ONI capa

Review ONI: Road to be the Mightiest Oni (Switch) – Belo, mas raso

Com carinha de jogo de grande orçamento, ONI: Road to be the Mightiest Oni me conquistou através do primeiro vídeo que vi de sua jogabilidade. Porém, é importante lembrar que nem tudo que reluz é ouro. Por isso, ONI, apesar de parecer relativamente com Breath of the Wild em termos de câmera e gráficos, nem de longe é algo parecido ou que chega aos pés no quesito comparação.

Desenvolvimento: KENEI DESIGN, SHUEISHA GAMES
Distribuição: Clouded Leopard Entertainment
Jogadores: 1 (local) e 1-4 (online)
Gênero: Ação
Classificação: Livre
Português: Legendas e interface
Plataforma: PS4, Switch, PC, Xbox One
Duração: 7 horas (campanha e 100%)

Treinando para ser o melhor

Equipamentos

Em ONI: Road to be the Mightiest Oni, somos um demônio (ou Troll, em tradução livre) que vai à uma ilha com o objetivo de ser treinado, a fim de ser capacitado para derrotar seu maior inimigo: Momotaro. Com isso, ele embarca com seus pertences e mochila para o local, e passará por várias missões bastante parecidas para se tornar o ONI mais poderoso de todos.

O ciclo de gameplay aqui é ridiculamente simples, e diria que até demais. Conversamos com pequenas almas em formato de sombra para entrarmos em missões, e nessas missões precisamos derrotar todos os inimigos ali dentro da área delimitada. Pronto. O jogo se resume a isso.

Combate

Existem coletáveis ao redor da ilha no formato de cogumelos, os quais podemos trocar por itens em um mercador local que surge mais à frente. Esses itens são armas e equipamentos para colocarmos em nosso ONI, como shorts que aumentam a quantidade de vida existente na barra de HP, ou então armas que possuem um ataque de longo alcance ou uma habilidade diferente equipada nela.

Aí vem o maior chamariz do game: o combate. Apesar disso, ele também é seu maior pecado. O combate de ONI é bastante divertido, e consiste em atacarmos os inimigos de perto ou de longe, sendo que de perto utilizamos a arma branca do personagem. Também é possível arremessar certas armas, e até mesmo usar um ataque parecido com o giratório existente em The Legend of Zelda. Claro que isso é uma inspiração no famoso jogo da Nintendo.

Lutas com chefes

Fora isso, também contamos com nossa alma auxiliar, que podemos controlar segurando o botão R e utilizando o analógico direito para sua movimentação. É possível desmaiar os inimigos através disso e torná-los vulneráveis. Depois que eles desmaiam e surge um ponto de interação acima deles, é só esmagar o botão A para que ONI destrua um por um em sequência, criando um conjunto de combos para agregar à pontuação no final da missão.

No mais, temos lutas com chefes que exigem mais atenção e uma utilização maior do botão de esquiva, para nos jogarmos no chão e fugirmos de seus ataques. Porém, a única diferença dessas lutas para o combate em missões comuns é a dificuldade e a duração, visto que os chefes possuem padrões de ataques diferentes dos inimigos de baixa classe.

Em termos de performance e gráficos, a versão de Switch é razoável quando o console está conectado à TV. No modo portátil, os gráficos são um pouco embaçados e a performance não é das melhores. Sem falar que quando muitos inimigos surgem na tela, o desastre está feito.

Um jogo de baixo orçamento, com cara de grande

ONI: Road to be the Mightiest Oni é bastante impressionante no quesito artístico, trazendo um estilo visual lindíssimo, acompanhado de uma ambientação convincente e bela. Porém, o game traz uma trilha sonora que não faz sentido para o local onde se passa a história, através de uma música eletrônica que toca sem parar de fundo e um vocal que, apesar de admirável, também parece não casar com a proposta. No mais, a jogabilidade é o ponto alto aqui, mas somente nos combates.

O time perdeu a chance de criar algo mais profundo e complexo, aproveitando o cenário existente, inserindo elementos de exploração que trazem alguma substância ao jogo. Por fim, ONI: Road to be the Mightiest Oni é divertido por causa de seu combate, mas é bastante raso e repetitivo de forma geral.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

ONI: Road to be the Mightiest Oni

5

Nota final

5.0/10

Prós

  • Gráficos lindíssimos
  • Ambientação bem feita
  • Combate bacana

Contras

  • Repetitivo e raso
  • Trilha sonora incompatível
  • Performance ruim no portátil