Valiant Hearts: Coming Home é um jogo que, apesar de lançado originalmente na plataforma Netflix para mobile, não deixa de ser uma experiência tocante e bem desenhada nos consoles. A Ubisoft tenta mais uma vez te emocionar, colocando você no papel de cinco personagens diferentes durante os eventos trágicos da Primeira Guerra Mundial: o piloto de caça George; o marinheiro Ernst; a médica Anna; o músico e soldado de infantaria James; e o engenheiro da Legião Estrangeira Francesa, Freddie.
Desenvolvimento: Ubisoft
Distribuição: Ubisoft
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Aventura, Puzzle
Classificação: 12 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: Switch, iOS, Android, PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S
Duração: 3 horas (campanha)/4 horas (100%)
A segunda introdução à guerra
Apesar dos diferentes papéis e aparências, a gameplay gira em torno de explorar espaços confinados do cenário incrivelmente desenhado, interagindo com objetos e usando-os para resolver puzzles.
Às vezes, esses itens são apenas colecionáveis que adicionam à sua enciclopédia e registros. Você também pode acessar o menu no qual se conta um pouco sobre a história da guerra e eventos que o game aborda.
Infelizmente, isso resume toda a experiência. Não há combinação de objetos, e a maior diferença entre um personagem e outro são os minigames e cenários. Esses minigames e elementos interativos menores no cenário exigem que você pressione um botão ou uma combinação deles, além de direções diferentes para executar certas ações.
Um bom (e mais bacana) exemplo é Anna, a médica cuja responsabilidade é enfaixar pacientes com gaze, usar pinças para remover pedaços de vidro de suas partes do corpo e um pedaço de algodão com remédio para curar suas feridas.
Olhar fresco
Posso não ter jogado o game anterior da série antes deste, mas experienciar o segundo com olhos frescos é definitivamente uma perspectiva diferente daqueles que já tiveram a chance de jogar o Valiant Hearts original. Dito isso, realmente senti falta de mais elementos interativos com usos diferentes e um sistema de inventário sólido que permita combinar itens para criar novos, e desbloquear portas com eles – e coisas do tipo.
Sem essas coisas mencionadas, o game está fadado a ser esquecido por sua gameplay superficial e excessivamente simplista. Talvez a característica que eu possa elogiar aqui, além do estilo artístico, seja a trilha sonora, que traz música clássica com pessoas renomadas da era antiga e outros artistas contemporâneos menos conhecidos.
Uma experiencia passiva
Acredito que o motivo de tanta simplicidade seja a plataforma para a qual o título foi criado, o mobile, cujo público-alvo requer experiências mais simples e com menos controles e ações. O segundo game da franquia traz uma narrativa muito empolgante e cativante, mas peca ao dever no principal de um videogame: a jogabilidade.
Cópia de Switch cedida pelos produtores