançado em 2019, apresenta os passos do ator, o astro de uma produção que está sendo filmada em um transatlântico, mas acabamos descobrindo que nem tudo é o que parece. Assim, precisamos explorar o navio em busca de respostas para nossas perguntas.
Como conteúdo inédito, temos a história da musicista, esposa do pintor da obra de 2016, que aprofunda o tormento vivenciado por essa família sob outra perspectiva. E claro, a história daquela que provavelmente é a peça central de todas as outras. Passando-se em um farol macabro e solitário, a escritora é responsável pela criação das histórias dos jogos anteriores, unindo todas as partes da franquia em uma só.
Jogabilidade, Gráficos e Trilha Sonora
A jogabilidade da obra não poderia ser mais simples, resumindo-se a andar, correr, interagir com objetos e utilizar uma lanterna para destruir itens tomados pela escuridão e afugentar criaturas que nos perseguem durante a nossa jogatina. Rapidamente nos acostumamos com os comandos do jogo, esses que deixam a desejar em alguns momentos. Como nas vezes em que precisamos interagir com um objeto e não conseguimos fazer isso com a rapidez necessária devido a baixa precisão que temos para interagir com o cenário.
Quanto aos gráficos, graças à experiência adquirida pela Bloober Team ao longo dos anos e ao poder da Unreal Engine 5, Layers of Fear (2023) proporciona aos jogadores visuais surreais, beirando o fotorrealismo, com texturas de alta resolução e uma iluminação de altíssima qualidade. E não posso deixar de falar sobre a trilha sonora, que me causou arrepios em diversos momentos, combinando muito bem com a atmosfera macabra que a obra deseja transmitir aos jogadores.
A Versão Definitiva
Oferecendo uma experiência mais completa e complexa, amarrando pontas soltas e permitindo que os jogadores se aprofundem ainda mais na história dos personagens, Layers of Fear (2023) é a versão definitiva da franquia, que deve ser jogada tanto por fãs quanto por novatos. Com seus gráficos belíssimos e uma excelente trilha sonora, o jogo é um prato cheio para aqueles que buscam uma experiência perturbadora, repleta de momentos que nos levam à reflexão. Até onde um artista está disposto a ir para finalizar sua obra de arte? Essa é uma das perguntas que devemos tentar desvendar nessa jornada pela mente quebrada de diversos personagens.
Cópia de Xbox Series X/S cedida pelos produtores
Revisão: Júlio Pinheiro