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Review Super Bomberman R 2 (PS5) – jogo muito mediano para uma série clássica

Continuando a série iniciada com um título de lançamento para o Switch em 2017, Super Bomberman R 2 chega às lojas como parte da comemoração dos 40 anos da franquia. No entanto, além do básico esperado de um jogo da série, temos poucas novidades interessantes, além de alguns aspectos que, inclusive, são inferiores ao game antecessor.

Desenvolvimento: HexaDrive
Distribuição: Konami
Jogadores: 1-4 (local) e 1-64 (online)
Gênero: Ação, Party, Multiplayer
Classificação: 10 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: Switch, PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series S|X
Duração: 9 horas (campanha)

Jogando bombas como nas últimas décadas

Os itens encontrados nos blocos explodidos são os mesmos que estamos acostumados
Modo clássico permite até 16 jogadores

Super Bomberman R 2 continua o primeiro jogo da subsérie e o spin-off gratuito Super Bomberman R Online. Os servidores do primeiro estão praticamente abandonados e o segundo já foi oficialmente encerrado, então um novo lançamento faz sentido. Infelizmente, pouquíssimo se evoluiu em relação aos títulos anteriores, o que provavelmente implica no mesmo destino para esse jogo em um futuro próximo.

O modo principal é o de batalha, no qual podemos escolher entre três opções: modo ranqueado, sala online para amigos ou o jogo offline. No ranqueado, o tipo de partida é aleatório a cada momento do dia, entre os modos disponíveis de jogo: o padrão clássico da série; o grand prix, onde duas equipes se enfrentam; a Batalha 64, onde 64 jogadores jogam ao mesmo tempo (mas não todos no mesmo mapa simultaneamente); e o modo Castelo, que é a novidade de Super Bomberman R 2.

Principal novidade do jogo é ruim

É fácil fazer uma base praticamente impenetrável
Modo castelo é chato, seja na história ou no online

O fato do estilo de jogo do modo ranqueado ser aleatório é certamente frustrante. Você não tem nenhum amigo para jogar e gostaria de jogar o modo Clássico online, mas no momento o modo da vez é o Castelo? Paciência, espere até o modo ranqueado mudar para o clássico (o modo altera a cada uma hora). É difícil entender por que pelo menos o modo clássico não é sempre disponível para quem quiser apenas jogar um Bomberman como nos velhos tempos, mas online com pessoas do mundo todo. Além disso, nos meus testes não foram raras as partidas lagadas, o que num jogo como esse incomoda muito.

De qualquer forma, o destaque deste novo título é o modo Castelo, que não é exatamente o mais divertido dos estilos de jogo. Trata-se basicamente de um mapa no estilo tower defense, onde dois times lutam entre si: um defendendo a base e outro tentando invadi-la para abrir os baús. Você pode personalizar o mapa com armadilhas e estruturas e atuar com suas bombas para dificultar o time adversário a atingir o resultado, além de ser possível compartilhar seus mapas online. É um modo pouco inspirado, caótico e, ao menos no modo single player, é muito fácil construir uma base que o adversário praticamente não consiga atingir o objetivo no tempo estipulado de 3 minutos.

Temos um modo história diferente, mas não melhor

Além de precisar repetir os primeiros chefes
Chefes são um dos poucos pontos positivos do jogo, mas são basicamente apenas 4

Outra novidade é o modo história, que é diferente do jogo anterior. Mas é um modo repetitivo, chato e sem graça. Você caminha pelo mapa destruindo blocos para ganhar experiência e ir aprimorando o personagem, como nas batalhas normais. Nesse caminho, você coleta criaturas chamadas Ellon, que tem poucas utilidades. Elas ficam seguindo você pelo mapa, além de existirem diferentes tipos, de forma semelhante às criaturas da série Pikmin – com a diferença de que os Ellon não servem para basicamente nada e não há diferença prática entre os diferentes tipos, além de destrancarem desafios ou transportes.

No final de cada um dos três planetas, você enfrenta um chefe, que são alguns dos poucos pontos positivos do jogo. Terminar o modo história vai exigir paciência, pois é difícil extrair alguma diversão dele enquanto se repete a mesma coisa por muito tempo. Além disso, você é obrigado a enfrentar algumas batalhas do modo Castelo, o que não melhora as coisas.

Pouco resta para aproveitar

Você pode comprar vários personagens diferentes para jogar, assim como no primeiro jogo
Modos clássico e 64 são divertidos, mas você precisa torcer para algum deles estar ativo no online

Basicamente, o que resta de bom no game é o modo clássico, que ainda é divertido, como sempre. Seja com seus amigos presencialmente ou jogando online, um multiplayer de Bomberman sempre é bem vindo. Mas é isso, uma versão com gráficos e resolução atuais para uma fórmula de décadas: são os mesmos itens, regras e cenários. Além disso, a tradução para o português é ruim, pois as caixas de texto são repletas de frases estranhas e erros de digitação.

O que se tem de bom é apenas o mesmo de sempre

Super Bomberman R 2 não é um jogo necessariamente ruim – a fórmula clássica de Bomberman venceu o teste do tempo e ainda diverte, seja no sofá ou online. Porém, um novo produto no preço que está sendo lançado, com novidades chatas e escassas, dificilmente se justifica. Talvez você prefira jogar o primeiro da série ou apenas algum clássico da época do Super Nintendo.

Cópia de PS5 cedida pelos produtores

Revisão: Julio Pinheiro

Super Bomberman R 2

5.5

Nota final

5.5/10

Prós

  • Estilo clássico da série segue divertindo

Contras

  • Modo castelo
  • Modo história
  • Estilo do modo online é aleatório