The Witcher 3 é a obra prima da CD Projekt Red, que conta a história da última jornada do famoso bruxo conhecido como Geralt de Rívia, um dos poucos restantes do seu tipo, uma criação perfeita para matar monstros por dinheiro.
Ele é um assassino sem sentimentos, como é dito por muitos humanos, que sentem repulsa por esses grandes guerreiros. Aqui o jogador se deleitará com uma obra feita com um máximo de carinho e cuidado, para oferecer algo além do seu tempo.
Desenvolvimento: CD Projekt Red
Edição: CD Projekt Red
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Aventura, ação, Rpg
Classificação indicativa: 16 anos
Português: Dublagem, interface e legendas
Plataformas: PC, PS4, Switch, Xbox One
Duração: 51 horas (campanha) / 173 horas (100%)
Universo vasto
Já era de se esperar ver um universo primoroso na obra, já que The Witcher 3 conta com uma base de livros (ótimos livros por sinal) que lhe dá uma grande quantidade de conteúdo para ser explorado e acrescentado ao jogo.
Desfrutamos de um universo profundo, com centenas de anos de história, culturas de diferentes povos, grandes guerras e numeroso reinos, com locais intocados por humanos, e outros que sofrem com a destruição e a fome constante. Ser um bruxo viajante mostra toda a beleza do mundo, e todas as dificuldades que são enfrentadas pelas várias raças aqui presentes.
História fenomenal
Por onde começar a falar dessa história envolvente e cativante? A história principal se desenrola nos levando para diversos locais diferentes em busca do nosso objetivo, que é encontrar uma determinada pessoa muito importante para nós.
Durante essa jornada nos são apresentados personagens únicos e complexos, que nos farão apegarmos a eles ou odiá-los. Além da história principal, o jogo também conta com muitas e muitas missões secundárias, que são tão boas ou até melhores que as missões principais, expondo sempre um pouco mais da história e acontecimentos dos locais, dos povos e dos mitos e lendas ali presentes.
Gráficos belíssimos e áudio impecável
Atualmente The Witcher 3 já tem cinco anos desde seu lançamento, e mesmo assim continua sendo uma das obras mais bonitas da geração, com uma direção de arte fenomenal.
Viajaremos por diversos ambientes, pântanos pútridos, campos de batalha, ilhas costeiras, vilas e grandes cidades, portos marítimos, túneis e cavernas subaquáticas, cada um desses locais com sua própria identidade, beleza e história, e isso é algo de encher olhos.
O áudio do jogo também demonstra como a CD Projekt Red não estava para brincadeiras, é incrível ouvir o barulho do vento, os uivos dos lobos, o mar e suas ondas agitadas, o farfalhar das folhas das árvores, é uma obra a parte.
Combate, exploração e builds
Nosso bruxo conta com duas espadas no seu equipamento, uma de aço para humanos e uma de prata para monstros, além de bombas dos mais variados tipos, poções de fortalecimento, óleos para as nossas lâminas, e uma balestra para combate a distância.
Durante as explorações encontraremos muitos inimigos, de uma variedade absurda, por isso precisamos sempre estar preparados para cada uma das situações, mantendo o estoque de poções e óleos para aumentar nossa chance de sobrevivência.
Geralt ainda conta com alguns sinais de magia para utilizar dentro e fora do combate, como lançar chamas, controlar as pessoas mentalmente, criar um escudo mágico ou arremessar os inimigos longe com uma onda de vento. Existem árvores de habilidades, onde gastamos nossos pontos por subir de nível, fica a total escolha do jogador “buildar” o jogo a seu gosto.
Gwent!
Ah, o maravilhoso Gwent! São poucas as desenvolvedoras que conseguem criar um minigame tão bom dentro da sua obra que vai fazer com que os jogadores gastem horas e horas o jogando, deixando de fazer as missões importantes apenas para jogar mais uma partida de carteado ou ir atrás de cartas novas para o seu baralho.
Gwent teve uma recepção tão boa que os desenvolvedores acabaram criando um jogo online a parte para que os jogadores se enfrentem.
Expansões são uma obra a parte
Prepare-se para gastar algumas centenas de horas internado nesse mundo maravilhoso criado pela Cd Projekt Red, onde só a campanha principal oferece mais de 50 horas de jogatina, fora todas as missões secundárias, com mais de 100 horas.
Ainda por cima temos duas expansões, onde mais uma vez os desenvolvedores dão aula sobre como fazer dlcs e respeitar o consumidor. Cada uma delas entrega mais de 30 horas de novas missões e locais para serem explorados, onde iremos passar por desde casas mal assombradas até belíssimos reinos verdejantes.
Nada é perfeito
Como todos sabemos, nada no mundo é perfeito, e The Witcher 3 faz parte disso. O jogo pega todos os aspectos do seu antecessor e os eleva ao ápice da qualidade, mas mesmo assim conta com alguns probleminhas chatos, nadar pode ser um sacrifício em determinados momentos, a movimentação não é nada precisa, controlar o nosso cavalo também incomoda às vezes.
E por algum motivo extremamente frustrante, o Geralt toma um dano de queda absurdo, fazendo com que simples quedas nos matem. Mas nem isso é suficiente para ofuscar a qualidade dessa obra.
Esta review foi feita usando uma versão para PC cedida pelos produtores
Revisão: Samuel Leão e Jason Ming Hong