Capa de Corpse Keeper

Preview Corpse Keeper (PC) – A catedral da morte

E se Dark Souls fosse um Roguelite com uma visão horizontal em 2D? Corpse Keeper é um RPG de ação e estratégia independente que tenta responder essa questão. O título criado pela Melancholia Studio está disponível em acesso antecipado para a galera dos computadores por intermédio da loja da Epic Games e da Steam, sem previsão para uma data de lançamento final. 

Desenvolvimento: Melancholia Studio

Distribuição: Thermite Games 

Jogadores: 1 (local) 

Gênero: Ação, RPG, Estratégia 

Classificação: 16 anos 

Português: Não

Plataformas: PC 

Duração: Sem registros 

Duas semanas para vencer 

Cena de combate de Corspe Keeper

Embora envelopada em uma linguagem propositadamente confusa, a proposta de Corpse Keeper é simples e única. O título se passa em um universo de fantasia medieval, com o jogador assumindo o papel de um servo que quer enfrentar um demônio sem ter os atributos físicos necessários para suceder nessa árdua tarefa. O protagonista decide recorrer à magia negra para controlar um exército de até três soldados diferentes, capazes de confrontar as ameaças presentes na catedral em que a campanha se desenrola.

O ciclo de gameplay é repetitivo, comum em games do gênero. Para progredir, é necessário explorar dungeons, coletar recursos, derrotar inimigos e – inevitavelmente – morrer múltiplas vezes, evoluindo seus conhecimentos para a próxima vez, até eliminar o chefe final. No entanto, existe um diferencial importante em Corpse Keeper: as tentativas são limitadas. O personagem principal tem até 14 dias para completar seus propósitos, o que acaba obrigando ele a calcular e planejar cada movimento com cuidado para concluir tudo dentro do prazo estipulado.

Jogabilidade simples

Cena do Ossuário do protagonista

Corpse Keeper apresenta um desafio de alto nível desde os primeiros instantes da aventura, com tudo se intensificando de acordo com o progresso na jogatina, sempre exigindo que o servo evite ao máximo tomar dano dos inimigos. Para derrotar as ameaças, é vital observar o comportamento dos adversários e agir com precisão no momento certo. Os guerreiros possuem animações longas e que demoram para serem efetuadas, garantindo um combate metódico, apesar de lento e travado.

A jogabilidade é focada na movimentação, pois existe apenas um único botão para ataques e várias funcionalidades dedicadas para as habilidades de esquiva. A mecânica de combos do jogo recompensa a habilidade e o tempo de reação do jogador, aumentando o estrago de cada golpe conforme eles são executados em sequência. Tudo é bem explicado através de um tutorial interativo, executado no início da campanha.

Os gráficos são legais

Duelo em Corpse Keeper

Desenvolvido por meio da Unity Engine, Corpse Keeper possui um visual singular. Combinando um estilo gótico com uma imagem extremamente saturada, o jogo tem uma direção de arte incrível, além de animações totalmente impactantes. O design de som excelente garante efeitos sonoros impressionantes a cada ação realizada.

O jogo utiliza um terrível esquema de jogabilidade nos teclados, sem suporte algum para mouse. O ideal é prestigiar a experiência por meio de um joystick – e mesmo assim, os controles ainda são esquisitos e confusos. A navegação da interface é péssima e precisa melhorar em aspectos básicos, já que nem todas as linhas de texto foram completamente traduzidas para o inglês. 

É uma promessa

Em sua versão atual, Corpse Keeper é um pacote que oferece muito conteúdo jogável em todas as seis fases disponíveis. As mecânicas são bem polidas e livres de falhas técnicas perceptíveis, o que é surpreendente, considerando que a norma para jogos em acesso antecipado costuma ser o oposto disso. 

Corpse Keeper já é uma experiência agradável e viciante, com potencial de se tornar em algo espetacular quando seu desenvolvimento for concluído pelos produtores. A equipe promete entregar novos conteúdos via atualizações, que incluirão opções de desafios inéditas, além de equipamentos, mapas e oponentes extras nos próximos meses. O jogo é um nome interessante para se ficar de olho no futuro.

Cópia de PC cedida pelos produtores

Revisão: Ailton Bueno