Desenvolvido pela Tino Games, Neoverse entrega uma jornada com combates estratégicos baseados em cartas. O jogador deverá enfrentar hordas de inimigos sem fim em busca das melhores pontuações com cada uma das diferentes heroínas disponíveis. Com isso em mente, embarcaremos em uma aventura para salvar o mundo ao longo de várias linhas do tempo.
Desenvolvimento: Tino Games
Distribuição: SK Telecom.co
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Estratégia, Tabuleiro
Classificação: 12 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: PC, Xbox One
Duração: Sem registro
Diferentes linhas temporais
Neoverse junta três personagens de diferentes linhas do tempo em um mesmo lugar, e podemos controlar desde uma guerreira medieval ou uma feiticeira até uma atiradora saída de um mundo futurista. Todas contam com diferentes habilidades e formas de combate com cartas únicas.
Se você esperava uma história interessante, infelizmente Neoverse não conta nada à altura, tudo o que sabemos é que devemos salvar o mundo e isso acaba deixando muito a desejar, pois a obra aparenta ter um mundo pós-apocalíptico que levanta nossa curiosidade, mas para por aí. As personagens também não foram bem trabalhadas, então sequer podemos conhecê-las um pouco melhor e entender por que estão lutando – não espere conseguir se importar com suas protagonistas.
Gráfico, áudio e cenários
Gostaria de poder dizer que Neoverse possui gráficos belíssimos, uma trilha sonora marcante e cenários únicos e variados, mas não posso, tudo parece ter sido feito da forma mais simples possível, e simplicidade seria a palavra que define essa obra.
Mas também não posso ser injusto a ponto de dizer que o jogo é horroroso, ele tem sim seu charme, e embora as músicas não sejam nada memoráveis, são legais de se ouvir. Já a frequente repetição de cenários realmente deixa muito a desejar. Caso os desenvolvedores tivessem tido um maior cuidado e capricho com os detalhes, com certeza acabaria cativando bem mais o jogador.
Cartas e estratégias de combate
O combate do jogo acontece em turnos e os movimentos por meio de cartas, assim como outros jogos com essa mesma mecânica, cada carta tem um custo e nesse caso custam Mana, a qual temos uma determinada quantidade, e graças a isso só podemos fazer um número limitado de ataques. Também devemos usar nosso deck buscando fazer combinações que aumentem nossos golpes ou nossa defesa, além de conseguir buffs que nos auxiliem e debuffs para nossos adversários.
Conforme ultrapassamos as ondas de inimigos, recebemos dinheiro que usamos para comprar cartas, itens, e também diamantes, que podem ser utilizados para upar técnicas passivas como receber pontos de vida por cada oponente morto. Também vale a pena ressaltar que cada onda tem um desafio, e cada vez que ele for cumprido o jogador receberá um belo bônus, como um upgrade em uma de suas cartas, por exemplo.
Focando em diferentes plataformas e simplicidade
Neoverse foi lançado apenas para Xbox One e PC, e é o tipo de coisa que me faz pensar sobre o porquê de lançar um jogo tão simples para essas plataformas, pois ele aparenta estar mais próximo de jogos mobiles. Até mesmo nesse mercado de jogos ele ainda seria ofuscado por outras obras, mas com certeza seria visto com bons olhos.
Mas, como esse não foi o caso, Neoverse compete com diversos outros títulos que fazem com que o jogador sequer preste atenção nele. E claro que o preço também não é nada convidativo pelo conteúdo que oferece, custando aproximadamente setenta reais em “preço cheio” no Xbox na data de publicação desta análise.
Após jogar Neoverse, a única palavra que realmente me vem à mente é simplicidade, pois os desenvolvedores fizeram tudo de uma forma que funciona, mas que não vai além disso, e acaba por não se destacar em nada. Você conseguirá passar seu tempo tranquilamente, mas não é uma obra que vai fazer falta caso não esteja na sua biblioteca.
Cópia de Xbox One cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong