Mario & Luigi Brothership, Overthrown, e Mario Party Jamboree (Jason)
Mario & Luigi Brothership
Mario & Luigi Brothership é o tipo de jogo que parece um sonho realizado. Desde o fechamento da Quantic Dreams anos atrás, os fãs dos jogos de RPG da franquia Mario & Luigi ficaram órfãos, sem nenhuma continuação para uma das melhores séries já feitas. Para a surpresa de todos, o mais novo capítulo da saga foi revelado em um dos últimos Nintendo Directs de 2024, com data de lançamento prevista para setembro do mesmo ano.
Quando o jogo finalmente foi lançado, eu precisava colocar as mãos nele para reviver as memórias que tinha de Superstar Saga na minha adolescência. O resultado não podia ser diferente: Brothership é simplesmente fantástico e segue a linha dos games antigos da série, mesmo com o novo estilo de arte que não agradou a todos. Além disso, controlar o Luigi nas batalhas com o botão A é meio estranho no começo, mas você acaba se acostumando. Resumindo, o retorno é tão bom quanto os primeiros títulos e merece toda a atenção, além de novas sequências que tragam uma nova vida à franquia.
Overthrown
Engraçado como Overthrown é exatamente o tipo de experiência que eu geralmente evito: jogos de construção de cidades aconchegantes. No entanto, ao descobrir que ele tinha um modo multiplayer, minha curiosidade foi instantaneamente despertada, especialmente porque sou casado e minha esposa e eu somos grandes fãs de jogos cooperativos de construção e afins.
Quando finalmente decidimos embarcar nessa jornada que saiu no finalzinho de 2024, a experiência foi sensacional. Construir uma cidade em tempo real com outra pessoa é uma experiência única. Em Overthrown, você precisa administrar uma cidade medieval, empregando cidadãos e tornando o lugar mais atrativo para novos moradores. Ao mesmo tempo, é necessário proteger o reino de invasores, já que bandidos frequentemente invadem suas terras para matar os aldeões e destruir suas construções. Apesar de ainda estar em acesso antecipado e com recursos limitados (e muito conteúdo ainda por vir), o game oferece muita diversão. Mesmo no estado atual, eu daria uma chance, caso fosse você!
Mario Party Jamboree
Outro Mario Party, outro conjunto de minigames reciclados dos Mario Party anteriores. Essa foi minha primeira reação ao ver o anúncio de Mario Party Jamboree durante o Nintendo Direct. Eu tinha certeza de que a Nintendo usaria a mesma fórmula que vem repetindo na última década, mas, felizmente, fui agradavelmente surpreendido.
Dessa vez, os desenvolvedores pensaram em modos secundários, especialmente para quem não tem com quem jogar no sofá. Você pode explorar modos focados em jogabilidade solo “em grupo”, como o Kaboom Squad, onde você se junta a outros jogadores online para derrotar o gigante Bowser Impostor. Apesar de ser algo empolgante, alguns desses modos ainda não podem ser jogados de forma cooperativa no mesmo console, o que é um ponto negativo e bastante estúpido, ao meu ver. Espero que a Nintendo conserte isso em algum momento — de preferência o mais rápido possível.
Dito isso, este é basicamente o melhor Mario Party já feito. Jamboree traz tabuleiros e modos inéditos, além de minigames que não apareceram em outros títulos da franquia; fora o retorno de desafios que utilizam movimento e ritmo. É tudo um verdadeiro acerto!
Helldivers 2, Tekken 8 e Final Fantasy XVI (Julio)
Helldivers 2
Helldivers 2 foi, sem dúvidas, um dos grandes nomes de 2024. O shooter online evoluiu a fórmula do jogo original, lançado em 2015, com uma visão em terceira pessoa que proporcionou uma experiência mais imersiva e caótica. Nem tudo foi perfeito, já que o jogo sofreu
com seu sucesso inesperado, enfrentando vários problemas em seus servidores e também várias decisões questionáveis por parte da Sony e dos desenvolvedores. Ainda assim, é um dos melhores e mais inovadores jogos de tiro dos últimos tempos, sendo um título digno de nota.
Tekken 8
Dando continuidade ao sétimo título da franquia, lançado em 2017, Tekken 8 elevou os padrões da tradicional franquia de jogos de luta. Com gráficos de última geração, melhorias no modo online e novas mecânicas na jogabilidade, o título conquistou uma nova geração de jogadores sem deixar os veteranos de lado. O jogo proporciona combates alucinantes e eletrizantes em todas as partidas, com um elenco diverso e criativo de lutadores que permitem que cada jogador se expresse à sua maneira no campo de batalha. O fighting game tende a melhorar ainda mais nos próximos anos, já que será suportado pela Bandai Namco por muito tempo, se mantendo relevante por toda uma era.
Final Fantasy XVI
Lançado originalmente em 2023 para o PlayStation 5, Final Fantasy XVI só chegou aos jogadores do PC na metade de 2024. Desenvolvido pela divisão da Square Enix responsável pelo aclamado Final Fantasy XIV, FFXVI trouxe uma abordagem totalmente diferente para a franquia ao ser, essencialmente, um jogo no estilo hack ‘n’ slash que deixa de lado muitos dos elementos de RPG que definem a série. Foi uma decisão ousada, mas acertada. Apesar dos problemas técnicos na versão para computadores, o título entrega todas as qualidades pelas quais a série é conhecida ao oferecer uma narrativa e jogabilidade incrivelmente espetaculares, sendo, tranquilamente, o melhor título principal da saga desde Final Fantasy XII, de 2006.
Astro Bot, Final Fantasy VII Rebirth e Prince of Persia: The Lost Crown (Marcelo)
Astro Bot
Até então sendo uma série que contava com alguns jogos que serviam mais como tech demos, Astro Bot chegou como o primeiro jogo “completo” do robozinho da Sony (que não seja em VR). Com uma aparente simplicidade, Astro Bot na verdade é um dos jogos mais bem feitos dos últimos tempos, sendo extremamente prazeroso de se jogar, com controles intuitivos, level design impecável e uma enorme atenção ao detalhe. Além disso, excelentes gráficos e músicas, além de inúmeras referências a outros games, fecham o pacote de um dos melhores jogos de plataforma já lançados.
Final Fantasy VII Rebirth
Adorei a primeira parte do projeto de remake de Final Fantasy VII e aguardei ansiosamente pela segunda, curioso sobre como o game se comportaria fora da cidade de Midgard nessa nova proposta. Final Fantasy VII Rebirth fez isso muito bem, mantendo as bases da primeira parte e adicionando vários novos elementos, mecânicas e personagens. Os desenvolvedores adaptaram muito bem um mapa-múndi de um RPG tradicional para a atualidade. No geral, o game é ainda melhor que a primeira parte e cria muita expectativa para a conclusão da trilogia, que ainda levará alguns bons anos para ser lançada.
Prince of Persia: The Lost Crown
A série Prince of Persia fez seu retorno após muitos anos em Prince of Persia: The Lost Crown. Ainda maior foi o jejum entre jogos 2D da franquia, e dessa vez o retorno não foi como um jogo de plataforma tradicional, mas mais especificamente como um metroidvania. E o game é simplesmente um dos melhores metroidvanias já lançados, com tudo de bom que se espera de um título do gênero e inovações que deveriam ser adotadas nos futuros jogos do gênero. Porém, é uma pena que nada disso foi suficiente para saciar as metas comerciais da Ubisoft, e o time responsável pelo jogo foi dissolvido e qualquer continuação, descartada.
Kunitsu-Gami: Path of the Goddess, Mullet Mad Jack e Victory Heat Rally (Gabriel)
Kunitsu-Gami: Path of the Goddess
Trazendo uma mistura interessante de gêneros como tower defense, estratégia e ação, unido à uma direção de arte linda e uma trilha sonora fora da curva, Kunitsu-Gami é a prova de que ainda existe espaço para criatividade em uma grande desenvolvedora como a Capcom, bem como demonstra coragem em investir em uma nova propriedade intelectual, ainda que não venda horrores e não esteja na hype.
Mullet Mad Jack
Joia da cena de jogos indie nacional, Mullet Mad Jack consegue unir muito bem o fps clássico com elementos roguelike, junto a um senso de urgência constante, já que, no jogo, temos que passar das áreas em apenas 10 segundos, derrubando tudo que estiver pela frente para conservar esse tempo diminuto. Com uma estética Vaporwave e cheio de referências aos animes dos anos 90, Mullet Mad Jack é uma jogo estiloso e feito com bastante carinho, tendo inclusive ótimas adições, como novos modos de jogo e dublagem em pt-br. Claramente um dos melhores jogos indies nacionais do ano.
Victory Heat Rally
Sabe aquele jogo que não promete nada, mas entrega quase tudo ? Esse é o caso do Victory Heat Rally. Jogo de corrida arcade com uma ótima jogabilidade junto a uma trilha sonora cativante e um estética que lembra demais os bons e velhos jogos de corrida da Sega, Victory Heat Rally nos lembra que, acima de tudo, um jogo eletrônico tem que ser divertido, além de trazer uma nostalgia muito gostosa da época do Dreamcast. Recomendadíssimo.
Diablo IV: Vessel of Hatred, World of Warcraft: The War Within, Warhammer 40,000: Space Marine 2 (Diego)
Diablo IV: Vessel of Hatred
Diablo IV: Vessel of Hatred, embora pareça ser só o primeiro capítulo de uma grande aventura que acabou de começar, consegue acertar em quase todos os pontos. Diablo 4 foi meu jogo favorito do ano passado, acumulando mais de 800 horas. Embora a campanha pareça truncada, as mudanças de qualidade de vida do jogo, nova raide, classe e mudanças no meta do jogo deram um ar fresco ao game que com certeza me farão continuar farmando itens e XP por mais algumas centenas de horas.
World of Warcraft: The War Within
Com 20 anos de idade e sendo um dos MMORPGs mais antigos ainda na ativa, a décima expansão de World of Warcraft, revoluciona com mudanças em muitas mecânicas já antigas, além de adicionar novas raças jogáveis, masmorras e raides. Além disso marca o retorno de Chris Metzen, um dos criadores das maiores franquias da Blizzard, a direção criativa transformando “The War Within”, a primeira parte de uma trilogia conhecida como The Worldsoul Saga.
Warhammer 40,000: Space Marine 2
Criado em 1987, o universo de Warhammer 40k, tenha talvez a mais extensa lore de todas as franquias de fantasia criando até mesmo um gênero literário para chamar de seu, o “Grimdark”. Space Marine 2 consegue talvez ser o jogo eletrônico a melhor personificar a ambientação, violência e distopia amoral que esse universo representa. Quem não conhece esse universo consegue ser introduzido a ele de forma fácil, no entanto quem já conhece vai ser servido de um prato cheio de referências e citações que aquecem o coração de um fã.
Silent Hill 2, Tomb Raider I-II-III Remastered e The Plucky Squire: O Escudeiro Valente (Duan)
Silent Hill 2
Sem dúvidas, Silent Hill 2 remake é um dos jogos mais injustiçados na premiação do The Game Awards de 2024. A série Silent Hill estava em hiato por muitos anos devido a títulos consecutivos abaixo das expectativas, mas neste ano trouxe o remake de seu título mais icônico, despertando curiosidade em uns e receio em outros. Felizmente, a desenvolvedora responsável, Bloober Team, entregou um jogo quase impecável em sua atmosfera e ainda expandiu o material original com novas áreas. Se, à primeira vista, sua jogabilidade parecia estranha, dentro do contexto do jogo, ela faz total sentido. Este remake pode servir como inspiração para outros títulos ao mostrar como criar um survival horror impactante, que não tem medo de chocar – não é para qualquer público.
Tomb Raider I-II-III Remastered
Este é o tipo de lançamento digno de entrar no “top 10 coisas que ninguém pensava que aconteceriam no mundo dos games”. Tomb Raider I-II-III Remastered, a primeira trilogia da série Tomb Raider remasterizada, mas não somente com um acerto aqui ou ali em uma maior resolução. Não, os gráficos todos refeitos usando sua própria engine original (e uma ajuda de inteligência artificial). Agora tivemos uma Lara com muitos polígonos e cenários deslumbrantes. É quase um remake de tão bem feito e foi algo pensado para os fãs mais antigos, pois por debaixo daquela beleza, os jogos permaneceram os mesmos. Ok, você tem o direito de achar tudo muito datado, mas para quem só queria jogar com gráficos bonitos, isso foi um marco.
The Plucky Squire (O Escudeiro Valente)
Amados por uns, subestimados por outros. The Plucky Squire foi uma grande aposta de 2024 e que dividiu opiniões. Mas, para mim, foi um dos jogos mais divertidos e criativos de plataforma do ano. A ideia de entrar e sair de dentro de um livro que faz a perspectiva mudar do 3D para o 2D e vice-versa foi muito bem aplicada e o jogo sempre traz algo diferente para agregar a jogatina surpreendendo o jogador que já podia estar acostumado a uma mecânica e acaba se vendo aprendendo coisas novas. O game tem falhas pontuais, mas no geral me fez torcer para uma futura continuação.
Death Stranding: Director´s Cut, Persona 3 Reload e Still Wakes the Deep (Cleandson)
Death Stranding: Director’s Cut
Embora tenha sido lançado originalmente em 2019, foi apenas em 2024 que Death Stranding: Director’s Cut chegou aos consoles da Microsoft. Com isso, finalmente pude jogar mais uma das obras do renomado desenvolvedor de jogos Hideo Kojima. Felizmente, posso dizer com toda a tranquilidade que foi a melhor experiência que tive com videogames em 2024.
Uma jornada épica, repleta de personagens memoráveis, momentos de tensão e uma jogabilidade refinada. Para aqueles que torcem o nariz e acreditam que Death Stranding seja apenas um “jogo de entregas”, peço que deem uma chance a essa incrível obra. Death Stranding 2 já é, sem dúvida, um dos lançamentos que mais aguardo.
Persona 3 Reload
É indiscutível que a SEGA está vivendo um dos melhores momentos de sua história. Com diversos lançamentos de altíssima qualidade alcançando sucesso de crítica e vendas, a empresa reafirma sua relevância no mercado. E, claro, não seria diferente com um jogo desenvolvido pela Atlus.
Persona 3 Reload é um remake primoroso de um dos melhores títulos da franquia. Com gráficos deslumbrantes, uma história envolvente, personagens marcantes e uma jogabilidade excelente, este é, sem dúvida, um dos melhores jogos que joguei em 2024.
Still Wakes the Deep
Still Wakes the Deep foi uma grata surpresa em 2024. Este jogo de um estúdio independente oferece aos jogadores uma experiência de horror verdadeiramente única. A história gira em torno da sobrevivência em uma plataforma de petróleo, um ambiente que já é muito assustador por natureza, mas que poucos jogos exploram de forma tão eficaz.
Ao longo de toda a jornada, somos tomados por uma constante tensão, torcendo pelos sobreviventes a bordo da plataforma enquanto enfrentamos um desastre sobrenatural inexplicável. É uma experiência envolvente que não poderia deixar de recomendar a todos os amantes de jogos de horror.
Visions of Mana, Super Mario Party Jamboree, Dungeons of Hinterberg (Kiefer)
Visions of Mana
Partindo de uma franquia de menor escopo da Square, joguei Visions of Mana com a expectativa de ter a mesma diversão que tive com seu antecessor, Trials of Mana. Fiquei feliz ao perceber que houve um grande investimento no jogo, deixando-o tão belo e tão grande quanto Final Fantasy, e talvez até mais bonito! Mesmo deixando a desejar em termos de combate, todos os outros aspectos o tornam a melhor obra de 2024 que tive contato.
Super Mario Party Jamboree
É o terceiro Super Mario Party do Switch, e provavelmente o melhor até agora. Os novos elementos, como a Dupla Jamboree, deixam-no mais divertido e mais competitivo, o que me garantiu horas de diversão com amigos e familiares.
Dungeons of Hinterberg
Dungeons of Hinterberg é um jogo de férias. E também é um jogo sobre férias. É perfeito para jogar em dias descompromissados e perceber a importância de um tempo assim em nossas vidas tão corridas. Como o primeiro jogo de um novo e pequeno estúdio, o pacato vilarejo de Hinterberg faz o jogador prestar mais atenção ao seu redor, percebendo a magia, tanto real quanto virtual, que há à nossa volta. É uma ode à contemplação.
