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12 jogos que mereciam um remake

Não é novidade que a onda de remakes está mais em alta do que nunca no mundo dos games nos últimos anos. Temos como exemplo principal a saga Resident Evil que já tem 4 jogos reimaginados, com os últimos 3 lançados nos últimos 4 anos se mostrando uma fórmula de grande sucesso. Além da saga da Capcom, temos exemplos como Final Fantasy VII, Yakuza, Mafia Definitive Edition, Dead Space e tantos outros. E isso não para por aqui, pois ainda temos alguns jogos que estão em andamento e muitos rumores de tantos outros. Neste artigo, iremos falar de jogos que mereciam uma versão atualizada, independentemente se há ou não um forte rumor sobre a produção deles.

Resident Evil: Code Veronica

Fan Art de Resident Evil Code Veronica

Sim, a lista não podia começar de forma mais óbvia se não falando de outro jogo da série Resident Evil que merece uma atualização para ontem: Resident Evil Code Veronica. Esse título foi muito prejudicado por não carregar uma numeração e ter saído inicialmente para o Dreamcast da Sega, o que resultou em números aquém do que a série costumava fazer no PlayStation 1, mesmo sendo um dos jogos mais bem avaliados da saga.

De todos dessa lista, esse é o game que ainda há alguma chance de ver sua reimaginação algum dia, pois a própria Capcom pediu para interromper a produção de um incrível remake feito por fãs, algo semelhante com o que aconteceu com Resident Evil 2, que fez a empresa tomar coragem e produzir ela própria o remake. Code Veronica também funciona melhor para entender as motivações do Resident Evil 5, devido o confronto que Chris tem com Wesker na Antártida. Seria estranho já pular para a África e acontecer aquela trama. Imagine toda uma nova geração de fãs não sabendo o que aconteceu com a Claire que estava atrás do seu irmão em Raccon City, e ele já estar bombado batendo em rochas vulcânicas na África.

Dino Crisis: 1 e 2

Dino Crisis imaginado na Unreal Engine

Outro série da Capcom que clama por uma atualização é a survivor horror com dinossauros. O primeiro jogo foi uma grata surpresa por conseguir se inspirar em Resident Evil, mas construindo identidade própria com seu personagem fugindo de dinossauros em ambientes escuros e outros até fechados. Já sua continuação ficou focada mais na ação com a opção de fazer combos, mas as mudanças foram bem vindas, ampliando seu público.

Não é difícil imaginar Dino Crisis rodando na RE Engine, já que há vários vídeos conceituais e até gameplays de remakes feitos por fãs na internet e o resultado é promissor. É de se estranhar que a empresa tenha um jogo com dinossauros em produção e não seja essa série, deixando muita gente frustrada ao ver o anúncio. Imagine você com poucas munição nos gráficos atuais fugindo dos dinossauros, tanto em ambientes claustrofóbicos quanto no meio da mata. Seria incrível!

GTA San Andreas e GTA Vice City

GTA Vice City Remake na Unreal Engine.

Precisamos falar que a Rockstar tinha uma mina de ouro fácil nas mãos e estragou tudo ao lançar a versão remaster batizada como “GTA Definitiva Edition” dos jogos GTA 3, Vice City e San Andreas. Se o termo “definitivo” for sobre algo entregue com a maior qualidade, a empresa falhou miseravelmente entregando versões pioradas dos jogos. 

Imagina se houvesse entregado um verdadeiro remake do San Andreas com o personagem mais popular, Carl “CJ” Johnson, ou somente CJ como ficou conhecido, em diversas missões com guerras entre gangues, policiais e seus dramas familiares. Ou então um Vice City Remake, no qual seríamos transportados para a década dos anos 80, embalado com todo o visual da época, costumes e trilha sonora marcante. E tudo isso na pele do mafioso Tommy Vercett.

Jogos para família: Croc e The simpsons Hit & Run

The Simpsons Hit & Run e Croc imaginados para os dias atuais.

Nessa onda de remasters, que na verdade são remakes gráficos, fomos agraciados com atualizações para as trilogias do Crash e Spyro, da era do Playstation 1, e você deve ter sentido falta do crocodilo fofinho em um jogo de plataforma. Seu nome era Croc, e ele entregava tudo o que o gênero pedia: cenários coloridos e desafiadores, coletar itens, quebrar caixotes e pular em cima de inimigos. Tudo isso com uma trilha sonora relaxante. Croc teve apenas 2 jogos e, sua produtora, a Argonaut Software, fechou as portas em 2004. Não se sabe se os direitos estão com outra empresa ou se nosso crocodilo querido acabou preso à empresa que não existe há quase 20 anos.

Já The Simpsons Hit & Run, mais conhecido como o GTA dos Simpsons, foi um sucesso na época do PlayStation 2 e GameCube, e nele saímos de carro andando livremente – dentro das limitações da época – pela Springfield coletando moedas, dando carona para outros personagens conhecidos da série de TV e fazendo missões. Era tudo muito divertido e, se você fosse imprudente no trânsito, acabava sendo perseguido pela polícia igual no jogo da Rockstar. É fácil imaginar como esse título se tornaria ainda mais divertido com a tecnologia de hoje, já que a exploração na época era limitada. Houve até uma conversa sobre um Remaster, mas que não foi para frente.   

Jogos obscuros: Silent Hill 1 e Alone In The Dark: The New Nightmare

Silent Hill 1 reimaginado para Unreal Engine 5.

O primeiro Silent Hill já teve sua reimaginação carregando o subtítulo “Shattered Memories” para PS2, PSP e Wii, e é um ótimo jogo para o que se propõe. Porém, ele muda demais o rumo da história ao ponto de, ao terminar o jogo, você sentir que ele anulou a história do 3 – que é originalmente uma continuação do primeiro. E também tem o fato que em nenhum momento você vai se proteger com uma arma, e sim só fugir. O game tem um dos desfechos mais inteligentes e maduros da série? Tem, mas não é a mesma coisa.

Já Alone In The Dark em breve ganhará um reboot total para a nova geração, mas os fãs não achariam ruim de já começarem com o quarto título da franquia, o The New Nightmare que foi muito popular na época que lançou, em 2001. O jogo trazia novamente o detetive Edward Carnby em uma atmosfera assustadora como nenhum outro jogo do seu gênero, e até mesmo acima da média, para a série. Ambientação escura, suja, sustos nada óbvios e efeitos sonoros estridentes: tudo isso fazia parte do título na época. Fica a torcida para que o reboot se torne um grande sucesso e que The New Nightmare seja revisitado algum dia.

Jogos de corrida: Need For Speed Underground 2 e San Francisco Rush 2049

NFS Underground 2 com as tecnologias atuais.

É delicado falar de remake de jogos de corrida, devido eles serem muito característicos da sua época. Need For Speed Underground 2 foi um marco na era PlayStation 2 e é lembrado até hoje por suas corridas, trilha sonora e seus carros. E tudo isso se torna difícil de refazer depois de 20 anos. Os carros já mudaram, e as músicas em alta idem. Então como poderia ser feito? Abraçar a época dele, não tentando fazer um jogo atual, e sim ambientado no início dos anos 2000. Problema é que a EA, que é proprietária da marca, tenta a todo custo agradar a geração atual – e ela não está errada.

Jogos de corrida ou são feitos pensando no momento presente ou futuro e, nesse último caso, temos San Francisco Rush 2049 que em seu título já entrega onde o game é ambientado e em qual ano. Lançado no ano de 2000 para Nintendo 64 e Dreamcast, desenvolvido pela Atari Games e publicado pela Midway Games, o jogo era pura adrenalina ambientado na cidade de São Francisco, com carros e cidade futurista. Apesar de a corrida tradicional ser o ponto alto onde podíamos pegar atalhos enquanto admiramos a cidade reimaginada no futuro, havia outros modos como batalha onde os carros estavam armados e era cada um por si.

Tomb Raider: Angel of Darkness

Houve um remake feito por fã, mas foi descontinuado.

Parece até um insulto o jogo da série principal com mais bugs e que quase levou à ruína a saga da arqueóloga Lara Croft ser mencionado aqui, mas há uma boa justificativa: por trás de uma péssima execução, havia uma ideia excelente. Em vez da nossa musa dos games explorando ruínas nas mais variadas partes do mundo, aqui Lara era uma fugitiva de suspeita de assassinato e a ambientação acontecia em Londres, combinando com uma heroína esteticamente gótica deixando tudo mais pesado, camadas nunca antes vistas na série.

Uma questão curiosa sobre Angel of Darkness é ele ser lembrado até hoje pelos desenvolvedores do reboot da série, no qual podemos usar a Skin clássica da Lara com delineador bem marcado em volta dos olhos, regata preta e short com estampa militar. Se fosse para escolher um único modelo da Era do PlayStation 2, haviam outros títulos para resgatar como Anniversary, Legend e até Underworld. Mas não, tanto na aventura Rise quanto em Shadow of Tomb Raider só há esse modelo para representar a Lara da era de 128-bits. Chega a ser curioso, não?

Usando a skin de Angel Of Darkness em Shadown Of Tomb Raider.

Imagine uma premissa parecida com gráficos atualizados e combates dos jogos atuais. Uma Lara desorientada tendo que fugir da polícia se escondendo nos becos, pegando carros, entrando em prédios, fugindo de cachorros em seu encalço e tendo que provar inocência. Tudo isso com o tom obscuro da vida noturna de Londres chuvosa e descobrindo que há algo mais assustador sobre o assassinato daquela pessoa próxima.

A sexta aventura da arqueóloga mais famosa do mundo dos games teve até um fan remake por um tempo que, infelizmente, foi descontinuado. É um delírio acreditar que esse jogo um dia terá remake, e é algo até fora de cogitação. Entretanto, a ideia poderia ser aproveitada  de outra forma, tanto na saga Tomb Raider quanto em qualquer outro jogo com personagem feminina. Se você ainda não compreendeu, recomendo procurar no Youtube o trailer do game, e irá entender o tanto de potencial que havia ali.

Revisão: Jason Ming Hong