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Review Wintermoor Tactics Club (Switch) – De volta ao colégio

Embarque em uma aventura no ano de 1981, protagonizada pelo clube tático no colégio de Wintermoor. Uma história simples, mas que vai te prender do início ao fim. 

Tudo começa com um anúncio vindo do diretor da escola, o Sr. Enfield, no qual todos os clubes da escola deverão disputar um torneio de guerra de neve para decidir qual será o clube supremo. O problema, porém, é que os clubes perdedores serão desfeitos, e fica aí a grande pergunta, o do porquê de tudo isso?

Desenvolvido pela EVC, Wintermoor Tactics Club foi lançado em 10 de setembro de 2020 para Nintendo Switch.

Desenvolvimento: EVC
Distribuição: Versus Evil
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG, Aventura, Estratégia
Classificação Indicativa: 10 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: Switch, PS4, PC, Xbox One
Duração:11 horas (campanha)/ 16.5  horas (100%)

Uma carta de amor

Inegável o fato de como o jogo toca nos sentimentos mais nostálgicos dos fãs de RPG de mesa. Em Wintermoor Tactics Club você estará na pele de Alicia, uma adolescente, que junto com seus amigos de escola irão viver aventuras épicas misturadas a sua imaginação.

Cheio de referências, o jogo te coloca em várias sessões de RPG de mesa, com direito a um mestre conduzindo a história, escolhas na narrativa, monstros, magias e muitas outras coisas. Até mesmo o Cavernas & Catacumbas — nome dado à aventura de RPG—, é claramente uma referência direta a Dungeons & Dragons. Sendo assim um verdadeiro prato cheio para quem já participou de horas e mais horas de partidas de RPG de mesa.

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Cenas como essa são comuns em Wintermoor

Mais do que um jogo 

Graças à necessidade de os clubes manterem sua existência, e combinado com a imaginação dos membros do Clube tático, teremos verdadeiros campos de batalha. Aqui bolas de neve viram magias, ataques devastadores e até a lábia dos personagens se tornam uma espécie de habilidade de controle mental.

Dentro de tudo isso ainda vemos temas como bullying, problemas de auto estima, diferenças sociais e posicionamento políticos. Todos esses aspectos refletem bem uma vida escolar, fazendo deste um contraponto entre a realidade e a fantasia.

Tabuleiro do jogo
Batalhas fáceis de se dominar

Dificuldade não existe

Se você procura um jogo de estratégia complexo, infelizmente Wintermoor Tactics Club não irá te entregar essa experiência. O sistema de combate é bem raso e fácil de dominar. O que irá te manter preso até o fim com certeza é a história e seus personagens super carismáticos. Existem diversas missões secundárias ao longo da aventura, que servirão para deixar seu grupo cada vez mais poderoso, com novas habilidades e equipamentos.

O jogo não possui um sistema de nível, tornando qualquer tipo de grind (ato de repetir diversas batalhas, a fim de subir de nível e se tornar mais forte) totalmente desnecessário.

Arte e trilha sonora

A arte desse jogo de fato merece destaque, cada local, cada cena, parecem diretamente retiradas de uma página de revista em quadrinhos toda colorida. Possuem um bom nível de detalhes tanto nos cenários, quanto nos personagens. As animações, porém, são quase estáticas — podendo ser vista como uma escolha de design também.

A trilha sonora, apesar de possuir poucas faixas, atende bem conseguindo transmitir o sentimento da trama no momento de sua execução. Já o personagens apenas emitem sons sem uma definição exata, como se você tentasse emitir um “oi” com a boca fechada e sem movimentá-la. Uma dublagem, mesmo que em inglês, teria sido interessante para aumento da imersão.

Empunhe sua arma, ou tente…

O jogo funciona como um tabuleiro, movimentando os seus personagens e realizando alguma ação que podem ser ataque ou deixar algum status negativo no oponente. Cada personagem possui uma barra de vida, que, ao ser zerada, remove ele da batalha. Para vencer um confronto — na maioria dos casos—, elimine todos os inimigos do campo.

Os comandos no jogo possuem alguns problemas durante as batalhas. O primeiro a se notar é a falta de precisão dos direcionais. Muitas vezes será uma guerra para selecionar algum bloco específico do campo. O layout escolhido para se encerrar turnos, voltar e selecionar habilidades são péssimos, e exigem uma combinação de botões totalmente desnecessárias.

Mistérios envolvendo a narrativa
Mistérios envolvendo a narrativa

Devo me matricular em Wintermoor?

Sim. A história é o maior trunfo do jogo e vale a pena ser explorada. Serão boas horas de entretenimento garantidas. O jogo está totalmente legendado em português, o que é ótimo, pois facilita o entendimento da trama. Porém uma grande reclamação que não se pode deixar passar, a legenda minúscula no modo portátil, deixando a leitura extremamente cansativa.  

Uma ressalva importante a se fazer é o excesso de transição de cenários e de tela de carregamento que podem durar até 15 segundos cada, quebrando bastante o ritmo de jogo.

Esta review foi feita com uma cópia de Switch cedida pelos produtores

Wintermoor Tactics Club (Switch)

7

Nota final

7.0/10

Prós

  • Arte bela que lembra HQs
  • História que prende
  • Personagens carismáticos

Contras

  • Layout dos comandos
  • Telas de carregamentos excessivas
  • Legendas minúsculas no modo portátil