Existem muitos jogos de tênis atualmente que fazem um trabalho minimamente competente, sendo que não existe muito segredo para que se faça um game deste gênero.
Porém, Tennis Open 2020 vem, diretamente do mundo mobile, para os consoles de uma forma um tanto quanto estranha. Será que essa decisão foi acertada?
Desenvolvimento: Inlogic Software
Edição: Forever Entertainment
Jogadores: 1-2 (local)
Gênero: Simulador, Esporte, Multiplayer
Classificação indicativa: Livre
Português: Interface
Plataformas: Android, iOS e Switch
Duração: Sem registros
Bom, é um jogo de tênis
Eu não sei o que esperar de jogos de tênis além de justamente ser um título que faz jus ao esporte.
Você sabe, o básico é composto por campeonatos, um modo treino, um outro livre, etc. Como eu falei acima: não existe segredo.
Mas, alguém teve a ideia de trazer Tennis Open 2020 para os consoles sem traduzir os controles para que funcionassem bem em joysticks tradicionais. O resultado acaba sendo um jogo com cara e sensação de ser um port bem ruim das plataformas móveis.
Sim, Tennis Open 2020 possui o necessário para ser minimamente divertido, e isso é mais do que obrigação. Porém, ele falha justamente no mais importante em um gameplay de tênis: a forma como se joga.
O jogo de uma mão só
Sério, fico com a impressão de que alguém teve a brilhante ideia de “e se fizéssemos um jogo que pode ser jogado com uma mão só?”, algo muito comum em jogos de celular, mas não em consoles.
Tennis Open 2020 permite três formas de comandar seu jogador – e todas são ruins -, sendo a primeira através do analógico do seu controle, a segunda da mesma forma mas com o joycon na horizontal, e a terceira usando o touch do Switch – obviamente no modo portátil, apenas.
Ok, são várias opções disponíveis, mas e onde está aquela que me permite usar os botões para acertar a bola e se movimentar? Não existe. Todos os comandos são feitos com apenas o analógico.
É isso mesmo, você não se movimenta, o personagem vai sozinho até a bola e você só precisa mexer seu analógico para uma direção e a tacada é feita. Além disso ser sem graça e automatizado, constantemente é perceptível que falta precisão.
Algo muito comum por aqui é o ato de errar a bola. Existe algo de errado com o timing deste jogo, e nenhum tutorial está disponível para ensinar exatamente quando se deve apertar o comando para rebater a bola.
Pois é, Tennis Open 2020 consegue ser falho naquilo que é o alicerce de um jogo deste esporte.
Existe um fator diversão
Apesar dos controles serem péssimos, caso você consiga se acostumar ou se divertir, existem alguns elementos que são, de fato, interessantes.
O modo como o personagem evolui os atributos é um diferencial. É necessário desembolsar um pequeno valor para realizar sessões de tacadas em certos locais para que, então, você receba os pontos da evolução.
Não é simplesmente comprar uma melhoria, mas sim testar suas habilidades para depois receber a recompensa – mas os controles ainda são ruins, não esqueça.
Os campeonatos também são liberados à medida que o jogador vai vencendo os adversários. Básico, mas eficaz.
Existe também um modo multiplayer que pode ser acessado no menu do modo livre, mas devo dizer que está deveras escondido por causa da interface mal planejada que o jogo possui.
Caso goste de itens cosméticos, no menu principal se encontra a opção de editar seu personagem, comprando novas roupas, bonés e acessórios. Mas esse jogo tem um cara de geração PlayStation 2 ou até mesmo antes, não é?!
Por fim, é possível adquirir raquetes melhores na loja e girar a “roda da fortuna” para ganhar recompensas, a qual exige um intervalo para ser usada novamente – mais um elemento vindo do mobile.
Port mal traduzido
Tennis Open 2020 é um jogo que peca em não ser transformado completamente para os consoles com controles tradicional. Sua movimentação automatizada e tacadas imprecisas estragam muito a experiência.
Se você procura um jogo de tênis minimamente competente, recomendo que procure outros títulos, já que este erra naquilo que é o cerne de um gameplay e parece pensar que continua sendo um jogo de mobile.
Esta review foi feita com uma cópia de Switch cedida pelos produtores