Super Hiking League DX capa

Review Super Hiking League DX (Switch) – Escalada 8-bits

Jogos simples e divertidos são sempre uma ótima pedida. Super Hiking League DX é um indie completamente Brasileiro, e chega agora ao Nintendo Switch para casar muito bem com a proposta portátil do console. Junte seus amigos e lute pela escalada perfeita entre vários cenários divertidíssimos.

Desenvolvimento: Bit Ink Studios
Distribuição: QUByte Interactive
Jogadores: 1-2 (local)
Gênero: Ação, Plataforma, Multiplayer, Arcade, Aventura
Classificação: Livre
Português: Legendas e interface
Plataformas: PS4, Switch, Xbox One, PC
Duração: 4 horas (campanha)

Corrida de escalada

Arcade mode
Arcade mode

Sem muita história e papo furado, Super Hiking League DX nos coloca na pele de Nelson, um personagem que pratica escalada e precisa desbravar os mais diferentes cenários e mundos desse universo competitivo. Existe um seletor de fases no modo Arcade que vai liberando a próxima assim que vencemos o adversário da anterior, além de desbloquear também aquele personagem para que seja utilizado nos outros modos disponíveis.

Tudo aqui gira em torno da escalada, e as fases são construídas de maneira 100% vertical, sendo necessário chegarmos até o topo dela e tocar em um diamante para finalizar o desafio. Mesmo com essa proposta simples, a magia de Super Hiking League DX se encontra nas mecânicas da corda, a qual é nosso instrumento principal e deve ser arremessada para agarrar em pontos de interação (pétalas de flor), a fim de nos balançar para sermos arremessados para cima.

Fases verticais
Fases verticais

Apesar de um pouco complicado no início, os controles da corda se dividem em três formatos: Automático, Avançado e Misto. O Automático praticamente controla a direção da corda e a força necessária para sermos lançados, enquanto o Avançado exige controle total por parte do jogador nesses dois elementos citados; já o Misto é um equilíbrio entre esses dois formatos sem excluir o quesito habilidade. No mais, podemos utilizar uma espada para atacar o adversário e fazê-lo perder a movimentação por alguns segundos, e o mesmo pode ser feito em relação a alguns inimigos que ficam vagando no cenário.

Além do modo Arcade, que funciona em um melhor de 3 e é no qual liberamos os mapas, personagens e fases; também temos o modo Versus, que coloca até dois jogadores no mesmo console para se desafiarem. Há o Race Mode, que é uma disputa entre dois personagens com um contador rodando; e o Time Attack, que é uma luta contra o tempo para um jogador. A parte mais divertida disso tudo é a quantidade vasta de cenários disponíveis e desbloqueáveis, sem falar na possibilidade de escolhermos o comprimento da fase (em termos de altura), o que traz um fator replay absurdo ao game.

Personagens desbloqueáveis
Personagens desbloqueáveis

Os cenários também são vários na questão mecânica, pois apresentam obstáculos diferentes, superfícies únicas e até mesmo locais com água para nadarmos o mais rápido possível. Como não podia faltar também, para acompanhar os lindíssimos visuais 8-bits temos uma trilha sonora sensacional, a qual é completamente viciante e nostálgica e me faz lembrar dos velhos tempos de Game Boy e NES.

Apesar de ser um produto divertidíssimo e ter bastante incentivo para continuar sendo revisitado, Super Hiking League DX perde uma grande chance ao não trazer consigo um multiplayer online. A proposta cairia como uma luva para acomodar esse recurso, sem mencionar o fato de que a comunicação poderia ser feita de maneira completamente assíncrona com fantasmas de amigos. Não há nem mesmo um placar mundial de pontos ou algo para compararmos com pessoas.

Multiplayer local divertidíssimo
Multiplayer local divertidíssimo

Em menor escala – trocadilho não intencional -, também não há a opção de criar playlists de fases a serem jogadas. Isso resulta em uma constante seleção de fases após a partida ter sido encerrada no multiplayer local, o que é um desconforto. Sem falar que todas as sessões duram 3 rodadas e o mesmo cenário precisa ser jogado na disputa, não permitindo um leque maior de opções internas do jogo.

Personagens, adicionalmente, podiam apresentar habilidades únicas cada, o que traria uma variação bem maior à jogabilidade e um motivo real para continuar desbloqueando todas as figuras selecionáveis.

Simplesmente diversão, com uma pitada competitiva

Super Hiking League DX traz uma proposta bastante polida e que funciona muito bem. Apesar de não ser tão fã de jogos que tentam resgatar gráficos das eras vindouras dos videogames, o indie de escalada da Bit Ink Studios soube aplicar muito bem o visual dessa era em conjunto com uma trilha sonora magnífica, que fica por horas na sua cabeça e cria até mesmo uma vontade de ouvir as faixas em algum app de música.

Os vários modos disponíveis, personagens desbloqueáveis e um grande número de fases são a receita perfeita para continuarmos revisitando o game e desafiando amigos no mesmo console, o que infelizmente para por aí por não apresentar um multiplayer online – o que acaba fazendo falta depois de algumas horas. Mesmo assim, até mesmo o single player dá um show ao nos colocar para competir contra a inteligência artificial, algo difícil de se ver feito de forma polida em muitos títulos que tem o multiplayer como seu principal foco.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Super Hiking League DX

9

Nota final

9.0/10

Prós

  • Gráficos lindos
  • Jogabilidade excelente
  • Multiplayer local divertidíssimo
  • Personagens e cenários desbloqueáveis
  • Cenários possuem versões diferentes

Contras

  • Multiplayer online seria uma boa
  • Falta de criação de playlists no multiplayer local
  • Personagens podiam ter recebido habilidades únicas