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Review White Day: A Labyrinth Named School (Xbox Series S) – Ir bem nas provas é o de menos

Lee Hee-Min é um rapaz muito bem intencionado, mas ele não poderia escolher uma hora pior para se apaixonar. Com o intuito de devolver o diário da sua crush e deixar um presentinho de White Day, o rapaz entra no prédio da Yeondu High School para ir até o armário de So-Young Han esconder os presentes, mas o que ele não sabia era a cilada “das brabas” na qual estava se metendo.

White Day: A Labyrinth Named School é um clássico dos jogos de terror coreano, com sua versão original datando de 2001, sendo seu port atual proveniente do lançamento mais recente até então, que era a versão de Playstation 4 há alguns anos. Será que as mecânicas ainda são atuais o suficientes para cativar novos jogadores?

Desenvolvimento: Sonnori
Distribuição
: PQube Limited
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Terror
Classificação: 14 anos
Português: Não
Plataformas: PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X/S, Android, iOS
Duração: 8.5 horas (campanha)/30 horas (100%)

Terror asiático é sempre bem vindo

O terror asiático é sempre perturbador e com abordagens que raramente vemos na cultura pop ocidental. Enquanto deste lado do hemisfério as obras se preocupam em dar um contexto muito grande aos acontecimentos, entregando quase sempre o final, a ficção oriental voltada ao terror geralmente coloca os personagens em situações sem muita explicação, acompanhando as jornadas de pessoas comuns enfrentando as situações absurdas.

Mesmo depois de algumas horas de jogo, não conhecemos muito do personagem principal. Lee Hee-Min é um garoto comum de ensino médio como tantos outros, propositalmente vazio, sem dublagem, para que você possa se colocar na pele do personagem. Não espere super poderes ou reflexos de atleta brotarem como uma habilidade oculta, pois quem fará toda a mágica acontecer será você.

Backtracking, perseguição e romance?!

Apesar da grande importância da narrativa em White Day: A Labyrinth Named School, o que chama mais atenção é sua jogabilidade. Ela apresenta similaridades com os jogos clássicos da série Resident Evil, nos quais se deve coletar ferramentas ao longo do cenário para resolver quebra cabeças que não estão dispostos no game de forma linear. Isto quer dizer que não vai ser raro ter que passar pelos mesmos cenários na busca de pistas que ajudem você a resolver questões de partes mais avançadas à frente.

Diferente de jogos mais atuais, os elementos necessários para se superar um desafio não vão estar brilhando no mapa, ou você terá os NPCs parados esperando para você revisitar o diálogo caso tenha esquecido o que deve ser feito, e tudo vai depender de documentos encontrados pelo jogador e, na sua correta interpretação, ou você vai se frustrar bastante desde o início da jogatina.

Para os menos experientes em jogos do gênero, recomendo fortemente que comecem pelas dificuldades mais baixas para se aclimatar com o que vai encontrar. Até porque você vai ter um maluco correndo em sua direção caso faça muito barulho, então qualquer tempo a mais para resolver um quebra cabeças vai ajudar demais.

Como se a coisa toda já não fosse tensa o suficiente, existe ainda uma mecânica de afinidade que você pode desenvolver com as suas colegas de escola. Existem respostas mais certas para cada uma delas, então você vai ter que sacar um pouco do clima da conversa antes para não mandar aquela ideia “nada a ver”. As escolhas pelo jogador impactam no final, sendo num total de 10 diferentes!

Nem tudo resiste ao tempo

O fator de preservação histórica dos videogames é um assunto recorrente quando se fala de jogos do passado receberem uma nova chance de brilhar, porém pequenos retoques não são o suficiente para tornar algo atrativo. Mesmo nas dificuldades mais acessíveis, White Day: A Labyrinth Named School não apresenta um gameplay que te motive a continuar, deixando que a história envolta de temas sobrenaturais e mistério tenha esse papel.

Caso você seja veterano em jogos com mecânicas de backtracking, White Day: A Labyrinth Named School vai ser um parque de diversões para você, fazendo com que seja necessário zerar o game mais de uma dúzia de vezes caso vá atrás de todas as conquitas/troféus. Porém, se você quer algo que não exija tanta dedicação de novos jogadores, sugiro que escolha títulos como os da série Dangarompa!

Cópia de Xbox Series X/S cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

White Day: A Labyrinth Named School

4.5

Nota final

4.5/10

Prós

  • História misteriosa

Contras

  • Falta de legenda em pt-br
  • Gameplay datado
  • Quedas de desempenho