A franquia Dark Souls causou um pandemônio no mundo dos games, resultando na criação de um novo gênero: o Souls-like. Depois disso, diversos estúdios começaram a fazer um jogo nesse modelo para chamar de seu, e assim nasceu The Last Oricru. Ele bebe bastante dessa fonte, mas conta com um sistema de pontos entre raças que faz dele algo único e extremamente divertido.
Desenvolvimento: GoldKnights
Distribuição: Prime Matter
Jogadores: 1 (local) e 1-2 (online)
Gênero: RPG
Classificação: 16 anos
Português: Legendas e interface
Plataforma: PC, PS5, Xbox Series S/X
Duração: 10 horas (campanha)
Um humano perdido

Em The Last Oricru, somos um humano que acaba parando em um planeta diferente. Para variar, ele não tem memórias, mas tem uma visão e precisa encontrar uma certa dama. Depois, descobrimos que somos imortais e estamos em um planeta rachado, onde ratos humanóides possuem uma rixa com outra raça alienígena.
Todas as nossas ações interferem na história, nos dando ou tirando pontos com um dos lados. O mais legal é que até as missões secundárias tem o poder de mudar o destino dos acontecimentos. Nossa missão é basicamente descobrir o que está acontecendo naquele planeta.
Uma das coisas que mais me divertiram na minha aventura foram os diálogos. Os dubladores em inglês não são bons, mas também não são tão ruins, então o trabalho ficou bastante mediano. Contudo, a forma como os diálogos foram escritos mais a atuação galhofa, deixa as situações e piadinhas ainda mais divertidas. Felizmente, as legendas estão em português, o que não deixará nenhum brasileiro perdido na jornada.
Espada e escudo

Uma das coisas que mais gostei foi o fato de tudo o que é equipado no personagem aparecer durante a jogatina. Colocou um capacete com chifres? Seus “cornos” estarão à vista de todos. E isso vale para todo o resto. Além disso, os detalhes do protagonista e dos ambientes são muito bons e bonitos. Gostei de tudo o que vi e, quanto mais explorava, mais imerso ficava.
O combate é o clássico Soul-slike, com a famigerada barra de energia que vai decaindo a cada movimento. Podemos equipar diferentes tipos de armas e escudos, cada um deles com duas ações diferentes, como golpes fracos e fortes, defesas, e por aí vai. Há também armas mágicas, que pegam fogo, por exemplo, e dão ainda mais dano ao adversário.
Morrer é a parte mais chata por aqui, já que perdemos todos os pontos que são usados para subir de nível e somos obrigados a ir buscar eles no local de morte. E sobre subir de nível: que satisfação é a de sentir que estamos realmente ficando fortes ao matar o inimigo com um único golpe.
Explorar os ambientes significa realizar mais combates, e isso não é ruim, já que evoluímos de nível. E sobre os ambientes, muitos deles são extremamente bem feitos, apesar de não usarem todo o potencial gráfico do PlayStation 5. São todos bons, mas nada de outro mundo.
O último dos Oricru
The Last Oricru é divertido. Ele segue uma fórmula que está ficando bastante batida, principalmente no quesito do combate. O sistema de pontos utilizado para influenciar as raças em conflito é um frescor que funciona extremamente bem. A história, mesmo que com alguns muitos clichês, consegue entreter principalmente por estar cheia de piadas que não são forçadas.
Para os brasileiros, há legendas em português, o que facilita bastante o entendimento da história. Agora, caso entenda inglês, poderá se esbaldar na dublagem galhofa presente no jogo. No combate, há uma grande quantidade de equipamentos para montar o seu personagem do jeito que quiser. No geral, The Last Oricru está longe de ser um poço de originalidade, mas consegue ser bastante divertido e entretém durante muito tempo.
Cópia de PS5 cedida pelos desenvolvedores
Revisão: Jason Ming Hong