Desde que me aventurei em Final Fantasy Tactics na era do PS1, os RPGs táticos se tornaram minha paixão. Essa paixão me levou a explorar incessantemente o gênero, buscando experiências novas e envolventes. Foi nessa busca que me deparei com Vanaris Tactics, um jogo brasileiro que chamou minha atenção não só pelo seu estilo artístico, reminiscente da franquia FF Tactics, mas também por suas cutscenes e uma trama aparentemente impulsionada por questões políticas. Vamos mergulhar na minha experiência com este indie nacional.
Desenvolvimento: Matheus Reis
Distribuição: Toge Productions
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG, Estratégia
Classificação: Livre
Português: Legendas e interface
Plataformas: Switch, PC, Xbox One, PS4
Duração: 6 horas (campanha)
RPG tático narrativo
Em Vanaris Tactics, assumimos o papel de Morgana, líder de um grupo de refugiados com a missão de guiá-los para fora dos muros de Vanaris. Inicialmente, contamos com a ajuda de seu irmão e do filho dele.
A história se desenrola em formato de cutscene, na qual modelos de personagens permanecem estáticos em cenários 2D, enquanto diálogos são exibidos. Confesso que esperava mais nesse aspecto, já que o essa apresentação se mostra tediosa, exigindo muita leitura sem oferecer interatividade, o que definitivamente não é atraente.
A jogabilidade, por outro lado, é o ponto alto da experiência. Posicionamos nossas unidades em quadrados translúcidos antes do início da batalha e as movemos em blocos a cada turno.
Contudo, a maioria dos personagens de curto alcance não pode atacar diagonalmente, uma limitação ultrapassada que deveria ter ficado nos anos 90. Apenas arqueiros e similares possuem essa habilidade, o que, a meu ver, não deveria ser exclusivo a uma categoria específica de arma. Além disso, as batalhas são lentas, mesmo na configuração mais rápida, e não há opção para acelerar ou pular animações.
Habilidades e mais
Cada personagem possui um conjunto próprio de habilidades com diferentes efeitos, como envenenamento e sono, além de alcances diferentes. À medida que avançam de nível, novas habilidades são adicionadas à sua lista.
Eles também podem se mover um número específico de blocos, dependendo de seus atributos e equipamentos, como botas que permitem escalar locais mais altos. Os equipamentos também podem repelir ou torná-los resistentes a certos efeitos negativos, além de aumentar a evasão ao equipar itens como escudos.
Há também o mapa do mundo, no qual podemos selecionar o próximo destino. As cidades podem conter lojas para compras e vendas de itens. Adicionalmente, é possível revisitar locais já explorados para enfrentar novos grupos de inimigos e ganhar experiência ao derrotá-los, praticando o famoso Grind (repetição) para melhorar a equipe propositalmente.
Potencial Desperdiçado
Vanaris Tactics tinha muito potencial, mas seu formato entediante de cutscene, o pequeno elenco de personagens, a maneira como a história é contada e as mecânicas de batalha limitadas, sem oferecer uma maneira de acelerar os combates, são os pontos mais fracos do jogo. Essas fraquezas selam seu destino, pois é fácil encontrar no mercado títulos do mesmo gênero que superam Vanaris Tactics em diversos aspectos, o que é lamentável.
Cópia de Switch cedida pelos produtores