Movers In Paradise Capa

Review Moving Out: Movers in Paradise DLC (Switch) – Mudanças em ilhas tropicais

Algo em que a Team17 sempre mandou muito bem foi no conteúdo adicional de seus produtos. Apesar de não ser a desenvolvedora de Moving Out – e sim a SMG Studios -, o jogo publicado pela empresa britânica segue a mesma linha das práticas vistas em DLCs de Overcooked 2. Em seu party game de cozinha caótica, todos os conteúdos adicionais (exceto os pack de personagens) ampliam o jogo base de forma absurda, trazendo várias fases extras e mecânicas criadas especialmente para o pacote. Moving Out: Movers in Paradise faz algo bastante similar, e traz nossos carismáticos trabalhadores das mudanças em 24 fases novíssimas ambientadas em ruínas antigas e ilhas tropicais.

Desenvolvimento: SMG Studio
Distribuição: Team17
Jogadores: 1-4 (local)
Gênero: Party, Multiplayer, Simulação
Classificação: Livre
Português: Interface e legendas
Plataformas: PC, Switch, PS4 e Xbox One
Duração: Sem registros

Vamos viajar

Viajando em ruínas

Para ter acesso ao conteúdo criado para o DLC, é necessário seguir para a direção inferior do mapa inicial após o treinamento, que já fica acessível desde a primeira fase do jogo base. Ali, precisamos embarcar no navio e seguir rumo à ilha tropical ao leste da região. Com este pacote de conteúdo extra, também existem quatro novos personagens temáticos que chegam para compor a equipe, como um caranguejo, um cabeça-de-côco, um peixinho e um tucano, além de algumas roupinhas com bóias ou máquinas fotográficas.

A jogabilidade padrão se mantém como no jogo original, sendo necessário carregar toda a mobília destacada no cenário para dentro do caminhão de mudança. Quanto menor o tempo investido para terminar esta mudança, maior é a pontuação do jogador, e isso é representado através de uma medalha de ouro, prata ou bronze. Mesmo assim, surgem alguns elementos que misturam um pouco daquilo que foi visto para criar leves mudanças, como novos perigos, obstáculos e atalhos.

Lêmures irritantes

Nas fases de praia surgem siris para atrapalhar os jogadores com suas garras que pegam objetos mais leves e carregam por aí. Felizmente eles não retiram objetos de dentro do caminhão de mudança, então não é uma irritação tão grande. Porém, ao passar do lado destes bichinhos com qualquer mobília que seja para apenas um carregador, eles atacarão e tentarão retirá-la de suas mãos.

Já em locais onde a ambientação é composta por ruínas antigas, vinhas irão agarrar objetos sendo carregados pelos jogadores e puxarão para si. Para evitar esse tipo de empecilho é necessário estapear a planta para que ela se aquiete. Desafios internos de cada estágio também usam essas mecânicas a seu favor como, por exemplo, um deles em que precisamos evitar que qualquer objeto seja “fisgado” pelas vinhas.

Ventilador

Também existem pedras que impedem a passagem do jogador, mas que se explodem depois de uma certa quantidade de mobílias carregadas para o caminhão, liberando atalhos mais rápidos. Por fim, uma escada pode ser utilizada como ponte para criar alguns caminhos novos.

Se você pensa que acabou por aí, está enganado. A partir de um certo momento, é liberado também o ventilador para empurrar objetos com a força do vento, o que pode auxiliar bastante na hora de empurrar aquele sofá mais pesado que impede arremessos para economizar tempo. Combine isso com jangadas flutuantes em cima da água, além de botões para ativar enchentes e pedras que se fecham ou abrem com a ação do jogador: são várias mecânicas misturadas que dão bastante certo.

Um detalhe para a versão de Switch

Mais ruínas para te arruinar

O port do jogo para o console da Nintendo incomoda levemente por causa de sua performance trancada em 30 fps. Isso pode parecer bobo, mas vindo diretamente da versão de PC ou Xbox One que rodam em 60 fps, é perceptível o atraso dos comandos existentes por aqui. É como se você pressionasse para um dos lados e o personagem levasse cerca de meio segundo para responder, quase como se estivesse jogando algo via streaming.

Não é um problema que chega a estragar a experiência, mas acaba atrapalhando em momentos que precisamos de mais precisão ao pular em jangadas, barris sobre a água, etc. Seria muito bem-vindo uma atualização que permitisse, ao menos, um modo performance que removesse as sombras ou alguns detalhes visuais para aumentar o framerate para 60 – como na concorrência.

Revisita bacana

Teleférico de madeira

Apesar de ser muito daquilo que já foi visto no jogo base, Movers in Paradise amplia tudo o que já se comporta de forma esplêndida em Moving Out. Além disso, o novo modo de jogo chamado Moving In, em que precisamos tirar tudo do caminhão de mudança e levar para dentro dos cômodos, também contempla o DLC. São 24 fases com um incrível fator replay que vai fazer com que muitas pessoas joguem novamente os estágios após descobrirem os objetivos internos de cada um, já que estes são revelados só depois de concluir a fase uma vez. Já em termos de preço, ele custa US$ 7.49, sendo que Moving Out sozinho é adquirido por US$ 24.99 (R$ 60 na eShop brasileira). Tratando-se do dólar, é um preço justo para um DLC com tantas fases. Infelizmente, Movers In Paradise não foi lançado na loja BR da Nintendo até o momento desta publicação.

Porém, é necessário alertar a maior falha de Moving Out até então: a ausência do online. Apenas no PC é possível jogar com outra pessoa através da internet usando o Steam Remote Play ou alternativas como o Parsec, em que se cria um transmissão de sua tela para outros players como se estivessem vendo um vídeo, permitindo inputs para controlar os outros personagens. Nas lojas online, muitas análises continuam cobrando o multiplayer online para Moving Out, o que acredito ser completamente necessário visto que é um produto com abordagem party (festa, bagunça e diversão), então seria uma tacada de mestre se a SMG Studios e a Team17 adicionassem esta funcionalidade ao jogo.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Kiefer Kawakami

Moving Out: Movers in Paradise DLC

8.5

Nota final

8.5/10

Prós

  • Muitas fases
  • Fator replay
  • Novos personagens
  • Mecânicas inéditas

Contras

  • Falta do online é decepcionante
  • Versão de Switch roda em 30 fps