Jogos simples e divertidos são sempre uma ótima pedida. Super Hiking League DX é um indie completamente Brasileiro, e chega agora ao Nintendo Switch para casar muito bem com a proposta portátil do console. Junte seus amigos e lute pela escalada perfeita entre vários cenários divertidíssimos.
Desenvolvimento: Bit Ink Studios
Distribuição: QUByte Interactive
Jogadores: 1-2 (local)
Gênero: Ação, Plataforma, Multiplayer, Arcade, Aventura
Classificação: Livre
Português: Legendas e interface
Plataformas: PS4, Switch, Xbox One, PC
Duração: 4 horas (campanha)
Corrida de escalada
Sem muita história e papo furado, Super Hiking League DX nos coloca na pele de Nelson, um personagem que pratica escalada e precisa desbravar os mais diferentes cenários e mundos desse universo competitivo. Existe um seletor de fases no modo Arcade que vai liberando a próxima assim que vencemos o adversário da anterior, além de desbloquear também aquele personagem para que seja utilizado nos outros modos disponíveis.
Tudo aqui gira em torno da escalada, e as fases são construídas de maneira 100% vertical, sendo necessário chegarmos até o topo dela e tocar em um diamante para finalizar o desafio. Mesmo com essa proposta simples, a magia de Super Hiking League DX se encontra nas mecânicas da corda, a qual é nosso instrumento principal e deve ser arremessada para agarrar em pontos de interação (pétalas de flor), a fim de nos balançar para sermos arremessados para cima.
Apesar de um pouco complicado no início, os controles da corda se dividem em três formatos: Automático, Avançado e Misto. O Automático praticamente controla a direção da corda e a força necessária para sermos lançados, enquanto o Avançado exige controle total por parte do jogador nesses dois elementos citados; já o Misto é um equilíbrio entre esses dois formatos sem excluir o quesito habilidade. No mais, podemos utilizar uma espada para atacar o adversário e fazê-lo perder a movimentação por alguns segundos, e o mesmo pode ser feito em relação a alguns inimigos que ficam vagando no cenário.
Além do modo Arcade, que funciona em um melhor de 3 e é no qual liberamos os mapas, personagens e fases; também temos o modo Versus, que coloca até dois jogadores no mesmo console para se desafiarem. Há o Race Mode, que é uma disputa entre dois personagens com um contador rodando; e o Time Attack, que é uma luta contra o tempo para um jogador. A parte mais divertida disso tudo é a quantidade vasta de cenários disponíveis e desbloqueáveis, sem falar na possibilidade de escolhermos o comprimento da fase (em termos de altura), o que traz um fator replay absurdo ao game.
Os cenários também são vários na questão mecânica, pois apresentam obstáculos diferentes, superfícies únicas e até mesmo locais com água para nadarmos o mais rápido possível. Como não podia faltar também, para acompanhar os lindíssimos visuais 8-bits temos uma trilha sonora sensacional, a qual é completamente viciante e nostálgica e me faz lembrar dos velhos tempos de Game Boy e NES.
Apesar de ser um produto divertidíssimo e ter bastante incentivo para continuar sendo revisitado, Super Hiking League DX perde uma grande chance ao não trazer consigo um multiplayer online. A proposta cairia como uma luva para acomodar esse recurso, sem mencionar o fato de que a comunicação poderia ser feita de maneira completamente assíncrona com fantasmas de amigos. Não há nem mesmo um placar mundial de pontos ou algo para compararmos com pessoas.
Em menor escala – trocadilho não intencional -, também não há a opção de criar playlists de fases a serem jogadas. Isso resulta em uma constante seleção de fases após a partida ter sido encerrada no multiplayer local, o que é um desconforto. Sem falar que todas as sessões duram 3 rodadas e o mesmo cenário precisa ser jogado na disputa, não permitindo um leque maior de opções internas do jogo.
Personagens, adicionalmente, podiam apresentar habilidades únicas cada, o que traria uma variação bem maior à jogabilidade e um motivo real para continuar desbloqueando todas as figuras selecionáveis.
Simplesmente diversão, com uma pitada competitiva
Super Hiking League DX traz uma proposta bastante polida e que funciona muito bem. Apesar de não ser tão fã de jogos que tentam resgatar gráficos das eras vindouras dos videogames, o indie de escalada da Bit Ink Studios soube aplicar muito bem o visual dessa era em conjunto com uma trilha sonora magnífica, que fica por horas na sua cabeça e cria até mesmo uma vontade de ouvir as faixas em algum app de música.
Os vários modos disponíveis, personagens desbloqueáveis e um grande número de fases são a receita perfeita para continuarmos revisitando o game e desafiando amigos no mesmo console, o que infelizmente para por aí por não apresentar um multiplayer online – o que acaba fazendo falta depois de algumas horas. Mesmo assim, até mesmo o single player dá um show ao nos colocar para competir contra a inteligência artificial, algo difícil de se ver feito de forma polida em muitos títulos que tem o multiplayer como seu principal foco.
Cópia de Switch cedida pelos produtores