Pré-história, idade antiga, idade média, moderna e contemporânea. A linearidade da história da civilização como conhecemos, e todo o seu desenvolvimento, pode ser estudada através dos diversos discursos que nos são apresentados ao longo de nossa vida escolar. Porém, e se pudéssemos reescrevê-la? Humankind é um vindouro jogo de estratégia em turnos que permitirá a mescla de culturas para a criação da sua própria, e estará disponível em abril de 2021 para PC. Até lá, o que podemos esperar?
Um sólido começo
Em primeiro lugar, é válido apontar que nessa versão beta do título, denominado Lucy OpenDev, apenas um personagem inicial está desbloqueado para ser selecionado. Os demais são as IAs (inteligências artificiais) que jogarão contra você em modo offline. Contudo, os personagens das IAs poderão mudar para alguns dos utilizados por streamers caso você opte por conectar sua conta da Twitch à plataforma oficial, o Games2Gether. Uma tela com instruções abrirá logo antes do menu principal.
No início do jogo temos o objetivo de evoluir nossa tribo nômade, que ainda se encontra no período Neolítico, para a Idade Antiga. Ao explorar o mapa, podemos encontrar campos de recursos que nos darão pontos nas categorias crescimento, conhecimento e caça. Ao chegar no máximo em qualquer uma das três, estaremos aptos para a passagem de era e incorporação de uma nova cultura.
População e territórios miscigenados
Culturas podem ser acessadas antes de cada início de era, sempre à escolha do jogador. Um painel é aberto com várias opções, dentre elas babilônios, egípcios, assírios, fenícios e diversos outros. Cada civilização possui características distintas que influenciarão na maneira como você irá desenvolver o seu povo. Por exemplo, os egípcios possuem bônus na categoria indústria, seu Distrito Emblemático é a pirâmide egípcia e suas unidades emblemáticas são os Markabatas. Por outro lado, os assírios ganham um ponto bônus de movimento, seu Distrito emblemático é o Dunnu e suas unidades emblemáticas são os Cavaleiros Assírios.
O mapa do território é um dos maiores já criados em jogos do gênero, contendo tanto partes de terra como de água. A exploração do mesmo através das eras é imprescindível para o planejamento de estratégias, para a consolidação de rotas de guerra e o conhecimento sobre as bases adversárias. Através de um botão no canto inferior direito da tela, a visualização do terreno pode ser alterada para exibir detalhes sobre a disposição de comida, indústria, dinheiro e ciência no ambiente, o que servirá para termos uma noção sobre o melhor lugar para iniciar a construção da primeira cidade.
A vida acontece nos detalhes
Conforme visto até aqui, a jogabilidade de Humankind é semelhante a de títulos do mesmo gênero, como os da famosa franquia Civilization, porém com particularidades significativas. As batalhas, sejam contra exércitos inimigos ou mesmo contra animais de caça – como mamutes – podem ser controladas pelo jogador, principalmente sobre o posicionamento das unidades. Ter um exército mais numeroso ou mesmo mais forte em questão de atributos não significa necessariamente que você ganhará a disputa, apenas que terá uma maior probabilidade de vitória. Esses dados são mostrados no início de cada batalha, dando tempo suficiente para pensar antes da ação. Ainda, é possível ativar o modo “auto-resolve battles” que deixará tudo de forma automática caso o jogador queira usar a sorte como um fator decisivo.
Por fim, conforme prometido pela Amplitude Studios, eventos narrativos com as chamadas cinemáticas podem ocorrer desde que cumpridas algumas condições ingame ainda não explicadas. Em tais situações – que são contrapartes de acontecimentos do mundo real – as decisões tomadas pelo usuário serão fatores decisivos para o curso da humanidade. Ou seja, se o desenvolvimento de sua civilização por acaso esteja de acordo com a história da vida real, episódios conhecidos poderão ser reescritos, o que mudará completamente os rumos da vida humana no jogo. Nessas primeiras impressões, infelizmente não presenciei nenhuma dessas escolhas – ou talvez tenham passado despercebidas – mas as expectativas para o lançamento continuam altas.
Cópia de PC cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong