Vem com a gente nesse compilado dos melhores jogos de Maio que nós, do Jogando Casualmente, jogamos. Quem sabe você encontra ou relembra de algum game que você tenha deixado passar? Teremos esse quadro todo mês, então fique ligado nas indicações e joias escondidas – lançamentos ou não.
Mario Tennis Aces (Jason)
O jogo Mario Tennis Aces foi o próximo lançamento após a decepção da era do Wii U com Mario Tennis Ultra Smash, o qual era terrivelmente simples. As pessoas certamente entraram nessa nova sequência de tênis com expectativas muito baixas, mas felizmente fomos surpreendidos pelo alto nível de qualidade que o game entregou.
A jogabilidade tem tudo o que poderíamos esperar de um título de Mario com foco em esportes, incluindo elementos de arcade, como power-ups, a habilidade de desacelerar o tempo e acertar a bola com precisão, e até mesmo uma maneira de quebrar a raquete do oponente, deixando-os sem o equipamento para o próximo set – o que os leva a perder a partida inteira.
O modo aventura também não é nada fraco e cumpre bem o seu propósito de saciar a sede de conteúdo de jogadores solitários, e ainda dar a sensação de que estão progredindo de alguma forma. Esse modo funciona como uma maneira de desbloquear novas fases, que vêm com diferentes obstáculos, aos quais devemos prestar atenção – o que impacta significativamente o curso da partida. Às vezes, as fases também contêm partes do ambiente que praticamente bloqueiam você de jogar a bola para o outro lado, como a do navio com um mastro no meio dela.
Por último, mas não menos importante, o modo multijogador é super divertido e você pode jogar em até 4 pessoas, transformando a partida em uma experiência realmente frenética e marcante. Isso pode ser feito tanto localmente na mesma tela quanto online com amigos e desconhecidos, além de ser possível jogar online com até 3 pessoas no mesmo Switch. Essa última opção é uma das características que realmente faltam na maioria dos games atualmente que oferecem cooperação local ou modo versus, o que obriga o seu parceiro a assistir você jogando em vez de entrar no jogo junto com você – realmente uma pena.
Em resumo, o mais recente Mario Tennis pode ser antigo agora (seu lançamento foi em 2018), mas ainda proporciona muita diversão, sem mencionar a quantidade de conteúdo a ser desbloqueada, como fases e skins/roupas dos personagens. Sem dúvida, essa é uma ótima pedida para amantes do esporte e de Mario.
Ghost of Tsushima (Julio)
Ghost of Tsushima, em sua versão para PC, não é um jogo perfeito, mas é uma aventura inigualável. Lançado originalmente em 2020, o título chegou aos computadores em maio de 2024 numa conversão quase impecável, produzida pelos especialistas em ports da Nixxes.
Os visuais são sensacionais e imersivos, com uma ambientação belíssima que é, de longe, o principal destaque do título, que conta uma história intrigante de resistência e brutalidade em meio à Invasão Mongol ao Japão no século XIII. A jogabilidade se assemelha a diversos jogos conhecidos, como Assassin’s Creed e Horizon Zero Dawn. E apesar dessa fórmula já ter sido utilizada em diversos games desse gênero de ação em mundo aberto, ela combinou perfeitamente com o game criado pela Sucker Punch.
Um outro destaque é de Ghost of Tsushima é o seu foco cinematográfico, a ponto do jogo possuir até mesmo um modo em homenagem ao lendário cineasta Akira Kurosawa. Contudo, esse foco prejudica a experiência um pouco, visto que os desenvolvedores tentaram ao máximo transformar o game em um grande filme jogável, com uma interface exageradamente minimalista, além de cenas longas e que não podem nem ser puladas.
No entanto, mesmo com essas decisões questionáveis que infelizmente prejudicam a qualidade da obra, Ghost of Tsushima é, no geral, uma experiência sensacional, com uma narrativa imperdível para todos aqueles que gostam de histórias dessa época dos samurais e, claro, de uma boa campanha single player.
Horizon Chase 2 (Marcelo)
Horizon Chase 2 finalmente chegou ao PlayStation e Xbox nesse mês, estando agora em todas as principais plataformas. O game pega tudo de bom do primeiro jogo e deixa ainda melhor, trazendo um jogo obrigatório para todos os fãs de corrida. Além disso, é um título brasileiro, mostrando todo o potencial da nossa indústria.
A jogabilidade mantém o mesmo estilo de corrida arcade, mas está ainda melhor e mais divertida. Controlar os carros é prazeroso, exigindo cuidado para não bater ao fazer curvas em alta velocidade. As corridas possuem moedas para coletar, adicionando uma camada a mais de desafio. Algo que foi abandonado do jogo anterior é a necessidade de abastecer, que não faz falta e deixou tudo ainda melhor. As corridas são rápidas, raramente passando de 3 minutos, dando sempre a vontade de “vou só mais uma”.
Outro destaque são os gráficos, que foram significativamente melhorados em relação ao primeiro. Enquanto em Horizon Chase Turbo os cenários eram vazios e com uma referência ou outra às cidades, agora as pistas contam com cenários belíssimos e cheios de detalhes das localidades que são baseados, com uma direção de arte excelente.
É uma pena apenas que temos menos carros e países que no jogo anterior, mas é compreensível dado o salto de qualidade de cada um desses elementos.
Nocturnal (Gabriel G.)
Desenvolvido pela Sunnyside Games e distribuído pela Dear Villagers, Nocturnal é um jogo de plataforma focado em velocidade que oferece uma experiência envolvente e intensa em aproximadamente três horas de gameplay.
A jogabilidade de Nocturnal é voltada para a precisão e rapidez, onde o jogador deve saltar entre plataformas no tempo exato. O objetivo é concluir o jogo o mais rápido possível, proporcionando dinamismo e adrenalina. O combate é outro ponto forte, com ataques baseados no fogo que servem tanto para atacar inimigos quanto para proteger o personagem da névoa mortal. O jogador tem à disposição uma espada, adagas, bombas e a capacidade de rolar para evitar ataques inimigos.
Os gráficos de Nocturnal são competentes e servem bem ao propósito do jogo. O fogo interage de forma realista com elementos do cenário, como plantas e bandeiras, e com a névoa que circunda a ilha, demonstrando um cuidado especial na direção de arte. Os cenários são detalhados, contribuindo para a atmosfera envolvente do jogo.
A trama segue Ardeshir, um guerreiro da chama eterna que retorna à sua terra natal, Nahran, após enfrentar desafios no mar. A ilha está envolta em uma névoa misteriosa que deve ser atravessada com fogo para progredir. A história é enriquecida por itens no formato de cartas que revelam o que aconteceu enquanto o protagonista estava ausente, culminando em um final corajoso e impactante.
A trilha sonora de Nocturnal é uma coadjuvante que desempenha um papel crucial na imersão do jogador. As músicas são projetadas para transmitir uma sensação de vazio e desesperança, enquanto em momentos de batalha, a trilha sonora aumenta a tensão de forma eficaz. Em resumo, Nocturnal oferece uma boa jogabilidade e uma história envolvente em um curto período de tempo
Dragon’s Dogma 2 (Raillander)
Não é sempre que vemos uma sequência de um jogo amado por muitos jogadores sair quase uma década depois do original, e mesmo assim é menos provável que a sequência consiga capturar a magia do primeiro jogo. Felizmente, Dragon’s Dogma 2 não tem esse problema. É um fantástico RPG de ação ambientado em um mundo próspero e bonito cheio de perigos, segredos, missões estranhas, monstros gigantes e muito mais.
Mesmo algum tempo depois do seu lançamento, a jogatina prevaleceu constante em minha rotina. Cada vez mais querendo explorar novos lugares e aperfeiçoar outras classes. Dragon’s Dogma 2 não reinventa a roda mas traz consigo um tipo de gameplay um pouco viciante e satisfatória de jogar.
Por mais que tenha ocorrido algum problema de performance em seu lançamento, tais acontecimentos não foram motivo para tirar o brilho de sua obra.
Altamente recomendado para aqueles que buscam um RPG com foco na ação e com boas opções de estratégia durante as lutas. Espero ansiosamente por uma DLC ou expansão para que eu possa prolongar mais ainda minhas horas de jogo.
Another Crab’s Treasure (Duan)
É gratificante quando escolhemos um jogo do qual não esperamos muito dele além do básico e somos surpreendidos com uma ótima experiência indie. Este foi o caso de Another Crab’s Treasure, um jogo que, superficialmente falando, é um Dark Souls com um caranguejo, devido à sua dificuldade e mecânica de jogabilidade no estilo roguelike.
É incrível como todo o universo do game te fisga logo nos primeiros minutos, sem contar o carisma que o caranguejo Krill carrega. A trama começa após Krill ter sua concha protetora arrancada, devido não ter a moeda necessária para pagar o imposto, o qual é cobrado por um tubarão agiota – parabéns por quem criou esse ponto de partida.
Não sou amante do gênero rouguelike e por isso optei por mudar a dificuldade do jogo, tornando-o mais palatável para mim. E ficava maravilhado como eles trabalharam a temática da poluição nos mares sem se tornar piegas, sem contar os diversos cenários que me faziam procurar cada detalhe ou segredos escondidos.
Another Crab’s Treasure foi jogado em um Nintendo Switch e isso foi um ponto baixo devido a versão porcamente feita tirar um pouco o brilho dessa obra. Mas pretendo um dia jogar no PC para reviver as aventuras do caranguejo Krill em sua plenitude.
Revisão: Jason Ming Hong