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Review Omen of Sorrow (Switch) – Jogo indie de luta até se esforça, mas decepciona

Omen of Sorrow é um jogo de luta indie chileno, disponível há alguns anos na Epic Store, Xbox One, Xbox Series X/S e PS4, chegando agora a outras plataformas. Com uma estética baseada em filmes de terror, ele traz um sistema de batalha com algumas novidades interessantes ao gênero, mas infelizmente o jogo é falho em quase todos os aspectos.

Desenvolvimento: AOne Games
Distribuição: Eastasiasoft
Jogadores: 1-2 (local e online)
Gênero: Luta
Classificação: 12 anos
Português: Legendas e interface
Plataforma: Switch, PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series S/X
Duração: 3 horas (campanha)

Elenco de terror

A resolução do jogo no Switch é menor do que nas outras plataformas
Personagens, cenários e a história são baseadas em temas de terror

Em Omen of Sorrow, temos um elenco de 12 personagens baseados em arquétipos de monstros e filmes de terror, como múmia, lobisomem, vampiro, monstro de Frankenstein, entre outros. Apesar de a princípio existir um sentimento de familiaridade com o elenco, também há uma sensação de personagens genéricos e sem personalidade.

Em termos de jogabilidade, os personagens possuem uma boa variação de estilos, sendo todos bastante únicos. Além de alguns estilos esperados de jogos de luta (shoto, grappler, rekka), temos alguns não tão convencionais, como Quasimodo que possui uma movimentação bastante flexível; Imhotep, que se divide em duas partes para atacar do alto; e Erzsébet, que além de seus próprios golpes também pode usar recursos para lutar junto com seu dragão enorme e feito de sangue.

O sistema básico de batalha é semelhante à série King of Fighters, e nele temos quatro botões: soco forte e fraco, chute forte e fraco. Além disso, temos um botão dedicado ao arremesso e um botão EX, usado para funções diversas como os golpes EX (executados como nos jogos recentes das séries Mortal Kombat e Injustice), além de outras funcionalidades, dependendo do personagem. Os golpes especiais são realizados com comandos de carregar e meia-lua, sem comandos como o shoryuken e outros mais exóticos existentes em KoF, por exemplo.

Diferentes opções em combate

Há também rankings locais e online das melhores pontuações
O modo arcade é bem simples, com uma pontuação após cada luta

Existem três tipos de recursos (barras) para executar ações especiais:

  • Sorte e Destino, que compartilham o mesmo medidor e variam de acordo com o estilo do jogador ser mais ofensivo ou defensivo. Completando uma dessas barras, você entrará no estado Blessed ou Doomed, que trazem várias vantagens e desvantagens, respectivamente;
  • Sigil é um recurso que vai aumentando ao longo do round e é uma ferramenta com vários usos, como entrar no modo Blessed, sair do modo Doomed ou usar o super;
  • Dizimação, que é uma barra mais tradicional de jogos de luta, usada para golpes EX ou super (Movimentos de Dizimação).

A maior novidade mesmo no sistema de combate é a barra de Sorte e Destino. Porém, na prática esses estados foram ativados pouquíssimas vezes nas partidas que joguei, sendo difícil avaliar seu efeito, faltando certa calibração para um melhor uso dessas mecânicas. No geral, não é um sistema de combate incrivelmente refinado, mas as lutas são fluídas e divertem, principalmente dada a variedade do elenco.

Modos de jogo apenas básicos

É um tanto complicado e monótono compreender os sistemas apenas lendo
Ao invés de ao menos um tutorial mostrando as ações básicas durante o jogo, tem-se apenas telas com texto

Porém, além do sistema de combate, pouco se pode falar de positivo de Omen of Sorrow. Em relação aos modos de jogo, temos o básico: arcade, versus, história, sobrevivência e treino, além de opções e galeria. Esses modos entregam apenas o mínimo esperado. O que mais senti falta é que não há um tutorial propriamente dito, mas apenas uma tela com textos explicando os sistemas, o que é possivelmente a pior forma de ensinar ao jogador os sistemas de um jogo de luta.

O modo história é no estilo dos da NetherRealm desde Mortal Kombat 9, mas é difícil extrair algo de bom. Os problemas são vários: a única dublagem que existe é a da narração; os personagens não são apresentados e a história é composta basicamente por cenas aleatórias sem nenhum contexto e quase sem continuidade entre si; não é possível pular diálogos ou escolher a cena/capítulo; e a dificuldade é crescente e pode se tornar frustrante. Por fim, quando finalmente cheguei no final… o jogo travou e foi fechado.

Desempenho fraco, online não funciona

Mas também existem personagens de jogabilidade mais tradicional, para quem preferir
Imhotep é um personagem bastante diferenciado, assim como outros do elenco

O desempenho geral, ao menos no Switch, é bem fraco. Há loadings gigantes antes de cada partida ou de cenas do modo história. Os gráficos são até que ok para um jogo desse porte, mas a resolução, ao menos no console da Nintendo, é bem baixa, e piora ainda mais no modo portátil – alguns textos ficam quase impossíveis de serem lidos.

Quanto ao modo online, algo fundamental atualmente em jogos de luta… simplesmente não funcionou durante meus testes. Em tese, o jogo possui crossplay entre todas as plataformas e netcode rollback (o melhor atualmente no gênero, em que as lutas online acontecem quase sempre sem lag), mas não pude experimentar pois não consegui me conectar no servidor para procurar uma partida.

Boas intenções, mas existem melhores opções para lutar

É possível ver que Omen of Sorrow é um jogo feito com cuidado com os personagens e sistema de batalha, mas certamente sofre de limitações que impedem um aproveitamento pleno. Na mesma faixa de preço (ao menos no Steam), seu dinheiro pode ser melhor aproveitado em jogos como Blade Strangers, Koihime Enbu, Nitroplus Blasterz, Power Rangers: Battle For The Grid, ou Them’s Fightin’ Herds.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Omen of Sorrow

5.5

Nota final

5.5/10

Prós

  • Boa variedade de estilos de gameplay
  • Sistema de combate

Contras

  • Falta polimento em quase tudo
  • Online não funcionou durante os testes
  • Bugs e travamentos repentinos
  • Não há tutorial ou guia de combos