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Review Inked: A Tale of Love (Switch) – Um mundo de rascunhos e puzzles

Em um mundo de vários indies com muita qualidade sendo lançados todos os dias, é preciso fazer algo para se destacar em meio à multidão. Através de sua proposta de contar uma história de amor, como o nome já deixa subentendido, Inked: A Tale of Love traz consigo uma proposta de jogabilidade recheada com puzzles e bastante exigência de raciocínio lógico para superar seus desafios. Você, como um samurai armado de um pincel, será capaz de salvar sua amada através dos rascunhos de memórias?

Desenvolvimento: Somnium Games
Distribuição: Pixmain
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Puzzle, Aventura
Classificação: Livre
Português: Legendas e interface
Plataformas: Switch, PS4, Xbox One, PC, iOS
Duração: 4 horas (campanha)/5 horas (100%)

Memórias de um verdadeiro amor

Uma jornada em rascunhos
Uma jornada em rascunhos

Como dito, em Inked somos um samurai sem nome desenhado a lápis, armado com um pincel e sua determinação, e que precisa ir ao encontro de sua amada por todos os cenários de um mundo desenhado com traços que lembram rascunhos, além de descobrir o motivo por trás da morte de animais daquele universo. A ambientação dá-se em diversos tipos de ambientes, que vão alterando conforme avançamos nessa história, fora uma narração espetacular e trilha sonora que combina perfeitamente com cada ocasião.

A jogabilidade brilha por trazer uma proposta bastante diferenciada, com possibilidade de manipularmos objetos diversos do cenário isométrico com o analógico esquerdo, além de posicioná-los em locais estratégicos para superar obstáculos e chegar ao outro lado de alguma superfície separada por um precipício. É possível rotacionar esses elementos interativos, fora usá-los como pontes ou obstáculos para solucionar um quebra-cabeça.

Utilizamos elementos do cenário pra nos auxiliar
Utilizamos elementos do cenário pra nos auxiliar

Também precisamos ativar mecanismos ao longo de toda nossa jornada artística, movimentando mais peças desenhadas a mão, além de fazer com que bolas cheguem aos seus receptáculos a fim de liberar passagens, ativar pontes e colapsar barreiras que estão bloqueando o caminho do samurai. Além disso, também existem objetos secundários coloridos que podem ser empurrados pelo personagem, como também servem como apoio de peças em alguns momentos.

Com a mudança dos cenários, vamos entendendo melhor essa história de amor através de belos desenhos em aquarela, como também recebemos novos elementos que transformam ainda mais a jogabilidade. Mais à frente, surgem ventiladores que podem ser manipulados assim com as peças anteriores, além de servirem para empurrar outras peças mais leves para que elas cheguem ao seu devido lugar.

Novas mecânicas são intruduzidas conforme avançamos
Novas mecânicas são introduzidas conforme avançamos

A água também é um elemento presente em certos momentos, e precisa ser utilizada para alcançar locais mais altos, por exemplo, enquanto ficamos em cima de um bloco qualquer para evitar o afogamento do samurai. Vale lembrar também que, apesar do mundo ser conectado, não é permitido carregar peças de um local ao outro para “burlar” os puzzles, mas eles acabam desaparecendo ao tentar algo do tipo. Isso mostra o quão polido o game é.

Entre elementos da cultura japonesa e narrativas sólidas

Inked: A Tale of Love é aquele tipo de jogo que consegue contar uma história sem nos fazer parar para ler um texto cansativo, e prefere fazer isso por meio da própria jogabilidade, um narrador talentoso e singelos fragmentos de memórias ao longo da jornada. Sem dúvidas, a jogabilidade é o ponto mais alto daqui – originalmente criada para dispositivos móveis -, apesar de ser um pouco confusa de vez em quando nos controles de manipulação dos objetos. Mesmo assim, é difícil encontrar qualquer tipo de defeito em Inked: A Tale of Love em termos de qualidade, polimento e mecânicas.

O único problema que talvez desagrade alguns é o fato dele ser curto, podendo ser terminado em cerca de 5 horas, se você for rápido na resolução dos quebra-cabeças. Fora isso, é um dos indies mais divertidos, bem construídos e impecáveis com os quais já tive contato, e fez valer cada segundo do meu tempo investido.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Inked: A Tale of Love

10

Nota final

10.0/10

Prós

  • Puzzles muito bem bolados
  • Mecânicas divertidas e bem executadas
  • História contada de maneira não-invasiva
  • Coletáveis expandem um pouco a experiência

Contras

  • Às vezes, a resolução do problema é confusa