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Review The Last of Us Part II (PS4) – Um estudo sobre a violência

Um dos jogos mais aguardados dessa geração e também um dos mais polêmicos, The Last of Us Part II teve seu lançamento em 19 de junho de 2020 exclusivamente para PlayStation 4. O jogo teve seis anos de desenvolvimento e foi anunciado oficialmente em dezembro de 2016, durante o evento PlayStation Experience. Desde seu anúncio, grandes expectativas foram geradas e todo fã se perguntava: “será que vai superar a inesquecível história de The Last of Us?”.

Desenvolvimento: Naughty Dog

Distribuição: Sony Interactive Entertainment

Jogadores: 1 (local) 

Gênero: Ação, Terror, Aventura

Classificação indicativa: 18 anos

Português: Dublagem, legendas e interface

Plataformas: PS4

Duração: 26 horas (campanha)/ 40 horas (100%)

Uma história impactante e violenta

Visual da Ellie

Assim como em todo jogo da Naughty Dog, o enredo e o envolvimento com a trama é uma das partes mais importantes. A história de The Last of Us Part II é boa e cheia de cargas dramáticas, com personagens principais e secundários bem desenvolvidos e cheios de camadas.

SPOILER

A trama do segundo jogo gira em torno das consequências causadas a partir da decisão tomada por Joel no final do primeiro game, no qual Joel decide salvar a vida de Ellie ao invés de deixar ela morrer em prol da cura da humanidade.

Nesta história, somos apresentados à uma Ellie mais adulta e muito diferente da que conhecemos. Aqui ela está mais quieta e séria, mais determinada em suas ações e faria de tudo para cumprir seus objetivos. Desde o início do jogo fica bem claro que sua relação com Joel está bem fragilizada. Aqui também somos a apresentados à uma nova protagonista Abby, que desde a sua primeira aparição já nos mostra que é mais uma personagem marcada pelo seu passado.

Visual da Abby

A história de The Last of Us Part II é o que se chamam no cinema de estudo de personagem e emoção. É uma história forte, cheia de surpresas que podem ou não ser do agrado do público, e que a todo momento te choca emocionalmente de alguma maneira – não se tem espaço para respirar em The Last of Us. Você acompanha Ellie até um momento em que você, como jogador, se pergunta se tudo isso realmente valeu a pena. Já com a personagem Abby te mostra todas as consequências de uma ação violenta.

Uma trilha que te faz sentir cada emoção

Joel tocando Future Days para Ellie

A música é muito bem pensada para as ações do momento, ajudando a trazer aqueles sentimentos que cada cena quer mostrar. Desde o primeiro título a trilha sonora de The Last of Us é marcante, e aqui não é diferente. Gustavo Santaolalla volta para esse game e dá uma aula de como te impactar com uma trilha, passando toda tensão, tristeza e emoção que o jogo quer transmitir.

A música neste título é uma tema recorrente e que te acompanhará durante a jornada, como a música Future Days da banda Pearl Jam que é de grande importância na relação Joel e Ellie. Ou a versão tocada por eles de Wayfaring Stranger do Johnny Cash.

A sensação e a jogabilidade de um mundo perdido

Cenário tomado pela vegetação

A Naughty Dog, assim como em Uncharted 4, fez uma história linear porém em mapas grandes que te dão uma falsa sensação de liberdade de escolhas e caminhos. Seattle é o lugar perfeito para a trama desse jogo, com prédios altos caídos, vegetação que tomou conta das cidades, esgotos, tudo é perfeitamente construído de uma maneira que realmente te faz sentir que está em um mundo pós apocalíptico tomado por infectados e fungos. Com certeza pode ser definido como um dos visuais mais bonitos dessa geração de consoles.

The Last of Us Part II é um jogo de ação, aventura e com elementos de terror, o jogador irá experimentar combates armados estratégicos contras os grupos de humanos e combates em silêncio contras os Infectados.

Representação dos Serafitas

No jogo, os inimigos são divididos em quatro grupos: WLF, Serasfitas, Cascavéis e os Infectados. A inteligência artificial é muito boa, com cada grupo tendo sua maneira de como resolver certas situações e reagir. Por exemplo, os Serafitas (conhecidos por Cicatrizes), que se comunicam apenas por tons diferentes de assobios ou WLF (Wolf como são chamados no jogo, é a organização paramilitar que tomou conta de Seattle e que a personagem Abby faz parte) que cria todo uma estratégia para conseguir te flanquear.

Ellie é toda trabalhada no silêncio e agilidade, sendo mais fácil de se esconder de um inimigo ou correr dele. Além de que suas skills são puxadas para habilidades de escuta e arco, finalizações são mais brutais, seus equipamentos são uma pistola semiautomática, rifle de ferrolho, revólver, escopeta de repetição, arco, um rifle semiautomático, e seu canivete presente desde o primeiro jogo. 

Jogabilidade do modo furtivo com a Ellie

Abby é um Tank (personagem de resistência), “porradeira” e que aguenta muita mais golpes contra os inimigos. Suas skills são mais focadas em habilidades de resistência e de munições explosivas, enquanto que as finalizações são mais táticas mas conseguem ser brutais. Seus equipamentos são uma pistola, pistola de caça, espingarda de cano duplo, besta e um potente lança-chamas. Ambas as personagens podem correr, pular, agachar, deitar e segurar em cordas.

Abby com uma das suas armas
Abigail “Abby” Anderson

The Last of Us Part II é melhor que o original?

The Last of Us Part II com certeza não será uma unanimidade em questão de enredo. A abordagem em assuntos polêmicos, a brutalidade, o desgaste emocional podem ser consideradas demais ou desnecessárias, mesmo assim você não deixa de se envolver até demais. O jogador se enfurece, se emociona, torce para as personagens e se empolga. Já o gameplay é frenético e extremamente divertido. The Last of Us Part II não será tão amado quando o jogo original, por conta de algumas escolhas de roteiro que podem desagradar certos fãs, mas com certeza irá deixar a sua marca no mundo dos games.

Está review foi feita com uma cópia de PS4 adquirida pelo autor

Revisão: Jason Ming

The Last of Us Part II

9.5

Nota final

9.5/10

Prós

  • Personagens carismáticos
  • Ambientação excelente
  • Gráficos lindos
  • Excelente trilha sonora

Contras

  • Desgaste emocional
  • Escolhas de roteiro duvidosas