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Review Rise of the Third Power (PS4) – Uma carta de amor aos JRPGs

Sempre que um novo JRPG é anunciado, comparações com os grandes clássicos do gênero são inevitáveis. Rise of the Third Power bebeu bastante da fonte de um jogo recente que é favorito de muitos: Octopath Traveler. E ele ainda foi mais além, misturando o que o gênero tem de melhor em um gráfico “pixelizado” muito bom, mas que podia ser um pouquinho melhor.

Desenvolvimento: Stegosoft Games

Distribuição: DANGEN Entertainment

Jogadores: 1 (local)

Gênero: RPG

Classificação: 10 anos

Português: Não

Plataformas: PS4, Xbox One, PC, Switch

Duração: Sem registros

Um mundo em ruínas

cena de Rise of the Third Power
Rowan, como todo bom pirata, ama uma birita

A aventura em Rise of the Third Power acontece em um mundo que se recupera de uma grande guerra que culminou na morte de uma parcela gigantesca da população mundial. Nossa aventura começa com o pirata Rowan e Corrina, em uma missão para sequestrar a filha do rei, Arielle.

A princesa está de casamento marcado, e durante a cerimônia ela acaba sendo raptada. O grupo dos nossos heróis acredita que aquele casamento é o prelúdio de uma nova guerra, e eles farão de tudo para impedir que isso aconteça.

Com o passar da jornada, vamos conhecendo um pouco mais sobre cada um dos personagens principais, suas histórias e o que os motiva a continuar seguindo em frente. O roteiro de Rise of the Third Power é extremamente divertido com algumas boas piadas usadas em momentos oportunos.

Entre armas e espadas

Combate de Rise of the Third Power
Rowan tem sua pistola de pirata, ou pode esfaquear seus adversários

Um dos grandes baratos de Rise of the Third Power é o seu combate. Uma de suas fontes de inspiração com certeza foi o já mencionado Octopath Traveler. Ao selecionar determinada ação, podemos ver onde ficaremos localizados no próximo turno e, assim, tirar proveito disso. Além do mais, usar movimentos e habilidades que causam algum tipo de malefício, como deixar envenenado, dormir, entre outros, os quais são ótimos para garantir a vantagem no combate.

Outra coisa legal é que no decorrer da aventura os personagens ganham uma espécie de golpe especial, que pode ser usado à vontade, desde que tenha os pontos necessários em uma barra. Essa barra funciona mais ou menos igual aos pontos de mana, e podem ser aumentadas levando dano dos inimigos, destruindo criaturas e por aí vai. Alguns itens afetam diretamente essa barra, então a estratégia é essencial. 

Gostei bastante do fato dos personagens serem bastante únicos dentro das suas “profissões”. Exemplo: Rowan, nosso pirata, é bem rápido e dá um bom dano, mas bem menos que a princesa Arielle, armada com uma espécie de canhão.

Com o passar dos níveis, ganhamos alguns pontos de habilidades, só que em vez de cada personagem ganhar um ou dois pontos, eles são compartilhados entre eles. Ou seja, caso queira aumentar uma das habilidades de Rowan e usar os pontos ganhos, não será possível melhorar Arielle, e assim segue o raciocínio. Mais uma vez a forma como o jogador faz as escolhas altera diretamente o desenvolvimento dos personagens. No geral, o combate e a evolução dos personagens são o ponto alto de Rise of the Third Power. 

Pixels e mais pixels

Cena de uma cidade de Rise of the Third Power
Nas cidades podemos pegar algumas missões extras.

O fato de terem usado pixel art em Rise of the Third Power me deixou com uma sensação mista. Um dos meus jogos favoritos da vida é Chrono Trigger, que também usa o mesmo sistema de gráficos e já tem mais de 25 anos. Contudo, os pixels usados aqui não estão em alta definição e parecem mais quadrados, quase como se fossem produzidos para consoles em 8-bits, mas com as cores atuais.

Quando estamos andando pelo mundo aberto, nosso personagem parece um amontoado de pontos coloridos. Isso não é algo que atrapalha a aventura ou a experiência com o jogo, mas sinto que as coisas poderiam ser pelo menos um pouquinho melhores. 

Criando armas

cena com mais personagens de Rise of the Third Power
Todos os personagens de Rise of the Third Power são cheios de carisma.

Com o desenrolar da aventura, podemos criar novas armas e deixar nossos personagens ainda mais fortes. Essa é a única maneira de se obter novos equipamentos de ataques, então explorar é sempre a melhor opção. Há muitos baús escondidos e muitos locais que precisam de chaves ou da ativação de alavancas para serem acessados. 

Outros itens, como acessórios, podem ser comprados nas vendas, mas dinheiro aqui é uma coisa escassa, então vender itens inúteis obtidos durante a aventura é a melhor opção. Rise of the Third Power incentiva a fazer isso, deixando explícito que determinado item não tem uso, mas serve apenas como objeto de venda. 

O ocidental Rise of the Third Power

Apesar de ser considerado um JRPG, Rise of the Third Power foi produzido pelo estúdio ocidental Stegosoft Games e distribuído pela DANGEN Entertainment. O combate por turnos, a ambientação com gráficos “pixelados” vindo diretamente das eras 8 e 16-bits mostram qual foi a intenção dos seus criadores. O combate que lembra bastante o sucesso Octopath Traveler foi um grande acerto e não cansa o jogador. Explorar o mundo, as cavernas e demais localidades é extremamente divertido, ainda mais quando há muitas coisas escondidas. Rise of the Third Power é recomendadíssimo para fãs de JRPG, já que ele é uma carta de amor a esse amado gênero.

Cópia de PS4 cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Rise of the Third Power

9

Nota Final

9.0/10

Prós

  • Combate divertido
  • Personagens cativantes
  • Explorar é bastante divertido
  • Diálogos engraçados e bem montados

Contras

  • Pixel art poderia ser um pouco melhor