Embora não seja uma sequência direta, New Tales from the Borderlands se passa alguns anos após os acontecimentos do Tales from the Borderlands. Porém, nessa nova jornada iremos conhecer e acompanhar três novos protagonistas, e apenas em alguns trechos teremos contato com antigos personagens, como, por exemplo, um dos protagonistas do jogo anterior, Rhys Strongfork.
Dessa vez não acompanhamos caçadores de arcas ou poderosos magnatas da indústria armamentista, algo muito típico da franquia Borderlands. No lugar, teremos o dia a dia de pessoas comuns, e veremos em primeira mão a história de como um trio de otários tentando se virar pode mudar o mundo.
Desenvolvimento: Gearbox
Distribuição: 2K
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, aventura
Classificação: 18 anos
Português: Legendas e interfaces
Plataformas: PC, PS4, PS5, Switch, Xbox One, Xbox Series X/S
Duração: 09 horas (campanha)/10 horas (100%)
Pessoas comuns
New Tales from the Borderlands nos permite acompanhar novos personagens, cada um deles com visões de mundo únicas. Estaremos na pele de Anu, uma cientista que almeja construir um mundo com menos guerras, mortes e destruição; de seu irmão Octavio, um malandro das ruas que sonha com fortuna e fama; e da adorável Fran, dona de uma iogurteria que não consegue controlar seus ataques de raiva.
Os desenvolvedores da Gearbox juntaram um time bem peculiar para mostrar que até pessoas comuns podem mudar o mundo. E claro que essa nossa aventura também está repleta de cenas malucas, piadinhas e muito sarcasmo, que é algo já esperado da franquia Borderlands.
Passaremos quase toda a campanha na metrópole destruída de Prometeia, na qual após os momentos iniciais, nossos protagonistas estarão reunidos com um único objetivo: salvar o mundo das garras da empresa militar Tediore, na sua busca por mais poder para controlar tudo e todos. Será necessário proteger um misterioso cristal muito poderoso que consegue curar qualquer tipo de ferimento. E a única forma que nossos protagonistas desastrados encontram para salvar o mundo é cortando a cabeça da Tediore, a CEO Susan Coldwell.
Lidando com relacionamentos
Diferente do seu antecessor, nesse novo capítulo da franquia, os relacionamentos são muito mais presentes e importantes durante o andamento da campanha. Os três protagonistas são pessoas problemáticas, e cabe aos jogadores tomar as decisões corretas durante os eventos do jogo, para que o relacionamento dos personagens se desenvolvam, os unindo ou afastando.
Anu e seu irmão Octavio possuem um abismo entre eles graças a problemas do passado, e cada escolha que tomaremos afetará diretamente o que acontecerá com eles. E claro que todos esses momentos nos quais os jogadores precisam escolher como agir vão definir como será o término da história, já que ele possui diferentes finais. O destino de Prometeia estará nas nossas mãos, e você deve se questionar se conseguirá transformar o mundo em um lugar melhor, ou não.
Gráficos, trilha sonora e desempenho
New Tales from the Borderlands é um título muito bonito, tendo um estilo artístico bem colorido e cartunesco, a experiência de jogar esse jogo no Xbox Series X foi bastante agradável visualmente, pois, além de ter belos gráficos, ele também possui boa iluminação e texturas de qualidade.
A trilha sonora também entrega uma boa qualidade, o que não me surpreende, pois, a franquia Borderlands sempre teve ótimas músicas. Já se tratando do desempenho, a única coisa negativa, porém, que não chega a incomodar, são as texturas carregando em nossa frente em alguns momentos, mas é algo que não atrapalha em nada a experiência.
Pouca liberdade e muitos quick time events
Em New Tales From The Borderlands temos bem menos liberdade do que em seu antecessor, e durante a maior parte do tempo estaremos apenas assistindo o desenrolar da história. São escassos os trechos nos quais o jogador realmente toma o controle dos protagonistas para poder explorar o ambiente, e isso acaba sendo algo um pouco frustrante. Outra coisa que posso apontar como o principal ponto negativo são os quick time events em excesso, pois a todo momento precisamos apertar uma sequência de botões para realizar uma ação com sucesso.
E além da quantidade exagerada de quick time events, eles sequer exigem habilidade ou atenção dos jogadores, pois, possuem uma janela de tempo muito grande, sendo extremamente maçante ficar esperando os comandos aparecerem na tela. Os mini jogos presentes na obra também são completamente desnecessários, pois, basicamente, exigem que os jogadores esmaguem botões até encher uma barra, provando que são mecânicas descartáveis que não deveriam existir.
Apenas um jogo divertido
New Tales From The Borderlands é uma obra divertida, que consegue entreter os jogadores por algumas horas com sua boa campanha, porém, ele não chega ser verdadeiramente marcante como seu antecessor. Mas, isso não é um problema, pois nem todos os jogos precisam marcar a geração, e às vezes tudo que precisamos é de algo divertido, e é isso que a Gearbox entrega aos jogadores com seu novo lançamento.
Essa é uma experiência divertida ao lado de personagens carismáticos, que prenderá a nossa atenção, e nos fará dar boas risadas graças aos vários momentos cômicos com muita loucura de forma que só Borderlands sabe fazer.
Cópia de Xbox Series X/S cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong