Relic Hunters Zero Remix

Review Relic Hunters Zero Remix (Switch) – Repetição e desbalanceamento

Relic Hunter Zero Remix é um twin stick shooter da brasileira Rogue Snail (tiro que usa dois analógicos ou teclado e mouse) originalmente free-to-play para o PC, ganhando recentemente uma versão paga de Switch sendo publicada pela Akupara Games.

A nova versão traz algumas adições em relação ao jogo gratuito, como mais skins de personagens, modos adicionais de jogo, desafio diário gerado aleatoriamente, HD humble, suporte para joycons na horizontal, conquistas internas, etc.

Obs.: para este texto, foi usado a versão 4.0.0 do jogo no Switch.

Desenvolvimento: Rogue Snail
Edição: Akupara Games
Jogadores: 1-2 (local)
Gênero: Ação, Tiro, Arcade, Multiplayer
Classificação indicativa:
 10 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: PC e Switch
Duração: Sem registros

A fórmula rogue

A fórmula rogue

Sua estrutura é baseada em níveis gerados proceduralmente e uma mecânica roguelite, onde você não chega a perder os recursos adquiridos durante o jogo mas apenas o progresso.

Com estes recursos que você consegue durante o game, é possível comprar relíquias que lhe darão efeitos durante as fases, desbloquear novos portais (cenários) ou comprar coisas nas lojinhas.

Nosso dialeto particular HueBR

Nosso dialeto particular

Como o jogo foi feito por brasileiros, não podia faltar o bom HueBR. Sim, isso é um idioma disponível no menu.

Apesar de ser extremamente engraçado e moderninho, é bastante complicado entender o dialeto que o público zoeiro utiliza na internet. Bom, esta opção foi feita apenas pra dar risadas, por isso achei bacana destacar este ponto.

Uma variação do mesmo modo

Uma variação do mesmo

O jogo possui 4 modos distintos, mas todos centrados na fórmula central de matar inimigos e avançar à próxima fase. Fora isso, também existe um grinding meio alto para liberar certas coisas, o que vai te obrigar a passar pelas mesmas situações várias vezes e sofrer pela monotonia.

Temos o modo sem fim, o tempestade, aventura (o padrão) e o diária. O primeiro já se entende apenas pelo nome, o segundo ainda não consegui sacar o que significa já que não existe explicação (parece ser um modo mais difícil), o aventura é a história até o chefão, e o último é composto por desafios que podem ser jogados apenas uma vez por dia e te concedem uma posição no ranking online.

Ah, e todos podem ser experienciados em até 2 pessoas de forma local (no mesmo console), menos o diária.

Modo diário e sua lojinha diferentona

O modo diária tem algumas possibilidades diferenciadas no Hub do jogo, onde você consegue gastar seu dinheiro e outros elementos para melhorar armas e até mesmo tornar os desafios mais facilitados – como retirar o buff de vida ou dano dos inimigos.

Durante as fases existem itens de apoio como munição, kits de primeiros socorros e armas novas, porém alguns personagens não são compatíveis com certos elementos. Enquanto outros simplesmente pegam uma “bomba” que acaba servindo como a munição do escudo (?).

A jogabilidade não varia tanto entre os personagens disponíveis para escolher, mesmo que cada um deles tenham atributos diferentes que mudam levemente o gameplay – como vida maior, mais ataque, mais defesa, etc. É divertido liberar os selecionáveis “secretos”, e isso é uma das poucas coisas que lhe darão um senso de missão cumprida.

Repetição absurda

A repetição absurda

Algo que estraga o jogo é seu nível excessivo de repetição. Apesar de vários modos disponíveis, é clara a sua limitação em criar algo diferente ou prender o jogador por muito tempo.

Não consegui me divertir por longos períodos e nem ficar com vontade de revisitar o jogo, o que acabou me fazendo enjoar de sua jogabilidade em pouquíssimas horas. Os cenários são todos estruturalmente parecidos, a tarefa é sempre a mesma e a dificuldade só contribui para o desastre.

Aliás, existem três níveis de dificuldade, mas parece que todos são incrivelmente complicados de se manter vivos por muito tempo. O jogo precisa urgentemente de um melhor balanceamento.

A fórmula mais confortável

A fórmula mais confortável

Relic Hunter Zero Remix é, infelizmente, um título que se apoia na fórmula de “jogos infinitos” para dar uma longevidade ao jogo. Isso é notável até mesmo pelo seu tamanho de 127MB, onde claramente houve um grande reaproveitamento das mecânicas.

Os controles funcionam bem, os personagens são bem feitos (e tem um belo design), a música é maneira e as primeiras horas da jogabilidade divertem, mas é uma questão bem curta de tempo para ver o quão limitado o jogo de fato é. Existe até um sistema de conquista interno, mas nada suficientemente criativo ou inovador que faça um trabalho acima da média.

Esta review foi feita com uma cópia de Switch cedida pelos produtores

Relic Hunters Zero Remix

5

Nota final

5.0/10

Prós

  • Design de personagens
  • Cooperativo divertido
  • Desbloqueáveis
  • Trilha sonora

Contras

  • Repetitivo demais
  • Fases muito parecidas
  • Grinding
  • Modos de jogo semelhantes
  • Desbalanceamento absurdo