Water Margin capa

Review Water Margin: The Tale of Clouds and Wind (Switch) – Uma nostalgia que ninguém podia ter

Sempre fui um fã assíduo de beat ’em up desde quando conheci o gênero, e o primeiro que me lembro de ter jogado foi Streets of Rage lá nos anos 90. Hoje em dia, essa categoria se modernizou bastante, oferecendo muito mais elementos na questão jogabilidade, como upgrades e desbloqueáveis. No entanto, às vezes sinto falta de jogar títulos antigos da era de 16 bits e, felizmente, a QUbyte partiu em uma missão de revitalizar clássicos da época, e até mesmo alguns jogos desconhecidos como esse em questão, originalmente chamado Shui Hu Feng Yun Zhuan, exclusivo para o território taiwanês – na época. Dito isso, o quão bem Water Margin: The Tales of Clouds and Wind consegue se manter nestes tempos modernos? Vale a pena conferir simplesmente por ser um game traduzido para o idioma inglês?

Desenvolvimento: Kingtec Information
Distribuição: QUByte Interactive
Jogadores: 1-2 (local)
Gênero: Ação, Luta, Aventura, Arcade
Classificação: 12 anos
Português: Não
Plataforma: PS4, Switch, PC, Xbox
Duração: 1 hora (campanha)

Nostalgia vende, até mesmo aquela que não tivemos

Gráficos 16-bits com opções de filtros

Aqui, podemos escolher entre três personagens distintos, cada um com atributos diferentes, como mais agilidade, força ou maior capacidade de causar dano. Avançar nas fases é uma tarefa muito simples que consiste em caminhar na direção certa sem voltar atrás, e “chutando bundas” repetidamente. Para recuperar seus pontos de saúde, você precisa coletar comida de barris como era no passado. Para usar um ataque secundário (chamado aqui de Ataque Especial) você deve apertar o botão A, que consumirá uma esfera de magia. Essas esferas mágicas podem ser encontradas em todo o cenário quando você derrota inimigos ou quebra objetos do ambiente.

Embora seja olouvável que a QUbyte vem trazendo clássicos para os consoles mais novos, é importante dizer que a maioria dos jogos são simplesmente um pra mim. Aqui, por exemplo, os ajustes são mínimos e quase injustificáveis (tirando a tradução da interface), pois o jogo não vem com botão de rebobinar, atalho para salvar e carregar um ponto de salvamento rápido, e nem mesmo um multiplayer online – algo crucial para beat ’em ups, hoje em dia. Além disso, jogar sozinho é bastante repetitivo, já que o game não oferece nenhuma melhoria no quesito upgrade ou desbloqueável. Isso resulta em um dos títulos mais básicos já trazidos para os tempos modernos.

Inimigos em um cenário de ponte

Algo bastante irritante também nos títulos antigos desse gênero é a falta de um botão para correr, e aqui isso se mantém tendo que pressionar uma direção duas vezes para tal feito. No mais, é um tanto quanto injusto também o fato de cair no chão, pois os inimigos cercam seu personagem e sequer te deixam respirar. Com isso, a morte é quase certa.

Finalmente, o menu principal parece barato e preguiçoso,desde há apenas uma faixa preta com um menu sobre ela, além doesticado imagem de fundo por trás de tudo. Sinto que não houve muito esforço neste título,embora vem com filtros de tela,número de vidas disponíveis e o seletor de proporção.

Legal, mas raso

Water Margin: The Tale of Clouds and Wind é um bom jogo e um ótimo produto nostálgico para se jogar hoje em dia. No entanto, não existe muita novidade aqui se tratando de “clássicos sendo trazidos para os tempos modernos”. Gosto de rejogar esses títulos dos anos 90, mas sempre espero que algo a mais venha junto com eles, em vez de ter a mesma experiência que costumava ter no passado. Dito isso, espero que QUbyte mire, numa próxima oportunidade, em trazer pelo menos o recurso de rebobinar e, por último, mas não menos importante, um modo online para seus próximos títulos, os quais são praticamente ROMs compiladas.

Cópia de Switch cedida pelos produtores