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Review Metal Gear, Metal Gear Solid 1 e 2 (PC) – Uma aula de furtividade

Metal Gear é uma série de jogos do gênero furtivo (ou stealth), criada por Hideo Kojima e distribuída pela Konami. Lançados originalmente para PC, estas novas versões chegaram em 25 de setembro de 2020 atualizadas e com suporte para sistemas modernos.

Desenvolvimento: Kojima Productions
Distribuição: Konami
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Tiro
Classificação: 16 anos
Português: Não
Plataformas: PC
Duração: 4 horas (Metal Gear) / 11 horas (Metal Gear Solid) / 13 horas (Metal Gear Solid 2)

Snake fugindo de inimigos

Uma furtiva missão

Se você acompanha o mundo gamer, com certeza já ouviu falar de Hideo Kojima com sua saga de espionagem e tramas completamente mirabolantes, chamada de Metal Gear Solid. Mas, além de explorar a versão Solid, a coleção também traz o primeiro jogo, Metal Gear, lançado originalmente para MSX2. A trama acontece quando Big Boss envia Solid Snake para investigar o sumiço de um agente chamado Gray Fox na base gigantesca nomeada Outer Heaven.

Não importa que seja fã de MGS ou jogador ávido, todos deveriam experimentar esse jogo pelo menos uma vez porque é uma obra à frente de seu tempo. Nele você precisa explorar os cenários sendo o mais furtivo possível, já que um encontro com inimigos é problema certo. Se for visto, os inimigos entrarão em Alert Mode (Modo Alerta), para livrar-se disso basta sair do cenário e voltar novamente pois com o pequeno carregamento entre os dois, os inimigos irão esquecê-lo.

Snake enfrenta um inimigo no Modo Alerta

Em sua missão, Snake faz uso de vários itens para auxiliar na infiltração como rações, caixas para se esconder, óculos infravermelhos, máscara de gás, etc. Além de itens que beneficiam, tem os que prejudicam, por exemplo: Se o agente for capturado e escapar, terá um rastreador no inventário que inimigos usarão para encontrá-lo, portanto, se achar um destes após infelizes eventos, livre-se!

Dá pra sentir que o jogo é antigo com limitações de movimento, menu truncado e cenários repetitivos. Mas Konami Collector’s Series foi criada não para ver como envelheceram, mas sim o motivo de esses jogos terem marcaram época. MG é um jogo muito bem montado, caprichado e com uma história cheia de mistério e revelações. Isso em 87 no MSX2 realmente foi algo grande de ser atingido.

A sólida aventura 

Apesar da saga ter começado em Metal Gear, foi em Metal Gear Solid no PS1 que Kojima conseguiu consagrar-se como um grande desenvolvedor. Além da jogabilidade ter sido melhorada com sistemas avançados de furtivos, o cenário completamente 3D permitiu que o jogo brilhasse como queriam. O foco encontra-se em se mover fora do alcance de visão dos inimigos e câmeras (podendo ser vistos pelo radar), tomando cuidado para não ser encontrado. 

Caso seja visto e tenha se escondido em uma caixa ou armário, os inimigos virão averiguar o local e se disparar o alerta, prepare-se para tiroteios até acabar com quem te viu. Se por acaso conseguir sair da visão, o alerta entrará na fase amarela de Caution (Cuidado), onde os inimigos farão buscas através do mapa, caso consiga se esconder por tempo suficiente eles irão desistir e tudo volta ao normal. 

Solid Snake infiltrando-se numa instalação inimiga

A história é insana. Você é novamente Solid Snake e é enviado para a base Shadow Moses, onde uma organização chamada FOXHOUND dominou e ameaça usar a arma de capacidades nucleares Metal Gear REX contra os EUA. Mas é apenas a ponta do iceberg, pois Snake descobrirá tramas e reviravoltas dignas da mente doida de Kojima.

O segundo, Metal Gear Solid 2: Substance lançado no PS2 tem a mesma jogabilidade do primeiro, só que os gráficos melhorados deixam a experiência ainda mais marcante. Um ponto chocante na época foi a introdução de um novo protagonista, chamado Raiden, outro agente que procura descobrir o que houve com Solid, pois na história, após infiltrar-se em um petroleiro, desapareceu. Cabe então a Raiden descobrir o que aconteceu e tentar impedir a organização mercenária de usar o novo Metal Gear Ray.

Raiden, o protagonista de MGS2

O estilo de jogo não varia do primeiro ao segundo jogo, tendo a furtividade como foco principal. Tanto Solid Snake quanto Raiden comportam-se da mesma maneira através dos jogos. É necessário evitar a visão do inimigo vendo pelo radar e para ajudar nisto o jogador dispõe-se de vários itens como: dardos tranquilizantes, caixas para se esconder, revistas 18+ para “distrair” inimigos, pílulas de simulação de morte, óculos de visão noturna, rações etc. É inegável reconhecer que os jogos tem qualidade, tanto em jogabilidade quanto em história. Mas os ports não tem nenhuma novidade, sendo que são as mesmas versões lançadas para PC anos atrás só que agora digitais oficiais atualizadas, feitas para rodar em sistema modernos.

Se você gosta de jogos de qualidade, imersivos, com abordagens diferentes contra inimigos, história complexa e com cinemáticas longas, MGS é exatamente o que busca. Kojima revolucionou o estilo furtivo e ao mesmo tempo conseguiu colocar muitas loucuras na trama, o suficiente para fazer a franquia gerar diversas sequências.

Esta review foi feita com uma cópia de PC cedida pelos produtores.

Revisão: Bia Bock

Metal Gear, Metal Gear Solid 1 e 2

9

Nota final

9.0/10

Prós

  • Furtividade muito caprichada
  • Variedade de itens
  • História original e inesperada
  • Personagens marcante

Contras

  • Cutscenes longas
  • História as vezes confusa