Título do jogo

Review Shantae Risky’s Revenge: Director’s Cut (Switch) – Retornando com mais confusões

Shantae, criado por Erin e Matt Bozon, inicialmente teve seu lançamento no fim da geração do Game Boy Color com ajuda da Capcom e recebeu diversos elogios pela qualidade gráfica de seu jogo. Uma nova aventura estava planejada para o Game Boy Advance, mas graças à falta de publishers interessadas em financiar o projeto, a série permaneceu em silêncio por quase uma década.

Somente com a criação do DSiWare pela Nintendo a WayForward pôde finalmente publicar o jogo por si e Risky’s Revenge foi lançado, sendo outro jogo bem avaliado pela crítica. Muitos anos passados e novos jogos já criados, a empresa decide relançar o segundo jogo para as plataformas da atual geração com algumas melhorias.

Desenvolvimento: WayForward
Edição: WayForward
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Plataforma, Aventura
Classificação: 10 anos
Português: Não
Plataformas: PC, PS4, Switch e Xbox One
Duração: 5 horas (campanha)/ 7.5 horas (100%)

A misteriosa lâmpada mágica

Nesta segunda aventura, Shantae vai até Scuttle Town para uma exposição de caçadores de relíquias, onde seu tio Mimic estará presente também. A pedido do público, ele quebra uma estátua oca que, não intencionalmente, acaba revelando uma lâmpada mágica dentro. Aflito e sabendo do que se trata, ele tenta retirar o item rapidamente do palco, mas a pirata Risky Boots surge repentinamente e rouba o artefato.

Shantae segue e enfrenta Risky Boots para recuperar a lâmpada, porém durante a luta acaba levando um golpe e cai no chão. Tio Mimic encontra a protagonista no farol e, apoś voltar à consciência, eles recebem a visita do prefeito dizendo a ela que está dispensada de ser guarda-costas da cidade. 

Mesmo não sabendo qual o verdadeiro poder da lâmpada, Shantae é informada que este poder só é liberado ao juntar três selos mágicos. Disposta a recuperar a paz da cidade junto de seu cargo, ela parte em busca dos tais selos e de evitar que algo ainda pior venha a acontecer.

Conversa entre Shantae e Bolo

Mantendo o que é bom e adicionando o que falta

O primeiro jogo da série seguia mecânicas do já consolidado estilo Metroidvania, então praticamente nada em sua continuação foi alterada nesse quesito. Ainda há um mundo aberto interligado no qual você pode explorá-lo e retornar em áreas já visitadas conforme obtém novas habilidades. A diferença maior aqui foi a adição de um mapa para orientar o jogador em sua localização, mas infelizmente ele é complicado e não tão trivial para realizar sua função. O curioso é que o mapa já foi uma das críticas recebidas em sua versão original e, apesar de terem anunciado melhorias, ainda continua difícil de se localizar.

Apesar do mapa ser uma desvantagem, os pontos de teleporte do jogo também foram revisados e estão em locais diferentes na versão Director’s Cut. O jogador pode utilizá-los inclusive como o principal ponto de referência quando precisar ir de uma área a outra, bastando ativar as estátuas de polvo pela primeira vez quando encontrá-las pelo caminho.

O sistema de habilidades da série é o principal diferencial e basicamente sua marca registrada: transformações através de dança. Dentro de calabouços ou passagens secretas, você encontrará estátuas de gênios antigos que fornecem uma nova dança de transformação para Shantae e ela se transforma em um animal que lhe dará uma habilidade como escalar paredes, quebrar pedras, nadar, etc.

Shantae e seu ataque com os cabelos

Fortalecendo os músculos e os cabelos

Outra característica bem marcante dos jogos Metroidvania é sua percepção de evolução do personagem que também temos em Risky’s Revenge. Durante a aventura você poderá encontrar contêineres de vida escondidos pelo mundo, o que permitirá aumentar sua vida máxima e sofrer menos dano.

Além de aumento de vida, também há jóias mágicas gigantes espalhadas pelo mundo que são trocadas por itens na loja – além de pagá-las com gemas, o dinheiro do jogo – e que ajudarão bastante em sua jornada. Os principais itens a serem trocados são os itens consumidos por MP como bolas de fogo, escudo de bolas com espetos e habilidades passivas como coletar gemas automaticamente a uma certa distância e o xampu, que aumenta a velocidade de ataque de Shantae com seus cabelos. 

Completar o jogo, como de costume da série, não é tão difícil e é pensado para que todos os jogadores possam aproveitar e ter uma experiência agradável. Mesmo assim, para os jogadores mais empenhados e em busca de desafios, a versão Director’s Cut conta com um modo difícil ao terminar pela primeira vez. Nesta opção, a protagonista utiliza uma roupa nova com detalhes em dourado e azul que a fornece mais magia ao custo de cortar sua defesa pela metade.

Tela de seleção entre Normal Mode ou Magic Mode

Nostalgia inesperada

Shantae Risky’s Revenge é claramente um jogo pensado para o Game Boy Advance, pois sua trilha e efeitos sonoros relembram as ondas geradas pelo chip sonoro do portátil e seus gráficos são bem pixelados. Isto não é um ponto negativo pois, assim como o primeiro jogo, as animações são excelentes e as músicas são bastante memoráveis. Paralelo a isso também há suporte para tamanho de tela 16:9, utilizado atualmente como padrão de imagem de todos os dispositivos.

Impressionante que outras plataformas já receberam a mesma versão há muitos anos, excluindo o XBOX One e o Switch. Agora, por conta do lançamento inesperado, é possível então jogar quase todos os jogos da série independente de qual plataforma seja a sua favorita, faltando apenas o original de Game Boy Color. Apesar de ser um lançamento tardio, o jogo é perfeito para quem quer conhecer a série e adora jogos de aventura/plataforma com elementos exploração.

Esta review foi feita com uma cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Bia Bock

Shantae Risky's Revenge: Director's Cut

8

Nota Final

8.0/10

Prós

  • Belas Animações
  • Trilha sonora marcante
  • Gráficos bonitos

Contras

  • Sistema de mapas ainda confuso